Alex e Brian, O Conto do Jeff The Killer

Sonho ou Vida Real

Abri os olhos e o quarto estava escuro, silencioso e eu estava sozinho. Espera...por que sozinho? A Yuri deveria estar comigo. Então tentei me levantar mas estava preso na minha cama por correntes. Comecei a gritar por ajuda mas ninguém responde. Entâo ouço o barulho da tranca da porta e vejo a porta  abrir. Era Alex sorrindo e ele estava da aparência quando o vi morto, ele estava chegando perto de mim lentamente dando risadas com uma faca ensanguentada. Grito por ajuda e fecho os olhos por medo, então por um momento não escuto mais nada e estou livre da cama, sem correntes, sem nada...levanto suspirando pensando: "Apenas um pesadelo, apenas o pesadelo..." e sinto algum líquido cair no meu nariz. Olho para cima e vejo Alex enforcado no teto (e depois me questiono como ele se prendeu ali?) e apenas ouço ele dizer:
-Quem é o medroso agora?- disse rindo.
Alguém está me balançando e abri os olhos, era a Yuri;
-O que houve? Você estava gritando? -disse ela preocupada
-Ah nada demais, apenas um pesadelo...aonde estamos?
-Na sua casa lembra? Era a casa mais perto daquele lugar -disse virando o olhar- e você trouxe a câmera com os dados?
-Ah sim.
Começo a procurar a minha mochila mas eu não consigo achar então levanto e começo a revistar o meu quarto. Falo para a Yuri que não estava encontrando a minha mochila e ela começa a me ajudar.
Revistei todo meu quarto e depois desci pelas escadas e olhei para a cozinha, depois olhei no quarto antigo do meu pai, olhei para o quarto e me lembrei quando criança pulando na cama e mexendo nos livros dele e depois ele me pegou no colo e ficou fazendo cócegas em mim...Balancei a cabeça para esquecer o que estava pensando e voltar ao foco.
Olhei debaixo da cama e depois comecei a olhar entre os livros dele e então achei o livro o pequeno príncipe. O último livro que ele leu para mim antes daquilo...abri e achei uma foto dele comigo e com a minha mãe. Quando todos nós éramos felizes...
-Você está bem?- disse Yuri entrando na porta
-Por que você pergunta isso?
-Porque você está chorando...
Limpo minhas lágrimas e saio do quarto para continuar a procurar, então olhei na sala e estava lá minha mochila em cima do sofá.
Tirei a câmera e olhei os vídeos, mas tinha um problema...
-Não está aqui...
-O que?
-Não está aqui
-Como assim, ontem à gente viu esse vídeo
-Espera apenas um pouco- desliguei a câmera e olhei se o cartão de memória estava la- é não está, pode ter caído quando a câmera caiu no chão.
-Então...vamos ter que voltar?- a observei e vê ela tremendo
-Calma- segurei a mão dela- eu vou sozinho não precisa você ir ok?
-tá bom
Pronto! E isso que dá eu ser legal, tô fodido.
Peguei minha mochila e deixei a câmera com ela, liguei o celular e baixei o aplicativo do Skype e entreguei meu notebook para ela e disse que depois ligarei para a Yuri para mostrar que estarei bem e sair da casa.
Comecei a andar e me fiquei me lembrando do meus pais, antes daquilo tudo acontecer. Olhei pro celular desligado e vi pelo vidro que estava chorando de novo, incrível que não consigo perceber se estou chorando. Olhei para frente vi o Alex sorrindo na minha frente, passei a mão nos meus olhos e ele desapareceu, já estava chegando na casa dele e liguei para a Yuri no Skype e coloquei um fonética de ouvido. Não coloquei na câmera frontal para mostrar onde estou para ela me ajudar a encontrar a câmera.
-Vire na próxima direita para chegar na cozinha e depois da cozinha siga reto para chegar na sala onde a câmera caiu- ouvi Yuri dizendo.
Fiz o que a Yuri falou e comecei a procurar, mas antes coloquei o celular em algum lugar encostado que dá para ver a sala toda. Tentei ligar a luz mas parece que a lâmpada queimou, peguei uma lanterna que tinha na minha mochila e comecei a procurar, depois de um bom tempo finalmente achei.
Deixei a lanterna no chão mirando para a parede e peguei o cartão de memória e coloquei no pequeno bolso da mochila.
-Consegui Yuri, finalmente- olhei para ela e ela relatava tremendo- o que houve?
Ela apontou para trás e ouvi ela dizendo para correr. Olhei para trás e vi policiais com a garganta cortada deitados aonde deixei a lanterna apontada e escrito em cima com o sangue deles "Run Brian".
Peguei a mochila e o celular e sai em disparada, comecei a ouvir passos e risadas vindo atrás de mim e cada momento estava cada vez mais rápido então virei e me escondi numa gaveta. Ouvi os passos se aproximando e eu estava suando com apenas uma certeza que se ele me encontrar eu fico ao lado daqueles cadáveres. Ouvi a respiração dele mostrando que ele está na minha frente, por um momento a respiração ficou mais perto da onde eu estava.
Por um momento, não ouvia mais a respiração e nem os passos e já pensei "estou morto" e então ouvia os passos deles ecoando mais distante. Sai da onde estava e olhei para os dois lados e não vi ninguém, então sai correndo e sai da casa.
Depois de se afastar da casa parei e sentei na rua mesmo e comecei a ficar ofegante. Então peguei o celular e o vídeo do Skype ainda estava rolando mas a câmera dela bugou, então ouvi um grito e o video chamada saiu.
Comecei a ligar para o celular dela e ninguém atendia, liguei para o telefone de casa e também ninguém atendia. Ai ouvi o barulho da chamada de vídeo no Skype, era da Yuri. Atendi dizendo que estava preocupado então eu vi não era ela que atendeu...E sim aquela coisa com o celular dela, ele colocou um dedo na boca para eu fazer silêncio e mostrou a Yuri dormindo no sofá e ele sorriu e desligou.
Corri de volta para casa antes que seja tarde demais, estava muito preocupado não estava conseguindo respirar e nem raciocinar direito. A única coisa que estava na minha cabeça era o pensamento de Yuri está chorando, desesperada, sofrendo ou até morrendo....
Cheguei em casa e abri a porta, fui para a sala e estava tudo destruído. A mesa jogada no chão, a lanterna estava quebrada, notebook estava na metade e as paredes estavam sujas de sangue...Tinha um rastro de sangue no chão, peguei uma faca e comecei a seguir o rastro tremendo, o rastro iria até o segundo andar e do jeito que estava o sangue no chão parecia que alguém estava se arrastando e fazendo o máximo de esforço para a sua sobrevivência....Yuri, por favor você também não....
Subi de lentamente as escadas e quando cheguei no segundo andar vi o rastro até no final do corredor, a porta estava meio aberta e ouvia um barulho lá dentro e a porta estava manchada de sangue. Isso está tão clichê, que legal, não deveria ter assistido filme de terror na noite anterior.
Eu cheguei perto da porta e ouvi alguém falando algo, não foi muito alto e nem muito baixo, não parecia um grito e nem um sussurro mas também não parecia que a pessoa estava falando normalmente e sim como se ela está tentando falar algo quando está sufocada ou pior...Não pensei mais nada e abri a porta com cautela. E do nada, eu vejo a Yuri me balançando perguntando se eu estou bem enquanto eu estou no meu quarto na cama deitado. Foi apenas um sonho...obrigado.

NOTAS DO AUTOR
Gente, desculpa pela demora pelo capítulo, tô parecendo até George R.R. Martins, e agora vou começar a focar mais nesse livro e fazer o máximo para alegra-los e etc
Mas sério, desculpa mesmo
Deixarei esse capítulo curto mas o próximo eu prometo que vai ser bem longo
Obrigado por continuarem a ler e até o próximo