° TERÇA-FEIRA, 23h E 50min
É deprimente a maneira que as coisas ocorrem com classes de minoria. É um absurdo a maneira piedosa que a lei é aplicada no país e no mundo. Eu não sou do tipo piedosa.
Sou interrompida de meus pensamentos quando ouço um grito. Saio do escuro e vou em direção a cadeira onde meu convidado está amarrado, a exatos 15M do meu gabinete, o qual tem uma cadeira giratória vermelha ao lado e é ocupado apenas por uma cafeteira.
Analiso a expressão do meu convidado, ele está confuso e irritado, típico. Paro a dois metros dentro dele, agora, eu estou sendo analisada.
- Quem é você? E que merda pensa que tava fazendo? - Diz ele, em um tom que era para ser ameaçador mas está mais para desesperado. Ele abre a boca para protestar novamente mas o interrompo : - Eu faço as perguntas! - Digo em um tom neutro e me inclino para olhar em seus olhos, os quais se fixam nos meus. Ele da um sorriso, descrente. - Você acha mesmo que voou receber ordens de uma mulherzinha barata com sapatinhos caros? - Ele sorri novamente, então levanto-me e analiso meu reflexo no espelho atrás dele. Dou passos largos para a esquerda e observo.
Eu estou com um salto agulha de 15cm de cor petra, um sobretudo que chega na altura de minha panturrilha, igualmente preso. meu cabelo está preso em um coque no alto da minha cabeça. Viro em direção ao meu convidado e o encaro. - Não gosta dos meus sapatos? - Digo e ele me olha confuso. - Não seja por isso, também não gosto deles. - Tiro os sapatos e dou um chute em seu rosto, fazendo-o urrar de dor. Ele abre a boca para protestar, mas, novamente, eu o interrompo.
- José Luís Silva De Alcântara, 46 anos, nascido e criado no Cabo de Santo Agostinho, casou-se ao 23 anos, com Maria Jusé DeAlcântara. Teve com ela um filho, José Luís deAlcântara Jr. Separou-se e casou novamente com Vanessa Fernandes da Silva. Teve uma filha, Sophia, uma menina meiga e inofensiva, a qual você abusou durante anos. - Meu convidado está pálido, ele está desesperado, e eu gosto disso.
- Olha só, eu sei de tudo sobre você, cada passo que você deu, pessoas com quem conviveu e principalmente, eu conheço cada pessoa que você prejudicou, estou aqui para vingar cada uma delas. - Digo pausadamente. Ele me analisa com um olha de desespero.
- P-por favor, e-eu sei q-q-que... - Ele gagueja e eu dou uma risada. É incrível como mesmo depois de ter feito tantas coisas erradas, ele ainda quer piedade.
Ando em sua direção, e pego minha magno, que está dentro de meu sobretudo e a aponto para ele. Ele fecha os olhos e suspira. Pego uma moeda e jogo para o alto, ela cai no chão e rodopia, até parar. Olho para moeda e ela caiu com a coroa para cima. Meu convidado observa tudo, confuso. Então o encaro e digo: - Pelo visto, você não está com tanta sorte. - guardo minha arma e vou em sua direção.
Eu arrasto a cadeira, a qual ele está amarrado, levando-o até o banheiro. Olho no relógio, são exatamente 00h e 5min.
O banheiro é amplo e espaçoso, pelo fato de ter um vaso sanitário e uma pia a esquerda e uma banheira no centro.
A banheira está cheia, então arrasto a cadeira até a borda da banheira, ignorando os gritos e xingamentos de José.
Abaixo-me e o encaro. - Espero que você queime no inferno - ele abre aboca para protestar, mas, empurro sua cadeira e ele cai com a face na banheira.
Olho no relógio, são exatamente 00h 15min. Vejo José se debater pela ultima vez, até parar sem vida.
Vou até a sala principal, abro a terceira gaveta de meu gabinete e pego um saco de lixo preto. Volto ao banheiro, levanto a cadeira, esvazio a banheira, desamarro o corpo de José e coloco no saco preto.
Olho seu rosto, lábios grossos, nariz pontudo, ele está pálido, sem vida.
Levo o corpo até o fundo do meu sítio. Caminho 8M ao leste do sítio, chegando num local onde há cerca de vinte e cinco pés de mangueira. Próximo de um deles está meu carro de mão, o qual tem três sacas de cal virgem e ao seu lado, tem uma cova que eu cavei mais cedo. Arrasto o saco com o corpo até a cova, tiro o corpo do saco, e retiro todos os seus pertences e os ponho no saco. Levanto-me, indo em direção ao carro de mão e pego um saco de cal, abro o saco e ponho o conteúdo na cova, empurro o corpo para a cova, abro os outros sacos e despejo por cima do corpo.
Após enterrar o corpo, levo o saco com os adereços até a beira do rio, jogo acido dentro dele, derretendo tudo e lanço no rio.
Depois de ter tudo pronto, vou até meu carro e dirijo até minha casa. Amanhã será um longo dia.
Olá, este aqui é o primeiro capítulo de OS DOIS LADOS DA MOEDA. Deixem suas sugestões. Como vocês acham que é o outro lado da Luciana? Por que será que ela tem este comportamento? Em breve saí o segundo capítulo, conto com vocês! Boa leitura!
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OS DOIS LADOS DA MOEDA
Mystery / Thriller☆☆☆☆SINOPSE☆☆☆☆ Estamos cercados de pessoas comuns com suas vidas monótonas. Mas, será que é apenas isso? Na verdade, nunca se sabe quem são as pessoas que estão nos cercando, ou o que elas fizeram para estar em um determinado local. Ao nosso vê, s...