A noite já caiu e o Tic-Tac do relógio cantarola pela casa
Onde a tranquilidade passa a se acomodar
E a televisão, mentiras está a contar
As quais acreditamos e compramos sem parar e pensar
Perto dali é possível ouvir uma sinfonia de um grilo só
Que argumenta a razão da vida em um só timbre
Pelo qual entendemos por Cri, Cri, Cri...
Ao lado uma borboleta em sua curta existência se pergunta
Quem sou eu? quem somos nós? Por que as coisas são como são?
E ao se lembrar que já não é mais uma lagarta
Abre as assas e se coloca à voar
Cada coisa em seu modo de se manifestar
Nus indaga um "Por que?", "O que é?" ou "O que será?"
Cada um se comunica de uma forma
Mas por ouvirmos somente o semelhante
Acabamos por deixar passar o que deveria se apreciar
Para seguir um sopro de falsas verdades sem argumentar
Um "Por que?", "O que é?" ou "O que será?"