Amanda 2º Temporada « christian; cole »

019

Amanda 

Após vestir o casaco de ganga, sai de casa indo ter com o meu pai e William ao carro, sentei-me nos bancos de trás e meti o cinto. Hoje era o dia em que me ia encontrar com a mãe do meu namorado, Perrie a mulher que meteu a vida da minha mãe e do meu irmão em perigo, a mulher que tentou separar os meus pais a todo o custo, a mulher que causou dor à minha mãe, e agora a mulher que atormenta a vida do meu namorado. 

As minhas mãos suavam, e eu limpava as mesmas repetidamente nas minhas calças de ganga, o meu olhar alternava entre o homem que me criou e o rapaz por quem estou apaixonada. Eu não quero que nenhum dos dois corra algum risco, nem mesmo eu, eu tenho medo mas não o quero demonstrar, estou apavorada mas não quero demonstrar isso. Vi a mão de William vir para trás, e rapidamente a agarrei, dei-lhe um sorriso largo. 

" Estas bem? " indagou olhando-me atentamente, assenti. " Ainda vamos a tempo de desistir Amanda. " neguei freneticamente com a cabeça. 

" Eu estou pronta. " assegurei. 

Mentalmente eu tinha preparado um discurso, mas eu sou uma pessoa espontânea e provavelmente irei esquecer-me das palavras que preparei para lhe dizer. Tenho medo da sua reação quando me vir, se ela odiava a minha mãe, imagino que também me odeie. 

" Eu só quero ver a reação da tua mãe quando descobrir, o que eu ando a fazer com a nossa filha. Deus se acontecer alguma coisa ela mata-me vivo. " dei uma pequena gargalhada ao ouvir as palavras do meu pai, e suspirei pesadamente. 

" Ela nunca iria deixar, e vocês sabem muito bem disso. " acariciei a mão de William, num modo de me distrair. " Ela não precisa de saber, não agora. " 

Olhei para a janela podendo ver que acabávamos de entrar, num condomínio cheio de casas. O meu coração acelerou drasticamente assim que o carro começou a abrandar e William a dar indicações ao meu pai, assim que o carro parou a minha mão largou a do loiro. Respirei fundo e retirei o cinto, William saiu primeiro e quando eu ia sair a voz do meu progenitor impediu-me. 

" Promete-me que vais ter cuidado e ser mais inteligente que ela. " os seus olhos castanhos misturados com um pouco de ver encararam os meus. " Eu quase perdi a tua mãe uma vez por causa dela, não quero nem correr o risco de te perder a ti. " 

" Pai isso não vai acontecer, eu tenho a certeza que ela mudou. " é óbvio que não mudou, mas lá no fundo eu penso que sim, e esse pensamento deixa-me um pouco mais calma. " Até já. " 

Abandonei o automóvel e fui ter com William, agarrei a sua mão e envolvi a minha outra no seu braço, o seus olhar azulado encarou o meu castanho e um sorriso calmo surgiu nos seus lábios, e antes de começarmos a andar os seus lábios choram contra a minha testa. Ele sussurrou que iria lá estar comigo e que nada me iria acontecer, que não permitiria que ela me fizesse mal. 

O loiro retirou as chaves do bolso das calças e sem muitas demoras abriu a porta, a sua mão voltou a agarrar a minha puxando-me calmamente para dentro de sua casa, fechei a porta atrás de mim. No momento em que a porta se fechou, o meu corpo pareceu ficar mais pesado, a minha mente criou um monte de fins para a conversa que irei ter. E neste momento só me apetecia abrir a porta e correr de novo para o carro, e quando pensei mesmo em fazê-lo uma mulher loira apareceu na entrada. A sua expressão não era de todo amigável, ela encarava o seu próprio filho com algum desgosto, escondi-me atrás do meu namorado apenas espreitando pelo o buraco entre o seu braço e tronco, a minha mão continuava na sua apertando-a com alguma força. 

" Amanda Malik! " exclamou com humor no seu tom de voz. " Há uns dias o teu pai, agora tu? Começo a achar que me amam. " gargalhou. 

lentamente meti-me ao lado de William. " Eu... " respirei fundo e apertei a mão do loiro, respirei fundo. " Vim pedir-lhe que parasse de atormentar a vida do William, tal como eu ele não tem culpa de nada, já esta na hora de deixar a minha família em paz. " olhei os olhos azuis de Perrie podendo depois encarar um sorriso de troça nos seus lábios. " A Perrie é uma mulher realmente bonita, tem talento e poderia muito bem continuar a sua vida para à frente, mas preferiu estragar a vida dos meus pais, acabando assim por estragar a sua também. Eu entendo você amava o meu pai e tudo isso, mas uma pessoa quando ama quer ver a outra pessoa feliz, independente de com quem ela esteja e... " larguei a mão do meu namorado e aproximei-me lentamente da mulher à minha frente. " E você tem todo o direito de se sentir revoltado, magoada, triste e irritada, por aquilo que os meus pais lhe fizeram. A minha mãe sabia que você estava com o meu pai e mesmo assim eles estiveram juntos sem ninguém saber, o meu pai também agiu mal eu sei, e por isso não meto a culpa apenas em si, como eles fazem. " ela sorriu, e eu senti-me capaz de continuar. " Por isso é injusto que você seja a única culpada no meio disto tudo, quando eles também causaram dor em si, mas temos também de perceber que a Perrie foi muito longe ao meter a vida do meu irmão e da minha mãe em perigo... "