Trinta e Dois

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[Novamente um aviso (violência/abuso/morte) - Por favor pule para o fim da parte em itálico se for prejudicial para você. Amamos vocês]

Camila abriu um grande sorriso, cuidadosamente segurando o vaso pesado em suas mãos e indo em direção à cozinha. Ela cantarolou alegremente quando viu que seu tio estava em casa, sentado em um dos bancos da cozinha.

"Eu fiz flores," Camila sorriu, caminhando até ele e levantando o vaso para mostra-lo. "Elas são rosa e brancas," ela assentiu orgulhosamente. Seu sorriso se dissipou quando ele levantou a cabeça e ela pôde ver a garrafa em sua mão.

"Não se 'fazem' flores, idiota," ele murmurou, rolando os olhos. Camila não gostava quando ele bebia, ele sempre ficava assim. "Elas vão morrer sem água. Deus, você tem ALGUM senso?" ele riu amargamente e tomou mais um gole de sua bebida.

Camila ficou preocupada, olhando para o vaso e o balançando levemente para fazer as flores se mexerem. Franzindo, ela se moveu para frente e segurou o vaso na frente de seu rosto.

"Eu fiz flores," Camila repetiu, balançando o vaso levemente para provar seu ponto. "Viu? Eu fiz elas."

Subitamente, o vaso foi empurrado de sua mão, quebrando no chão perto de seus pés. Camila choramigou, olhando para a coleção de vidro e flores que agora cobriam o chão.

"Sai daqui, porra," ele falou arrastado, antes de tornar sua atenção de volta para a bebida. Camila ficou congelada por alguns segundos antes de seus olhos pousarem nos restos das flores. Com tédio, Camila fez a volta nos cacos de vidro e se abaixou para pegar as flores.

"Elas precisam de água?" ela perguntou suavemente, lembrando do que ele havia dito mais cedo. Ela olhou para as flores coloridas em sua mão antes de coloca-las na frente do rosto dele, olhando-o esperançosamente.

Foi aí que tudo mudou.

Camila inalou com dificuldade quando ele se levantou, trazendo sua mão de trás de suas costas e pressionando algo gelado contra o queixo dela. Camila tropeçou levemente para trás quando ele deu uma paso para frente.

Ela gemeu de dor, sentindo os cacos de vidro embaixo de seus pés descalços. Mais alguns passos para trás e ela foi pressionada contra a parede, seus pés ficando dormentes por causa da constante e latejante dor.

"Ouch," ela sussurrou, sentindo lágrimas se formarem em seus olhos enquanto balançava a cabeça furiosamente. "Ouch, ouch," ela repetiu para si mesma. Quando ele removeu a arma de seu queixo e a pressionou contra seu peito, Camila entrou em pânico. Ela sabia o que era aquilo. Ela sabia o que aquilo podia fazer.

"-não," Camila choramingou, apertando os olhos. "Por favor, não," ela balançou a cabeça furiosamente, tentando ir mais para trás.

"Seria tão fácil só puxar o gatilho," ele disse, arrastado, arrastando a ponta da arma por seu peito até sua clavícula. "Não seria?" 

"Por favor," Camila sussurrou, tentando se balançar para fora do aperto dele.

"Por favor o que?" ele riu, movendo a arma novamente para sua mandíbula. "Você quer que eu acabe com isso?"

"Po-p-por favor," Camila soluçou. Ela não conseguia formar nenhuma outra palavra no momento.

Por um segundo, ele tirou a arma dela e a girou em sua mão, a inspecionando. "Se ao menos alguém amasse você," Tom riu amargamente, rolando os olhos. "Talvez vá haver alguém que se importe quando você estiver morta.

Blue ➸ Camren (Português)Onde histórias criam vida. Descubra agora