Chapeuzinho vermelho entre os contos

Um recomeço

Passado um mês da morte de Benjamin,chapeuzinho continua morando com o segundo porquinho o qual ela passou a chama-lo apenas de Dois.
No começo a menina ainda estava com um pé atrás,sobre Dois,com medo que ele disse igual ao irmão,entretanto com o passar dos dias ela percebeu que poderia confiar nele, e começarão a criar um laço amoroso entre os dois,porém nenhum deles admitia isso para o outro.
Todos os dias antes do pôr do Sol Chepauzinho ia até um lago próximo e se banhava, e chegava quando o Sol começava a se pôr, e assistia aquela belíssima cena junto com Dois. Chapeuzinho se aproximava dele,deitava sua cabeça no ombro do mesmo e segurava sua mão,até aquele espetáculo da natureza acabar, e as estrelas aparecerem.
Em uma certa noite de verão, o céu estava claro,iluminado pela luz da lua e as estrelas brilhavam lindamente como em uma pintura. O casal ainda estava sentado na grama como sempre,eles mal se moviam com medo de quebrar a magia do momento,suas respirações se imitando a duração de uma inspiração e expiração juntos como se eles soubessem o momento exato para continuar naquela sincronia perfeita. Então de súbito Dois quebra o silêncio, jogando suavemente suas costas na grama, apoiando a cabeça com o braço direito, Chapeuzinho sem saber o que fazer fica olhando para ele,com a cabeça inclinada para a esquerda, feliz ao ver como o preto de seus olhos,o castanho de seu cabelo liso, e todo seu rosto ganhavam um ar de serenidade e paz ali deitado na grama a luz da lua. Dois olha nos olhos e Chapeuzinho e fala:
-Venha e deite-se aqui comigo.
A menina se deitou ao lado dele, que a puxou para perto de si,fazendo-a deitar em seu peito,quando a ela a possibilidade de ouvir as batidas mais apressadas que o normal que se coração dava.
Os dois olham para o céu,contemplando as estrelas sem falar nada novamente,com medo de que se alguma palavra sair da boca de um deles as estrelas se assustaram e pararam de brilhar, e os vagalumes não voaram mas ao redor deles, e os grilos que ao longe cantam sumiram,eles preferem o silêncio, e perder toda aquela paz. Então inesperadamente uma estrela cadente rasga o céu, e faz os olhos deles brilharem.
-Faça um pedido
Diz Chapeuzinho, que fecha os olhos e deseja que essa noite, essa magia, e que toda essa paz nunca acabe. Dois também fecha o olho e deseja coragem.
Dois olha para o céu, e sabe que se não expor seus sentimentos pela menina naquele momento não conseguirá mais coragem em momento algum. Concluindo esse pensamento ele fecha os olhos, respira fundo e rapidamente pensa em tudo que quer falar. Porém quando abre a boca as únicas palavras que saem de lá são:
-Eu gosto de você.
Chapeuzinho gela por um segundo, e o ar de seus pulmões some, e por um instante pondera se deve ou não falar, solta o ar que havia preso em seus pulmões e diz:
-Eu também gosto de você.
Mesmo com vergonha a menina olha para cima, e percebe que Dois a estava observando ja,ela se levanta ficando em pé,ele faz o mesmo ficando ao seu lado, os dois olham para a grama e depois se entreolham, surpreendentemente Chapeuzinho beija Dois,que por que um milésimo fica sem reação, quando percebe o que está acontecendo, ele passa a mão direita pela nuca dela,chegando em seus cabelos, e a mão esquerda passa sobre sua cintura a puxando para mais perto. A menina repousa a mão esquerda em seu pescoço e o braço direto ela o abraça na altura do pescoço fazendo-o ficar o mas perto possível dela. Os dois passam alguns minutos naquele beijo,até que todo o ar que estava em seus pulmões acabem e eles tenham que se separar para voltar a respirar novamente.
Depois que seus respirações voltarem ao normal,eles percebem o que havia acabado de acontecer e envergonhada com aquele segundo de coragem Chapeuzinho corre em direção a casa de madeira, entra em seu quarto e tranca a porta, Dois tenta acompanha-la porém mesmo sendo pequena ele percebe que ela corre muito, e por alguns pasos ele não consegue para-la para fazer com que ela converse com ele.