Epílogo

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P.o.v Alice

- Acorda Alice, a gente vai perde o vôo, anda logo! - gritou Bruna terminando de arrumar minhas malas.

- Ai calma ainda falta uma hora e meia, pra de fogo meu! - digo me levantando e indo ao banheiro fazer minhas higienes.

- Há querida, até você se arrumar pentear essa juba, o nosso avião já vai ter decolado pra marte! - gritou fechando a mala.

- Marte deve ser legal! - resmunguei com a escova na boca.

- O que você disse?

- Eu? Nada, só falai que abacate é legal! - sorri mostrando a espuma na boca.

- As vezes você me dá medo - Disse com cara de espanto misturado com nojo - Vai logo termina isso que eu vou buscar minhas malas e chamar o Henrique pra levar a gente! - Saiu correndo batendo as portas e nem me deixou responder.

Henrique é o irmão de Bruna, um cara folgado e chato que tem uma peste como filha.Bianca. Que criança insuportável, bom mas eles não vem ao caso.

Bruna é uma garota magra um pouco baixa, cabelos castanhos claro, olhos verdes, pele clara, ela adora, ADORA The Vampires Diaries que chegava a ser irritante.

A gente se conhece des de criança praticamente, ou seja, muitas brigas, zoeiras, segredos, armações e tudo mais.

Quando terminamos o 3° anos, cada uma seguiu a faculdade que queria, ela de arquitetura e eu de veterinária, mas foi no ano passado que a gente resolveu morar juntas, por ficar mais barato, até porque nessa crise tá difícil se sustentar sozinha, e por ser mais perto, já que ambos as faculdades são em São Paulo.

Terminei de me arrumar e desci pra esperar a Puta da minha amiga chegar.

Chamava ela assim por causa da Bruna Surfistinja, mas ela não é puta não, eu acho..

Minha mãe estava na sala assistindo o jornal.

- Hey mãe - Disse me sentando ao seu lado.

- Oi - Disse meia triste.

- Mãe eu vou vim te ver sempre que puder, prometo que todo mês venho.

- Como você cresceu, vem cá! - Ela me puxou para um abraço, chorou e sussurrou baixinho - Eu te amo!

- Eu também te amo e sempre vou amar dona Marília!

Ficamos abraçadas até minha amiga chegar.

*
*

Dez minutos depois eles chegaram, e ela já havia se despedido de sua família, e foi falar com minha mãe.

- Iae tia! - Disse em tô choroso.

- Vem cá! - As duas se abraçaram e choraram por um bom tempo, porra nem eu sou assim.

- Pirralha, vo sentir saudades suas, menos de quando você assaltava minha geladeira, disso eu vou dar graças a Deus por você estar longe! Disse Henrique levantando as mãos pra cima em sinal de agradecimento.

- Idiota, sabe que eu não vou sentir nenhum pouco da sua! - Rimos e nos despedimos.

Quando todos já tinhão se despedido e eu já tinha ligado para minhas irmãs, sim tenho irmãs Gabrielle de 25 e Julia de 29, fomos para o aeroporto em busca da nossa nova vida de independência.

Vizinhos » Gustavo Rocha Onde histórias criam vida. Descubra agora