CAPÍTULO 7

29 5 1
                                    

- não vamos voltar agora. Já te magoei demais, não quero isso de novo.

- nossa. Tudo bem então.

Encerrei assunto e não quis mais conversa, fui dormir triste mas não iria aceitar que estivesse acabado assim.
Acordei com mensagem da Bruna, quando vi que tinha mensagem fiquei na esperança de ser a Pérola dizendo que era apenas brincadeira, porém não era dela. Abri a mensagem da Bruna:

-
Bom dia fiote, será que você pode ir me ajudar no rancho sexta? Pro chá de panela?

- bom dia, pode contar comigo, vou sim.
Decidimos os horários e nada da Pérola mandar mensagem. Passei o dia pensando nela...

" poxa mas nem começou e já acabou, será que ela acha que eu faço com ela o que eu fazia com todos outros? Apesar de tudo eu gosto dela, mas eu sei que ela vai acreditar em mim. Não sei quando, mas vai."

Semana inteira sem falar comigo, nem ao menos um oi. Chegou a sexta e eu mesma mandei mensagem pra ela:

- Bom dia...
- Dia.
Foi o pior bom dia que ela já me deu.

- ta bem?
- sim. E vc?
- to bem. Era só isso mesmo. Queria só saber se vc está bem. Txau. Até depois.
- até.

"Poxa ela nem insistiu, como se fosse pra ela um tanto faz, falar comigo ou não não iria mudar a vida dela, mas pra mim iria, mas seca como ela tá nem precisava falar nada, não devia ao menos ter me respondido se fosse pra ser assim." Pensei comigo mesma estando chateada.
Fui fazer almoço e ocupar minha cabeça com qualquer coisa que não me lembra-se ela. Não tinha como, tudo me lembrava ela, cada segundo eu só pensava nela, saber se ela estava tão bem assim quanto disse que estava, mas o orgulho não deixou eu mandar nada, nem se quer um oi de novo. E o neto a todo momento preocupado comigo, ele sabia que eu não estava bem, e aí que pensei:
"Tenho uma pessoa que faz de tudo por mim, preocupa, mas é totalmente injusto eu enganar ele dizendo que eu gosto dele, só existe carinho entre eu e ele, ele pode ate gostar mais de mim, mas eu não, sinto ele como irmão, não posso enganar ele."

Decidi falar pra ele:

- olha eu sei que você gosta de mim, que preocupa comigo e tudo mais. Porém, eu não posso te dar um sentimento que pertence a outra pessoa. Não queria que fosse assim, e nem machucar você, mas infelizmente eu gosto de outra pessoa, ela não da valor no que eu sinto, mas eu não posso iludir você. A gente termina aqui.
O coracao estava doendo por fazer ele sofrer, mas eu precisava ser forte.

- como assim? Eu posso fazer você gostar de mim, cuidar de você, você tem que deixar só. Por favor não termina comigo.

- desculpa, não queria que fosse assim, e nem nada parecido, mas eu não posso. Por favor não insiste, só vai piorar a situação.

- ta bom então, mas vamos ser amigos então?

- ta bom. Vou me arrumar que tenho que sair com minha amiga, mais tarde a gente se fala ta? Bjos.

- espero você se arrumar então.

Mesmo eu gostando de outra pessoa, ele não desistiria, mas por que eu não gostava dele? Se ele quer me ver bem, preocupa comigo, é lindo! Por que tenho que gostar justo dela? Que namora, não preocupa comigo, não me procura, e faz de mim segunda opção?...
Esses foram os pensamentos que me atordoaram a tarde toda.
Arrumei minhas roupas em uma mochila, tomei um banho e me arrumei pra ir com a Bruna pro rancho. Peguei o ônibus e fui encontrar ela, coloquei os dois fones e tudo que eu ouvia me lembrava a Pérola. Cheguei até a Bruna:

- e ai amiga, ta boa?
- oie. Sobrevivo rsrs.
- eita. Vamos pro rancho, porque temos muita coisa pra fazer. Amiga vamos beber até amanhã, perde o rumo de casa.
- quem sabe ne. Não to bebendo, mas vamos ver.
Pegamos o ônibus e eu continuava a pensar na Pérola. Chegamos no rancho e começamos a preparar as lembrancinhas do chá da Bruna, até que ficou tarde e fomos dormir. Antes de dormir eu olhei o celular pra ver se tinha alguma mensagem da Pérola, mas só o Neto parecia importar e eu não me importava com ele. Resolvi dormir sem responder o Neto.
Acordei já procurando alguma coisa que pudesse ocupar minha cabeça, e começei a conseguir até que vou procurar uma foto e acho a foto dela, o dia já não estava sendo o mesmo, até que o irmão da Bruna me oferece uma ice:

- bebe uma ice aí, é melhor que sofrer por amor.
Parecia que ele estava sabendo, resolvi aceitar. Era um refúgio, se eu estivesse bêbada não iria pensar nela.
A festa começou e eu começei a exagerar, estava em uma mão a ice e na outra uma lata de cerveja, bebendo alternadamente, mas estava dando certo. Até que minha mãe me liga pra avisar que estava indo até mim, pensei " pronto! Além de bêbada, sem namorada, agora vou ficar sem o couro."
Estava conversando com o irmão da Bruna e ele vem me dizer que tinha um rapaz querendo ficar comigo, neguei, e minha mãe chega.
- isa você bebeu?
-só uma ice. Falei custando enchergar aonde tava minha mãe.
- bebeu umas né.
- só uma. Respondi e tentei andar, mas nem isso eu conseguia.
A noite foi passando, e eu me divertindo e nem sem quer lembrava da minha vida real. Minha mãe foi embora do rancho e eu e a Bruna fomos beber vodka e o menino que eu não conseguia se quer enchergar direito estava insistindo, e eu negando. Foi assim até que eu fosse dormir.

PerisaOnde histórias criam vida. Descubra agora