Sento-me na lua para ver as estrelas
Minhas lágrimas voam ao sabor do vento
A saudade é a maior de minhas mazelas
Meu eu hoje está totalmente ao relento
Olho para o chão buscando os belos lugares
Lugares onde vivemos momentos tão felizes
Mas daqui de cima eles parecem tão vulgares
Perante o cosmo somos apenas meros deslizes
A lua mal suporta o peso de minhas dores
Eu nem sei como consegui chegar até ela
Acho que fiz asas com os meus rancores
Penas negras com a força de uma procela
As estrelas não me oferecem alívio
Elas sequer me deram algum conselho
Apenas pedem que as olhe até o oblívio
Até que meus olhos percam o vermelho