Capítulo II - O Traidor do Ouro

386 10 27
                                    

O Sol ainda não havia raiado no horizonte e os já cavaleiros rumavam para o Coliseu. Eram no total vinte jovens entre quinze a dezessete anos, a maioria órfãos, mas alguns foram retirados de suas famílias com o dever de proteger Atena. Do vilarejo até o Coliseu era uma subida, não muito montanhosa nem íngrime, do Coliseu ao Santuário, algumas rochas e um caminho mais terroso podiam ser notados, e durante as Doze Casas o mesmo caminho continuava, porém, com certas elevações e depressões.

Os jovens meio que caminhavam todos juntos, num curto espaço de distância entre eles. Quando se aproximavam do Coliseu, podiam observar vários cavaleiros de prata esperando-os, na frente dos cavaleiros estavam lá dezenas de caixas grandes. Essas caixas eram chamadas de Caixas de Pandora, as caixas tinham como função guardar as armaduras de cada cavaleiro. Os cavaleiros de Prata e alguns de Bronze estavam a espera dos novos cavaleiros, foram recebidos por Avenir, aquele que acompanhou diretamente o treinamento de cada um.

- Vejo que parecem animados! – Comentou dizendo à todos. – Bom, não temos muito tempo, essas são as armaduras de vocês, peguem-nas e imediatamente se dirijam à casa de Áries, Atena irá pronunciar-se diante de todos na frente da casa de Áries, a primeira das Doze Casas, vamos se apressem!

Avenir tentou apressar os jovens que pareciam propriamente sonolentos, a noite de descanso havia sido curta demais.

Eles foram se aproximando, mas não por acaso. Cada um enxergava uma linha de cosmo que levava para cada armadura. Leon se direcionava até a armadura de bronze de lobo, seu amigo Esídio até a armadura de Hidra e cada um dos jovens ali iam pegando suas armaduras, não demorou muito até que todos eles já estivessem de fronte para com as caixas de suas armaduras. O primeiro a tocar na caixa para retirar sua armadura fora Sarpedon, quando o mesmo tocou-a a caixa se desfez e a armadura estava ali em sua forma original, uma tarântula. Ele novamente tocou na armadura e ela num piscar de olhos já estava em seu corpo. Todos os outros fizeram do mesmo processo e já vestiam suas armaduras. Os cavaleiros de Prata que estavam ali presentes, depois de que todos estivessem vestidos com suas armaduras, foram guiando-os pelo caminho até a primeira casa do Santuário.

- Então quer dizer que você se tornou um lobo? – Aproximou-se de Leon, Jamil que também estava junto de Sirius e Dorotheo. O jovem carregava uma armadura roxa com um chifre em seu elmo, era a de Unicórnio.

- Sim. – Respondeu. – Posso sentir o cosmo perfeitamente dentro de mim quando vesti esta armadura, parece que... Meus sentidos ficaram mais aguçados e meu poder aumentou muito.

- Exatamente. – Completou Sirius. – E eu sou o Cavaleiro de Índio.

- Eu peguei a armadura de Pavão. – Disse Dorotheo mostrando sua armadura que era a mais bonita dentre todas as outras ali dos cinco.

- O que eu não entendi foi que ainda restaram armaduras a serem pegas... O que eles estão aprontando? – Perguntou Esídio aos demais.

- Talvez um outro grupo de guerreiros venham buscar. – Respondeu Leon. – Ou... Sobraram.

Quando caminhavam pelo Coliseu, em direção ao caminho que levava as Doze Casas e ao Santuário, viram pedras despedaçadas por ali, os cavaleiros de prata que guiavam o caminho, que era seis deles pararam para averiguar, era claro que ali havia acontecido alguma luta, um dos cavaleiros perguntou ao grupo de jovens recém-equipados com suas armaduras se eles viram algo acontecer ontem à noite e todos negaram.

Foi quando de repente Tales de Hércules um cavaleiro de prata anunciou que havia achado um corpo ali, todos correram rapidamente para ver. Ao chegarem ao local que havia muitas pedras por cima, o corpo estava todo desfigurado, porém, uma característica era certa, os cabelos loiros de Elisius eram inconfundíveis.

O Conto dos Cavaleiros de Ouro: A Guerra Santa DesconhecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora