Sou uma tipica adolescente como você, a única diferença é que eu visitei o submundo através dos meus pesadelos. Minha missão é libertar os inocentes de onde eles não deveriam estar.
Estava voltando para a casa, as ruas estavam vazias, estranhei isso as ruas nunca ficam fazias antes das 00:00, mas naquela noite estavam. Caminhava calmamente, o frio era intenso, avistei uma mulher na esquina da minha rua, ela era linda, tinha um corpo maravilhoso, cabelos enormes e sedosos, usava um vestido vermelho longo. Ela foi se aproximando, parecia que queria me dizer algo, abaixei a cabeça e continuei andando. Se aproximava mais e mais, me surgia um sensação de mal estar quando chegava mais perto. Quando ela me chamou.
- Olá mocinha!
"Olá mocinha"? Aquilo me soou estranho, quando a olhei de perto pude perceber que ela usava um colar com uma moeda pendurada, aquela moeda era amedrontadora, tinha um pentagrama invertido nela. O desenho era similar a este:
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A respondi depois de encarar o colar por alguns segundos.
-Oi, quem é você?
-Me chamo Cassie, mas pode me chamar de Cass, sou um ser que você adoraria conhecer Victoria.
Estranhei ela já saber meu nome, comecei a sentir uma fraqueza para falar, para se mexer. Era como se ela estivesse sugando algo de mim, minha visão começou a embaçar, a tontura era tanta que só via a moeda naquele momento, ela brilhava a luz da lua, Cassie me falava coisas horríveis.
-Você tem o inferno para pagar Victoria. (disse Cass rindo)
-Não...
Acordei em outro mundo, o mesmo de meus pesadelos, avistei Peter, a uns metros de distância. Pensei, como o Peter iria parar no meu pesadelo? Tudo começou a acontecer de novo, mãos brotando do chão tentando me puxar para baixo, Peter correu até mim, andou sobre a mar de mãos, e me disse a seguinte frase: "Você irá ficar bem". E me beijou, aquilo foi tão forte que fez com que o mar de mãos sumisse, que a sensação de estar morrendo acabasse e que eu acordasse.
Era 6:00, acordei antes do meu despertador tocar, pensei que a volta da casa da Any fosse um sonho,mas aquilo parecia tão realista. Levantei, me arrumei, pela primeira vez na vida, acordei feliz.
Desci para tomar café, minha mãe estranhou eu comendo alguma coisa antes de ir para o colégio.
-Bom dia mãe!
-Bom dia filha, você está bem?
-Melhor do que nunca!
- Como foi lá na casa da Any?
-Foi perfeito, só não lembro como cheguei em casa, juro que não bebi nada.
- Uhum, tá ok então, mamãe vai se arrumar para o trabalho, boa aula. (Disse minha mãe rindo)
-Bom trabalho!
Sai de casa para encontrar Any, vi ela virando a esquina, fomos conversando sobre ontem até o colégio. Chegando lá primeira coisa que queria fazer era falar com Peter. Senti alguém pegando no meu braço e me puxando, era ele.
- Preciso falar com você Vic!
-Tudo bem, calma. (disse eu correndo com ele para o quiosque)
-Achei melhor contar isso agora, do que esperar você ficar pronta para ouvir, você esta correndo risco de vida Vic.
-Como assim?
-Calma vou explicar. Tudo começou com a sua avó, ela tinha uma ligação muito forte com o submundo, visitava-o todas as noites, eu a protegia de ir para lá desde os seus 5 anos, você acabou herdando esse dom, e a ultima coisa que a sua vó me pediu para fazer antes de morrer, era que protegesse sua família de Lucifer, e é o que estou fazendo. Eu tinha o mesmo dom que vocês duas, mas as trevas venceram, não tinha ninguém que podia impedir isso, então fui para o inferno, só posso passar para esse mundo por causa da ligação que tenho com você. Demônios estão tentando levar sua alma para o inferno Vic, e eu não vou deixar, várias pessoas que tem o mesmo dom que nós estão no inferno pagando pelo o que não fizeram, e eu sou uma delas, só tem uma maneira de você impedir com que isso continue acontecendo, tem que pegar a moeda de Lucifer aquela que estava no pescoço de Cass ontem a noite. Ela estava tentando roubar sua alma, para levar para o inferno, mas eu apareci e te levei para a casa, ela não pode te fazer mal se eu estiver por perto. Cass só pode passar para o mundo dos vivos se tiver aquela moeda, então preciso que você a roube e a queime, no fogo do próprio inferno.
