A Ultima Feiticeira

Prelúdio

31 de Dezembro de 2020

A minha história é repleta de altos e baixos, na minha cabeça tudo seria como os contos de fada ou alguma história mística de seres sobrenaturais, como vampiros, feiticeiros e lobisomens. Quem me dera que tivesse sido assim tão fácil.

Meu nome é Natalie Akiyama, sou uma feiticeira originária da família real Akiyama, pois é, eu faço parte da realeza monarca em pleno século 21. E não acaba por aí, eu fui nomeada como rainha de Ghostown como se não bastasse o fardo nas costas de ter uma família desequilibrada.

Pra tudo fazer mais sentido, eu vou começar do início, mas relaxe, que o mundo da fantasia e toda essa coisa brega vai passar bem longe da minha história...

9 de Fevereiro de 2016

Eu estava pronta pra ir dormir, na época eu tinha 15 anos e morava com meus pais na cidade de Atlanta. O dia seguinte seria meu primeiro dia de aula no ensino médio e eu estava muito ansiosa. Até então a minha vida era super normal, meu papel era estudar, tirar boas notas e manter meu quarto limpo.

Meu pai era advogado e minha mãe escritora, tínhamos uma boa condição de vida e a minha relação com eles sempre foi incrível. Éramos só nós três, eu não tinha avós, tias ou primos, então éramos bem próximos.

Mesmo na adolescência eu amava ouvir histórias que minha mãe contava toda noite, acho que puxei um pouco da paixão por livros dela. Como sempre nós líamos uma história juntas, meu pai chegava do trabalho logo em seguida e passávamos um tempinho conversando antes de dormir. Eu dava boa noite e um beijo nos dois e ia pro meu quarto, sempre ouvia minha mãe dizer após eu sair "não fica até muito tarde no celular", fechava a porta e ia pro meu quarto. Tudo normal, cotidiano, mas naquela noite seria um pouco diferente.

Fui dormir umas 23:30, liguei o alarme do celular para me acordar às 7:00 a.m fechei os olhos e fui dormir.

Natalie V.O

Acordei umas 1:30 da madrugada sem explicação nenhuma e uma sensação estranha de ter alguém dentro do meu quarto, a luz do banheiro do meu banheiro estava acessa e eu me lembro perfeitamente de ter apagado antes de dormir, sentei na cama dando uma olhada por todo o quarto vendo se havia algo ali, mas não tinha nada, levantei sem fazer barulho e em câmera lenta, fui andando até o banheiro para ver se havia algo lá. A porta estava aberta então dava para espiar pelo cantinho dela antes de entrar no banheiro, mesmo assim não tinha nada lá, só o clarão da luz acessa com o quarto todo escuro.

Entrei no banheiro pra dar mais uma conferida e realmente não havia nada, revirei os olhos culpando minhas paranóias noturnas e fui em direção a porta, apaguei a luz do banheiro e fui andando no escuro até minha cama pra voltar a dormir. Deitei na mesma e fechei os olhos tentando pegar no sono, até que ouvi um eco distante de um "click", abri os olhos e a luz do banheiro estava acessa de novo.

- Quem está aí? - Perguntei cagada de medo de ter ouvir alguma resposta, porém tudo continuava em silêncio.

Peguei meu celular e levantei da cama de novo na pontinha do pé até o banheiro, não tinha nada lá, então como que essa luz acendeu sozinha? Liguei a lanterna do celular e desliguei a luz do banheiro, mirei a lanterna para iluminar meu caminho de volta a cama e levei um susto com a silhueta de uma pessoa sentada na mesma.

Meus olhos se arregalaram e comecei a tremer de medo, corri em direção a porta do quarto para chamar meus pais, mas em um milésimo de segundo ela bateu e me deixou trancada. Resolvi ascender as luzes do quarto e a silhueta levantou da cama vindo em minha direção. A porta não abria, as luzes começaram a piscar e eu tremendo de medo gritava meus pais que não acordavam por nada.