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Estava onde o meu pai me batera, as marcas no meu corpo eram evidentes, tinha cortes nos braços e na cara, havia sangue no chão, era o meu sangue.

Levantei-me e fui buscar um pano para o limpar, entretanto o telemóvel tocou, e eu atendi.

- Sophia é a Catrine, a tua professora de história.

- Olá professora, precisa de alguma coisa?

- Não vens à escola há mais de uma semana, já ligaram para tua casa e disseram que estava tudo bem mas eu não acredito, o que se passa?

Ouço a porta a abrir-se e as lágrimas começam a escorreu sobre o meu rosto.

- Está tudo bem Professora Catrine em breve estarei na escola de novo, adeus.

- Ma..

Desligo o telemóvel e deixo-o onde estava, o meu pai vê-me.

- Com quem estavas a falar?

- Com ninguém. - Digo de cabeça baixa.

- Não gosto que me mintam. - Disse aproximando-se de mim.

- Eu não lhe estou a mentir. - Digo recuando.

- Sophia és tal e qual a tua mãe, uma mosca morta. - O seu hálito era a álcool ele estava bêbedo de novo, e eu sabia o que isso significava, eu ia apanhar outra vez.

- Anda cá sua puta de merda.

Ele agarrou em mim e volto a me bater, desde que a minha mãe foi para o hospital que o meu pai começou a beber, e a fumar e a fazer sabe se lá o quê...

Apanhei tanto que desmaie outra vez, o meu pai deixo-me onde estava e foi-se embora.

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