A Viagem.

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Estávamos no carro eu, Cheryl, Dom e Lana, eu dirigia meu Jeep Renagade Trailwalker pelas montanhas a fim de chegar no lugar em que a casa se encontrava, estávamos todos especulando como a casa seria.

- Sabe, acho que vai ser toda caída, talvez com teias de aranha - Disse dom, enquanto balançava os braços como se quisesse imitar um fantasma.

- Não, sem as aranhas, vai ser uma casa distante de tudo com sérios problemas nas dobradiças e tábuas que rangem - Cheryl tentou.

Eu dei um sorriso de soslaio e simplesmente tirei um dos panfletos do porta-luvas enquanto lana me olhava assustada. Joguei o panfleto para Cheryl na janela da esquerda do banco de trás e voltei a encarar a estrada.

- Deixem de especular coisas ruins, a casa é ótima, dizem ser por isso que é mal assombrada.

Dei uma risada maléfica e passei a próxima marcha, levaram apenas mais 30 minutos para vermos a casa no horizonte, e mesmo distante ela era linda por excelência, elegante e brilhosa, um tanto quanto afastada mas ainda assim com vizinhos e até mesmo um mercado grande o bastante para chamar atenção.

Nos aproximando cada vez mais pudemos ver uma moça encostada em um honda civic na frente da casa, ela vestia seu blazer devidamente abotoado e uma pasta de couro em seu colo, um cigarro em sua boca e os óculos lhe caindo apoiados no nariz, encarava alguns morrinhos na neve com uma expressão entediada.

Freiei o carro a alguns metros dela e desci calmamente, seguido por meus colegas que discutiam fervorosamente qual a prenda por terem miseravelmente errado as descrições da casa.

Ela sorriu para nós e jogou o cigarro na neve, o apagando, desencostou-se do carro e começou a caminhar calmamente para nos encontrar no meio do caminho.

Ao nos encontrarmos nos cumprimentamos.

- Sou Kendra, sua corretora, você deve ser william.

Assenti e apertei sua mão mais firmemente.

Ela encarou os demais.

- Nossa, apenas quatro? - Riu - Vocês vão ter espaço de sobra, claro, sem contar os fantasmas que ja estão lá dentro.

A maioria de nós riu, exceto por lana, que encarava as árvores em volta da casa, mas a mesma Lana riu assim que eu a cutuquei com o cotovelo para que prestasse atenção na conversa.

Terminadas as apresentações e piadas, Kendra me entregou a chave da casa e voltou para dentro do seu Honda Civic prateado.

Voltamos para o Jeep e eu o coloquei na garagem, então desembarcamos as malas e tudo mais, nos arrumando em apenas um dos espaçosos quartos da casa.

Redes para as moças e sacos de dormir para mim e para Dom fizeram o quarto vazio e sombrio que tomamos como quarto virar um aconchegante local de descanso em equipe.

Todos os outros quartos tinham camas e guarda-roupas, eram em torno de seis ou sete, se contei direito, mas nós não estávamos alí a passeio, estávamos ali para ganhar uma aposta.

Terminando de arrumar as coisas, peguei minhas panelas e facas e segui para a cozinha, eu tinha sérios problemas com facas que não eram as minhas e como eu era o melhor cozinheiro dali, resolvi as levar.

Comecei a cortar os legumes para a salada vegana de Lana enquanto descongelava os pedaços de bife que trouxera, a cozinha era brilhante e reluzente, a maioria dos equipamentos era dourado e reluzia exageradamente, era elegante e sofisticada com equipamentos de última geração.

Me sentei no balcão e aguardei enquanto o microondas aquecia os pedaços de bife, balançando as pernas fechei os olhos para sentir o cheiro de naftalina que a casa emanava.

Uma mão me tocou na cintura, pequena e fria, calmamente deslizando para o meu peito, mantive os olhos fechados aproveitando o toque, de súbito, mais duas agarraram meu pescoço e me puxaram para trás, deslizei no balcão até meu corpo se chocar com o de Lana que me abraçava com firmeza, então abri os olhos.

- WoW Lan, que susto - Ri - Pensei até que fosse um fantasma.

Dei uma piscadinha para a morena que se encontrava agarrada ao meu pescoço.

- Você é demais Will, essa casa é demais, eu poderia ficar o inverno todo aqui. - Riu-se maravilhada após largar o meu pescoço.

Eu apenas sorri e saltei do balcão, caminhei até o microondas e o abri faltando 23 segundos tirei os bifes da vasilha e coloquei em pratos separados, coloquei dois copos de arroz na água que já estava no fogo e peguei minha frigideira, arremessando-a para cima e a pegando próxima ao fogão, coloquei-a na boca central e liguei, começando a fritar os bifes de dois em dois.

Lana estava na sala de estar que dava de frente para uma das grandes janelas da casa, a lareira estava acesa desde que entramos e estava tudo perfeitamente aquecido.

Pude ouvir ela se sentar provavelmente em um dos sofás com capas tricotadas e consegui até imagina-la em seu mais novo suéter vermelho completamente-industrializado-sem-nenhum-animal-morto-no-processo encarando a neve fina que caía do lado de fora da casa.

Terminei de fritar os seis bifes e os coloquei no balcão, devidamente acebolados e com o molho os cobrindo.

O arroz veio em seguida, em uma das minhas maiores vasilhas devidamente temperado.

Nenhum de nós gostava de feijão então o acompanhamento seria bacon que eu fritei em alguns poucos minutos.

Terminando com um suco de groselha para mim e Lana e champagne para Dom e Cheryl.

Arrumei a mesa e fui me sentar no sofá com Lana.

Ela segurou minha mão e apoiou a cabeça em meu ombro.

- A quantos fantasmas você acha que resistimos antes de sermos mortos, Will? - ela encarava a neve, parecia preocupada, Lana sempre parecia.

Eu sorri.

- Você eu não sei, eu sou fã de supernatural e cozinheiro, sempre tenho sal por perto. - Dei um peteleco na testa da moça. - Relaxe Lana, fantasmas não existem, vamos ficar bem.

Cheryl e Dom desceram as escadas correndo com uma expressão de medo, Dom se jogou no meu colo e Cheryl girou pelo encosto do sofá caindo de costas no chão.

Eles gaguejavam algo, eu apenas olhei para dom e dei dois tapas em seu rosto.

- Fale, Homem ! Quantos fantasmas vocês viram?

Dom riu.

- Mané fantasma rapaz, aqui tem uma fodendo jacuzzi !

Os dois começaram a rir enquanto eu olhava para eles, incrédulo.

- COMO ASSIM? - Gritei.

Saí correndo escada acima até avistar a jacuzzi, a água borbulhava. Não esperei nem um minuto a mais, tirei a blusa e a calça, já estava descalço, entrei pisando nos degrais calmamente, a água estava quente, aquilo era ótimo.

Os outros se juntaram a mim na maravilhosa jacuzzi da maravilhosa casa mal-assombrada mais legal de todas.

Os outros se juntaram a mim na maravilhosa jacuzzi da maravilhosa casa mal-assombrada mais legal de todas

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⏰ Última atualização: Jul 09, 2016 ⏰

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