Universo de Chega

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A violência sempre fora má
Não fazia as decisões como a lógica gostaria
Mas também seu nascimento
Não fora de sua autoria

A violência
Sempre esteve
Presente no homem
Que matava animais
Para matar sua fome

Violência bom não é
Mas também tanto faz
Pois não se compara ao hoje
Eu te digo, rapaz
Pois dizimar
Não fazia parte de seu vocabulário
Quem tomava conta da tarefa
Era o Sr. Dicionário.

Os tempos foram passando
A violência se ajustando
Se programando
Se intensificando
E os verbos não paravam por aí
Foram criados mais
Esquartejar, programar, roubar e traficar
Nem a ONU aguentava
Muita gente pra ajudar!
E quem ficou no prejuízo foi o Sr. Dicionário
Que só queria receber o seu injusto salário
Junto com a população
Que começou a mudar
Errada evolução
Cresceu sem tolelar

A violência então
Não tinha mais face boa
Ninguém se mexeu e ficou por aí
Um outro até que tentou fugir
Mas a droga tava lá
De boa na lagoa

Cadê a parte mais ou menos,
Cadê a parte razoável?!
A própria violência se perguntava
E o verbo sublinhado
Trocado
De novo:
Por "lamentável".

E os status atual
O resultado final
Dessa tragédia
Com o pretexto de ser um caos virtual
As desculpas esfarrapadas
Iam de depressão populacional
Para a baixa auto estima culpada pelo digital
A covardia se alastrou
"Aê, irmão; complicou"
As evidências do crime
Da violência e sociedade
Indicam que foi delito de dupla identidade
O combate
Definitivamente
Não rolou com vontade.

A violência toda unida
Tá tomando tal terror
Tá pior que o Estado islâmico
Pior que o ódio cravado pelo amor
Pior que a veia perdida no anatômico
Pior que a falta de dignidade
De quem é "louco"e tem felicidade

Violência de graça
Tá virando já moda
Desgraça de;
Cidade de grade
Em que eu vivo
Sem nem poder andar na extremidade
De uma rua deserta
Sem poder relaxar
Sem poder não se alarmar
Pela cidade
Observando tranquilo
Cada canto,
Cada cavidade

Pra comprovar
Essa minha teoria
Da posição real da violência
E do que ela realmente deveria: No colégio
Um menino
De óculos de grau.
Só queria ser um médico
E salvar pessoas como tal
Mas os colegas
Pelo fato de o menino gabaritar
Suas provas
Abocanhadas e manchadas por olhos pedintes de cola
Ele na escola
Sofria e ganhava agressão
A última coisa que queria
Aquilo já era escravidão
E o resto da classe,
Temida de entrar na luta
Se unia ao seguro silêncio
Que o intervalo oferecia
E a carnifina grátis
Sem motivo acontecia:
Os agressores não tinham compaixão
E o público calado
Não tomava nenhuma justa ação.

Entre outros exemplos
Esse aí é enxuto
Mas eu não chuto;
Esse caso é real
Esse caso do pobre menino
De óculos de grau
Que só queria estudar
Ser bom aluno
Mas a violência
O transformou
Num monstrengo noturno
Que no momento diurno
Era uma flor
Que esbanjava esperança
Pessoa esforçada, de se expor
Na galeria
Da rua em que brincava uma criança
Mas a bateria
De boa energia
Durava pouco
Pois de madrugada
Ele agia como agressor profissional
A polícia aparecia
Mas ele já não era mais marginal
E como vítima desinformada
Se atirava no chão
Escondendo um corpo ao lado
Que sangrava no chão
O sangue era ferimento
Mas também era paixão
Paixão que se esvaía na estrada
Do vazio do coração.

Agora chega
Chega de roubo
De "louco", vagabundo, interesseiro
Chega
Chega de drogado, extermínio, trapaceiro.
Chega
Chega de excluido, assalto, forasteiro.
Chega
Agora
Também chegou minha hora
O papel
Ele também não aguenta mais
Foi a triste lista que enviei pro céu
Mas também peço pra vocês,
Pra mim, você,
Nós e eles.
Pois violência é a sociedade
E da sociedade vem a violência

Nenhum ciclo é tão fechado
Que não possa ser reformado
(Desse, convenhamos eu já tô esgotado)
Então não vamos lutar
Contra a violência
Vamos nos integrar
Ela também é parte da gente
"-Infelizmente. "
É, talvez.
Pois se contralarmos a gente
Se controla e o equilíbrio
E o equilíbrio controla o controle O controle controla o equilíbrio
E nesse processo de desenvolvimento + que pessoal
O respeito tá incluído no pacote
Vamos se tratar de igual pra igual
Não vamos nos dividir
Não para o picote
Que fazemos com revistas
Vamos nos unir
Em vez de picotear
Vamos reagregar
Em vez de então reagregar revistas
Vamos revistar -
A si próprio.
Repensar
Vai sim ajudar
Então chegamos na parte
De botar a mão na massa
Cê não sabe cozinhar?
Não tem problema.
Então quem sabe juntar?
Junte umas palavrinhas mágicas
E faça magia
Quem sabe com um "obrigada" você não melhore seu dia? ;-)

#Combater a violência é florescer o amor
#Floresça a si mesmo que simultaneamente florescerá o próximo
#Não desista de seus sonhos
#Tenha o amor também em mente

Escrevi em tom de rap
Unicornea
MandiMayer
Bjos esperançosos

ProjetoMontag

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