Medical spiteful

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Eu perguntei, por que é tão bom

Tão bom ser má?

Ter o que eu quero, garoto

Por que isso te deixa tão bravo?

Estávamos em mais um voo, que iria em direção à Coréia. Estávamos no Japão, à viagem não seria tão longa como pensamos. A aeromoça já estaria dizendo o que cada um deveria fazer caso algo grave ou de urgência acontecesse nesse avião. Em alguns minutos, o objeto de metal começaria a andar pela pista, aumentando a velocidade ao ponto de fazer meu coração gelar. Ao sentir as rodas saírem do chão, fecho os olhos bruscamente, tentando disfarçar meu medo. Não tenho fobia de altura, mas sim de avião.

Já havia se passado quarenta e cinco minutos desde o avião estar no ar, e nenhuma turbulência crítica. Ao meu lado, na primeira classe ––– Classe conhecida como ''v.i.p '' ––– estaria eu e mais algumas pessoas, que por acaso, poderiam ter ótimos custos. Eu estava aqui apenas por causa da empresa, não tenho condições para pagar um espaço de luxo.

Poucos segundos depois, ao ouvir os avisos para manter a calma, já que estaríamos entrando em uma turbulência de grau médio. Coloco o jornal em minhas mãos e vejo uma das aeromoças chegarem ao meu lado, falando com a pessoa do sexo feminino que estaria na minha frente.

–– Poderia nos ajudar? Um dos passageiros acabou desmaiando. –– Falou a mulher, que estaria com medo e aflição estampado em seu rosto

–– Porque eu? –– Falou a mulher sem desviar o olhar do livro

–– Vimos em sua ficha, você é uma médica de Seul, não é? –– Perguntou a mulher desesperada. –– Por favor, nos ajude Baee Irene.

–– Não estou em local, muito menos horário de trabalho. –– Disse fechando os livros e cruzando as pernas. –– Não adianta implorar, eu não irei atender este paciente, e negativamente nesta turbulência.

Sinto o meu sangue ferver, e retiro o sinto e olho para a mulher trajada com roupas de trabalho.

–– Eu posso fazer isso. –– Digo determinada. –– Já estudei sobre medicina com uns amigos, sei o básico. Consigo desacordar este paciente em minutos, onde ele está?

–– Obrigada! Por favor, me siga Senhorita.

–– Por favor, me chame apenas de Seung-Hwan, seja informal também. –– Suspiro seguindo a mulher. Vejo o passageiro no chão e pego o travesseiro colocando envolta do pescoço do garoto, que tem a média de quatorze anos.

Junto às pernas do menino e as levanto, para facilitar a circulação para o cérebro do gaiato, abro um pouco a gola da camisa do menino.

–– Tente abanar ele até acordar. –– Continuo segurando as pernas do mesmo com os joelhos dobrados. Ao ver o jovem acordar, abaixo as pernas do moreno e levanto sua cabeça. A turbulência já havia abaixado, mas continuaria dando tremidas uma vez ou outra.

–– Traga um copo de água com açúcar, vocês devem ter isso, certo? –– Levanto o menino e o sento na cadeira, vejo o moreno curvar a cabeça, mas o seguro, pois se sentira tonto. –– Não se esforce, é bom te ver bem. Espero que nos encontremos outra vez. –– Sorrio voltando para a sala de primeira classe, olhando para a menina que estaria com os livros na mão. –– Inútil... – Cochicho

–– Pode pensar o que quiser sobre mim, não ligo. –– Ela disse suspirando, o seu tom de voz não mudou em nenhum instante. –– Sou uma médica que trabalha em hospitais, e não em lugares quaisquer.

1POLICE 2DOCTOROnde histórias criam vida. Descubra agora