Abri os olhos e me levantei.Como sempre,a empregada entrou,mas desesperada e de cabeça baixa.Arrumou lentamente minha cama enquanto eu a observava.
"Lenta demais",pensei.Abri as cortinas,sem demora.
—Eu achei que fosse vontade própria cumprimentar um príncipe-falei sem pensar.
"É...Quem sabe existem pessoas que não têm essa vontade".
—Perdoe-me,senhor-lamentou a mesma
Fiz um sinal com a mão,e a mesma fechou a porta atrás de si,nervosa.Olhei para ela,e ela encarou o chão.
—É nova?-sorrio
Ela afirma com a cabeça.
—Entendi-concordei
A mesma me encarou com um olhar tediante,suplicando por algo.
—Pode ir,eu...—Vossa Alteza,eu ainda não terminei de...
Apontei para a porta,e a mesma suspirou,saindo.Gargalhei,e terminei de organizar o que eu havia usado na noite anterior.
O mordomo entrou pegando o paletó do uniforme,me entregando e eu entrei no banheiro para me trocar.Escutei,logo depois,o barulho da porta se fechando e soltei um sorriso cínico."Hoje o dia será corrido,na verdade,sempre foi.Vou ao Colégio encontrar meus amigos,como todos os dias,e quem sabe estudar um pouco."
*Bem,se você não entendeu,sou o príncipe da cidade.Meu pai é o governante da cidade,o rei e minha mãe,a rainha,óbvio.
Estudo num Colégio conhecido,onde só têm adolescentes ricos.Acho que só isso.Nada de interessante na minha vida,nem um milagre,nada.
Coloquei meu paletó e sai do meu quarto indo cumprimentar meus pais no Salão.
—Bom dia pai,mãe.—Filho,a Anna vai com você para o Colégio-avisou minha mãe
—Quem é essa daí?-pergunto—Respeito,meu filho,não é essa...
—Tudo bem,tia Laura-conforta alguém-Eu sou essa tal!-diz a mesma atrás de minha mãe
Não muito alta,mas também não muito baixa.Serve!
—Ah,sim-concordo dando uma mordida no pão—Coma,querida.Coma!
Ela deu um sorriso amarelo.
—Não,tia.Já estou satisfeita
—Filho,está pronto?-finalmente meu pai perguntou e meneei com a cabeça-Anna?-ela confirmou
Papai fez um sinal para o chofer e Anna me acompanhou para fora de casa
*
—Você veio de onde?-perguntei segurando minha bolsa no colo—Minha mãe disse que não é preciso
—O que não é preciso?
—Falar das nossas vidas pessoais-ela finalmente me encarou.Olhei-a sem entender-Você sabe,digo,o senhor,sou apenas a empregada do castelo
O carro parou em frente do Colégio e meus amigos e amigas já de olho no carro.
—Tudo bem,apenas a...empregada-sorrio e saio do carro—Oi,Austin-cumprimentaram todos e depois fizeram uma cara de confusos
—Oi gente-cumprimentei de volta-Essa é a Anna—Oi-cumprimentaram secos
—Olá-cumprimentou de volta,num tom baixo.Acho que só eu havia escutado
—Austin,onde está sua mochila?-pergunta Mare
Olhei para Anna,e a mesma levantou as mãos.
—Você não falou nada-eles riram
—Anna-repreendi
—Desculpa,Austin.Quero dizer,senhor
—Boa Sorte!-desejou Gabriel,e levou o bando
Fuzilei-a com os olho
—Agora dê um jeito-mando—Af,Austin-reclama e revira os olhos
Segurei em seu braço,e puxei-a para perto.
—Continue a me chamar assim,é excitante

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A empregada do Castelo
RomancePra mim,ela era uma Plebéia.Uma empregada qualquer,uma garota qualquer que depende de um emprego Real.Mas,eu me enganei.Não era algo superficial como eu enxergava e acreditava.Não era uma coisa normal,era simplesmente o meu destino. Eu deixei de per...