capítulo 5

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Anteriormente : 

O meu peito subia e descia aceleradamente mas Deacon permanecia calmo e sereno como sempre era. O seu cabelo estava puxado atrás e fixado com um pouco de gel. Uma camisa branca vestida sobre o seu peito deixavam transparecer algumas das suas tatuagens que sempre gostei de ver em si. A sua mão pousada no meu rosto transmitia um certo calor que me aquecia a alma naquele dia tão frio. E o seu polegar fazia círculos infinitos na minha bochecha fazendo com que mais um arrepio tomasse conta de mim.


Capítulo 5


"Deacon..." sussurrei

"Lau, por favor, não acabes com isto" praticamente implorou. "Só mais um pouco"

"Não podemos. Desculpa" quebrando todo o nosso contacto, meti o cinto e permaneci quieta, virada para a estrada principal onde, apesar da neve, os carros permaneciam presos no transito.

Uma mão foi pousada sobre a minha coxa e um calor sobrenatural percorreu o meu corpo dos pés à cabeça fazendo com que as minhas bochechas ficassem levemente coradas.
Pousei a minha mão sobre a sua e pude sentir um sorriso no seu rosto. O silêncio tratou de se intensificar depois deste meu ato, mas já não era um silêncio mau. Era um silêncio acolhedor.

"Então, preparada para mais um dia no hospital?" perguntou Deacon na tentativa de meter alguma conversa dentro daquele carro silencioso.

"Nunca ninguém deve estar preparado para algo assim. Não é justo." Num pequeno desabafo, soltei um suspiro.

"Hey, Lauren... Eu vou lá estar. Não estarás sozinha. A tua mãe vai ficar bem" numa voz confiante, apertou a minha coxa e deu-me um sorriso tirando os olhos da estrada durante uns segundos.

A viagem, depois da nossa pequena conversa, foi silenciosa. Já não havia nada para dizermos um ao outro. Até parece irreal. Depois de tantos anos sem nos vermos, o silêncio cala-nos como se fossemos dois estranhos.

A musica "How to save a life" tocava na rádio e os meus olhos foram fechando enquanto os pensamentos me tomavam por completo.

"Lauren, chegámos. Tens de te despachar a chegar lá a cima. A tua mãe já deve estar à nossa espera. "  disse Deacon abanando-me levemente.

"Estou acordada, Deacon. Não precisas de isso tudo. Vamos lá. Eu quero chegar ao pé dela rapidamente." Não vou mentir. O nervosismo estava a consumir-me por completo.

"Hey, Lau..." chamou-me já fora do carro. Olhei para trás para o encarar o que o fez continuar o que me ia dizer. " Eu posso ajudar a tua mãe."

"Tu podes o quê?" perguntei mesmo tendo ouvido. "Como assim podes ajudar a minha mãe? Sabes de algum tratamento novo? Sabes perfeitamente que não podemos pagar tratamentos caríssimos. Não temos dinheiro. Não a conseguimos ajudar. Vamos só esperar que a doença estagne durante uns tempos."

"Eu pago o tratamento. Eu quero que fiques feliz." ele disse fechando os olhos certamente para não ver a minha reação.

"Não. Não pagas."

Dito isto, continuei o meu caminho até ao grande edifício.

"Mãe! Como se sente?" perguntei sentando-me na cama em que a minha mãe se encontrava.

"Normal, quer dizer, igual a ontem. " um sorriso fraco permanecia no seu rosto fazendo com que o meu se mostrasse por entre dor e magoa.

"Vai tudo correr bem. Eu estou aqui." numa tentativa de a reconfortar, reconfortei-me a mim também.

O tratamento passou. Depois de lágrimas derramadas tanto minhas como da minha mãe, Deacon fez questão de me levar até ao meu apartamento pois estava frio demais para apanhar um autocarro.

"Deacon, a sério, não é preciso. Eu vou de transportes. Deves ter trabalho para fazer. Qualquer dia és despedido." digo enquanto ando à sua frente.

"Não te preocupes, não sou despedido." disse confiante. "Eles precisam de mim."

Um sorriso apareceu no seu rosto quando o olho confusa. E que sorriso o dele...

"A sério, Lauren. Pára de ser teimosa. Eu levo-te. " ele diz pegando na minha mala e andando até ao carro por entre a neve que cobria todo o chão.

"Está bem, mas então sobes para tomares uma chávena de chá. É o mínimo que posso fazer. Por favor." imploro mas não recebo nenhuma resposta de volta. " Vá lá?"

"Está bem. Tudo menos de camomila." um sentimento de nojo aparece no seu rosto enquanto faz as suas exigências.

"Sim, Deacon. Eu sei. Eu tenho chá de pêssego. O teu favorito."

"Já estavas a planear convidar-me para um chá em tua casa?" um sorriso torto aparece em si o que me faz querer revirar os olhos centenas de vezes por ser tão gozão.

"Secretamente, já esperava ter-te na minha vida novamente. Só não sabia quando. Nem como. Mas tu voltas sempre." Num sussurro, confesso. E a sua mão toma lugar novamente na minha bochecha fazendo com que o meu corpo se arrepiasse ao seu toque.



Olá olá!!!! Estou de volta com um capítulo fresquinho!!! Espero que estejam a gostar e gostaria de receber algumas opiniões sobre o que estão a achar sobre a história, as personagens e a escrita em si. 
Escrever isto tem sido a melhor parte dos meus dias e adoro partilhar isto com vocês. 
Daqui a pouco volto com mais um capitulo novinho. 
Não se esqueçam de votar e de comentar. Adoro-vos e até ao próximo capítulo!!!

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