Prólogo

124 14 7
                                    


Era um lindo dia de Quinta-feira, feriado nacional, e eu estava com meus pais e minha irmã Maria Clara em um passeio de família.

Não estranhe o fato de Minha irmã também se chamar Maria, meus pais queria três, mas a terceira ainda não veio. Maria Clara era mais nova que eu, tinha lindos cabelos negros, longos e cacheados, diferentes do meu, que era curto e ondulado, era uma menina muito doce e vivia sorridente pela casa.

Eu estava com exatos 11 anos, e mau sabia que aquele seria o meu último dia feliz, mesmo assim aproveitei cada milésimo de segundo.

Chegamos cedo, era uma Ilha, e fomos de barco até ela, comemos muito e depois passamos o dia brincando, e nos divertindo como se fôssemos ser felizes para sempre ali. Mas logo aquele maravilhoso dia acabou e tivemos que voltar para casa!

Meus pais nos criaram na igreja, então éramos todos cristãos e amávamos estar na igreja.

O caminho de volta foi o mesmo que fizemos na ida, e quando chegamos à beira da praia, pegamos nosso carro e fomos voltar para casa.

O tempo foi se fechando devagar, e uma chuva forte começou a cair dos céus, eu amava chuva até aquele dia.
Os ventos fortes vinham de um lado para outro e parecia querer derrubar o nosso carro, a visão era ruim e então meu pai decidiu para um pouco.

Estávamos tensos, pois todas as grandes chuvas em São Paulo, sempre destruiam a maioria das coisas que encontravam pela frente.

___Tenho uma ideia! ___Disse meu pai animado.

___Que ideia papai? __Perguntei curiosa.

___Vamos todos louvar ao Senhor, para que não deixe que nada aconteça conosco! ___Falou e todos concordamos alegres.

Estou olhando para os montes, meu socorro vem DE Deus, não paro de olhar os montes,
Ele não descansa
Ele é o Guarda de Israel,
Rei da Terra e é também
Dono do céu!

E quanto mais cantávamos, mas forte caia a chuva, o desespero foi tomando conta de nós, e de repente aquela água toda começou a invadir o nosso carro, e começamos a chorar. Eu me virei para falar algo para meu pai e quando percebi, um caminhão que vinha em alta velocidade bateu em nosso carro.

Foi a última lembrança que tive daquele momento...

(...)

Acordei em um leito de hospital, ja com 13 anos de idade, e o meu corpo era completamente diferente do que eu estava acostumada a ver, parecia minha mente em um corpo que não era o meu.

___Vovó, onde estão meus pais? ___Falei logo que ela me explicou quanto tempo tinha ficado em coma.

Lagrimas começaram a escorrer de seus olhos e então comecei a entender o que estava acontecendo!

___Deus os levou filha! Deus os levou para perto dele, juntamente com sua irmã. ___Disse entre uma lágrima e outra.

___Que tipo de Deus é esse hein?! __Gritei__ Que tipo de Deus leva a família inteira de uma menina e a deixa desse jeito, sozinha na vida.

___Minha filha nao fale assim, eu estou aqui e vou cuidar de você! __Falou.

Eu comecei a chorar mais e mais, até que me aplicaram um calmante e eu apaguei.

[...]

O tempo passou e havia ido morar com minha avó, sinceramente odiava aquela vida, e fazia tudo para chamar a atenção, esperei completar 16 anos para cair no mundo.

Agora vivo de festa em festa, e todos os dias em uma capa de revista diferente.

Meus avós eram muito ricos e nossa família muito conhecida, mas eles gostavam de Deus e ao contrário deles, eu o odiava, pois Ele levou tudo o que havia de bom em mim.

E agora eu sou assim.

Vazia...
Completamente vazia...

Continua...

"Me conheces, sabes tudo que eu preciso, mesmo antes de falar. "

É isso ai pessoal, livro novo, espero que vocês gostem.

UMA NOVA CHANCEOnde histórias criam vida. Descubra agora