Alice uma jovem de 18 anos resolve se mudar para Londres, para fugir de sua vida miserável, e tentar esquecer todos os demônios de seu passado.
Em Londres ela procura sua salvação, o que ela não sabe, é que lá se encontra, o seu pior inferno.
Acordo com o barulho de alguém batendo a porta, pego o meu celular e vejo que dormi demais, já se passou da hora do almoço, ai meu Deus. Levanto apressadamente para abrir a porta, é o Liam.
- Bom Dia Alice, sabe, é que minha mãe é meio paranóica e mandou eu vir conferir se você estava viva. - falou rindo.
Não consegui me segurar e ri junto com ele, foi ai que me dei conta que estava ainda com roupa de dormir, a não, como sou idiota, sinto meu rosto arder automaticamente, mas o Liam parece nem reparar, graças a Deus.
- Está tudo bem Liam, é que estava muito cansada acho que passei um procuro da hora. - falei
- Tá tudo bem, agora troca de roupa você deve esta com fome, minha mãe deixou o seu almoço no micro-ondas. - falou e eu assenti, ainda envergonhada.
Fui ao banheiro fiz minhas igienes, e desci para comer alguma coisa.
(...)
Já é noite, e confesso que aqui está bem chato, não tem ninguém em casa, nem a Alycia está, ela é a única que me distrai nessa casa.
Decido andar um pouco por Londres conhecer pelo menos o bairro, eu sou o tipo de pessoa totalmente anti-social mas eu realmente não tenho escolha.
Vesti um casaco coloquei uma toca, e sai, o que para mim é novidade, pois quase nunca tenho vontade de sair, no Brasil sempre ficava no meu quarto, preocupada com o meu pai, a o meu pai, tenho saudades dele, das poucas horas que ele era um ser humano "bom".
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(Imagine uma toca preta no lugar do boné).
Sinto o ar frio tocar meu rosto, e gosto da sensação, por dentro sempre vivi no frio, estou me sentindo realmente em casa.
(...)
Quando me dou conta ja tenho andado algumas ruas, estou agora numa rua estranha não passa muitos carros, não tem muita luz, sinto um arrepio, e começo a ficar nervosa.
Avisto de longe um beco, e ouço alguns gritos vindo de lá, e algumas coisas caindo, quando um homem sai de la sangrando, entra em um carro e sai, arrancando, deixando uma marca no asfalto.
Automaticamente e sem saber ainda o porque, corro até o beco, quando chego não consigo enxergar bem, o beco tem pouca luz, mas vejo um jovem alto, com cabelos grandes e ondulados, consigo ver ainda algumas tatuagens no seu corpo, ele está sentado encostado na parede, ainda um pouco desorientado e ensanguentado. Ai meu Deus ele foi espancado? Decido chegar mais perto.
- Vo- Você está bem? Posso te ajudar? - digo com dificuldade.
- Não preciso de ajuda, aquele idiota me pegou surpresa, covarde, ele vai se arrepender. - responde rudemente, sua voz em um tom rouco e bonito.
- Você está sangrando. - ignoro-o, tentando ajudar.
- Acredite, já estou acostumado. - diz se levantando para ir embora. Como alguém pode ser tão rude?
- A e você não deveria ficar sozinha por aqui, é perigoso, volte de táxi. - diz e some na escuridão.
Quem ele pensa que é? Eu tentei ajudá-lo e ele foi todo arrogante, que cara mais idiota, ele devia ter sido espancado realmente, mas confesso que fiquei assustada com o aviso dele. Já vi que aqui é difícil de passar táxi, vou ligar ao Liam para ele vir me buscar, espero que ele não brigue comigo.
Passo uma mensagem ao Liam, e ele diz que chega em dez minutos, estou sentindo que vou levar bronca.
(...)
Depois de mais ou menos cinco minutos, Liam chegou, já estava realmente com medo desse lugar.
Quando entro no carro, Liam está com uma cara nada boa.
- VOCÊ ENLOUQUECEU ALICE? - ele grita, me fazendo arregalar os olhos.
- De- Desculpa - digo ainda assustada.
- Eu não queria falar assim com você, desculpa, mas é que você não devia ter saído assim, sem conhecer nada aqui, você não tem noção como esse lugar é perigoso, várias meninas já foram estrupadas, eu quase enlouqueço quando cheguei em casa, e você não estava, graças a Deus você me enviou a mensagem bem na hora que ia te ligar. - diz apressadamente, e vejo realmente desespero no seu olhar, e me sinto bem, pela primeira vez, alguém se importa comigo.
- Hey Liam calma, desculpa, foi uma atitude infantil, mas estou bem, obrigas por vir me buscar. - digo lhe dando um sorriso, e vejo seu rosto suavizar.
- Olha Alice, é muito pouco tempo pra falar isso, mas me sinto como seu irmão um pouco mais velho, e tenho esse problema de cuidar demais das pessoas, então toma cuidado, e fala comigo primeiro. - diz me dando um sorriso acolhedor.
(...)
O Harry nesse capítulo apareceu misterioso, mas vai acontecer muita coisa, espero que gostem.
