Capítulo 3

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Flávia narrando:

Eu quase quebrei ela no pau, mais um tapa foi bastante pra botar ela no lugar dela, não porque o medo que o povo tem delas lá na escola as meninas nem batem, com o tapa que dei na loira hoje ela quase caiu no chão mó seca, tem nem peito aquela porra.

Aqui estávamos nós três sentadas no sofá ouvindo sermão por ter arrumado briga no primeiro dia, ah elas vem mexer com a gente porque quiseram, tava quietinha no meu canto e as vaca vem pagar de pá pra cima de mim? Ah pelo amor, vai aprende a fritar um ovo.

Júlia: Ta bom pai, já entendemos, não se pode bater em animal porque isso vai contra a lei- começamos a rir e ele lançou um olhar mortal pra Júlia, as nossas mães que estavam ao lado dele começaram a rir- que foi? Elas foram procurar e acharam, a gente tava quietinha, não causamos alvoroço nenhum, fomos pra sala ficamos no nosso cantinho, e as mina vai lá pagar de pá pra cima de nós, falando que não era pra gente dar em cima dos namorados delas, que tínhamos chegado na escola hoje e não era pra gente tentar ser mais que elas.

Pai: Vocês foram mexer com os namorados das meninas?- revirou olhos

Flávia: Eu lá sou menina de mexer com namorado de outras pai? Poupa meus ouvidos- ele me lançou um olhar fatal 

Tio Miguel: Então porque elas foram arrumar briga com vocês?

Mel: Por que eu simplesmente usei meu deboche pra falar com a otária e ela não gostou, já bati nela na sala, ai os meninos separaram a gente, ela disse que me pegava na saída, na saída ela foi lá encher meu saco, usei meu deboche novamente e ela partiu pra cima de mim, eu não ia deixar ela me bater, bati mesmo, ai o tio chegou as meninas me tiraram de cima dela, a outra veio pra cima da Flávia, ela meteu um tapa na cara da menina, a propósito mais que merecido, e a outra veio pra cima de mim novamente, eu meti uns cinco tapas na cara dela que achei pouco, ai o tio me puxou pro carro e fomos embora- ela respirou fundo e sorriu ao terminar de contar 

Tio Léo: E tu não bateu em ninguém?- se dirigiu a Juuh 

Júlia: Ainda não, mais falta pouco pai

Tio Léo: Sossega Júlia

Júlia: Fica sussa, não vai ser mais que um soco e outra elas estão merecendo um bom tapão pra ver se caem na real- a porta da frente foi aberta e os meninos entraram junto com a Mey 

Mey: Que isso gente? O que aconteceu?- ela olhou pros nossos pais parados em pé e nós três sentadas no sofá com cara de tédio

Flávia: Descemos o pau em umas minas da escola- ela sorriu 

Mey: Já no primeiro dia? Me contem- ela sentou e nós relatamos com detalhes o que aconteceu na briga- tão certinhas, se eu fosse vocês esfregava a cara delas no asfalto quente- rimos 

Tio Miguel: Não dá ideia não Mey, em vez de falar que é errado tu encoraja a bater? Ta faltando parafuso?

Mey: Sabe o que acontece tio, na cabeça de vocês que deve faltar justiça, se vocês ouviram a mesma história que eu as meninas estão certinhas, e eu iria fazer pior- ela piscou pra gente e depois subiu 

Mel: Podia ter ficado sem essa paizinho- ela levantou ainda rindo e foi pra cozinha, eu e a Juuh a seguimos ainda rindo e os meninos vieram logo atrás

Iago: Nossa Mel, bateu bem em- ela sorriu 

Mel: Lógico meu filho, Mel é Mel 

Como será o nome daqueles entulhos? Será que é um nome feio? Ou um nome bonito? Sabe porque gente vamos combinar que nome bonito com gente feia não dá certo, fui tirada dos meus pensamentos com os meninos me chamando.

Filhos em Apuros (Degustação) Onde histórias criam vida. Descubra agora