O .B.E.C.O

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Sexta-feira
- nossa não para de chover !. Resmunguei.
Já faz mais de um mês desde que eu e o Matt fomos juntos aquele beco, acho que talvez eu deva deixar toda essa loucura para lá.
Jeny passa pela porta do quarto e fala:
- filha se arruma, vamos para uma pizzaria.
- com essa chuva?
- sim, vamos com o john.
Ainda não consigo aceitar o namorado da minha mãe, John ele é um cara legal mais, eu não sei haha. Enfim, peguei meu casaco e desci correndo as escadas, estava faminta. No caminho até a pizzaria jack parou num sinal e eu acabei me deparando novamente com o beco, de repente senti o mundo parar novamente, meu olhar se voltou para o beco e lá estava ele, encostado do lado do nome que voltará a parecer, com aquela jaqueta de couro preta, mais dessa vez, além dele ficar apenas olhando para mim, ele apontou para dentro do beco e começou a entrar dentro dele e simplesmente desapareceu, logo tudo volta ao normal, estou cansada disso, afinal aquele cara é real ou não, que dúvida terrível, mais pelo menos agora eu já sei que ele está relacionado com o beco. Chegando na pizzaria eu me deparo com uma pizza de brócolis, pelo amor que diabos era aquilo nem o próprio diabo comeria aquela pizza.
Quando voltei para casa estava decidida, eu iria voltar naquele beco agora mesmo, já estava cansada de tudo aquilo, quando deu 4h da madrugada, fui ver se estava todo mundo dormindo, em seguida botei novamente meu casaco, e logo sai pela porta, só levando mesmo o celular, mais é claro que eu deixei uma mensagem para o Matt caso aconteça algo comigo. " Matt vou no beco agora, se algo acontecer comigo explique tudo o que está acontecendo aos meus pais.ps : amo você ."
Nossa eu sou mesmo louca, sai de casa para ver a droga de um beco em plena madrugada, o que eu tenho na cabeça em?
Estava andando a alguns minutos, a rua estava tão vazia, o silêncio tomava conta, até que enquanto eu andava percebi sons de pegada atrás de mim, continuei andando, comecei a correr pra falar a verdade, quando cheguei no beco, olhei para atrás e eu não vi ninguém, mais eu estava com muito medo de olhar para frente novamente, mais aí eu escuto uma voz. Volto meu olhar para dentro do beco, o tempo literalmente parou, estava com tanto medo, estava conseguido escutar meus próprios batimentos cardíacos, no meio daquela escuridão saiu do beco aquele homem e ele simplesmente fala:
- você demorou.
- o que ? Quem é você ? Você é real ?. Eu respondi desesperada.
Ele simplesmente olhou para mim e sorriu, deu meia volta e enquanto estava de costas para mim disse:
- me siga! Se tiver coragem. Em seguida aquele estranho novamente foi ao fundo do beco.
Eu realmente estava muito curiosa e ao mesmo tempo bastante assustada, eu não sabia o que fazer, então eu simplesmente falei para mim mesma:
- Alice! Vai na onda. Por fim entrei naquele beco sombrio e húmido a procura daquele homem estranho porem encantador.
Ao entrar no beco, percebo o quanto ele é longo, de repente eu me vejo perdida no meio de uma vasta neblina, não vejo mais a entrada nem o fim, eu simplesmente começo a gritar:
- olá ! Alguém ? Estranho cadê você ?
De repente sinto um calor atrás de mim, quando olho para trás só vejo neblina pra todo lado, de repente uma voz sai em meio aquela neblina gelada.
- pode me chamar de Gabriel, ou de demônio se preferir.
- onde você está ? Respondi com medo.
De repente alguém tampa minha vista e simplesmente me abraça, um abraço tão intenso e quente, quando me viro, em minha frente vejo o tal demônio chamado Gabriel, nós trocamos olhares intensos, sinto algo arder dentro de mim, nesse momento eu não conseguia pensar em mais nada. Até que escuto o som de um badalar de igreja bem intenso, os corvos aparecem do nada e começam a voar ao meu redor todos gritando ao mesmo tempo, nesse momento eu olho para o Gabriel e ele com um simples sorriso fala:
- Alice você tem que ir. Não se preocupe eu sei onde te encontrar.
- Gabriel por favor só me responde uma coisa.
-você é real ?.
Ele simplesmente tira sua jaqueta de couro e da para mim em seguida fala :
- fique com isso, assim você vai saber que tudo o que está acontecendo é real, eu sou real. Ele botou meu cabelo atrás da orelha e segurou na minha mão me guiando para fora do beco. Ao sairmos de lá ele mandou eu ir andando sem olhar para trás, quando estou no meio do caminho eu paro respiro fundo e olho para o céu, já estava amanhecendo, em seguida eu olho para trás e não vejo ninguém. Quando volto a andar começa a chover bem forte. Quando cheguei em casa, comecei a me questionar:
- o que ele quis dizer com demônio? Como ele sabe meu nome? Meu deus acho que estou apaixonada.
A Meow me olha com cara de quem não está entendendo nada. Pego a jaqueta nos meus braços e enquanto caminho até a minha janela, abraço bem forte a jaqueta olhando a chuva.

Dias De ChuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora