Surgery

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Eu morri todos os dias esperando você 
Querido, não tenha medo, eu amei você 
Por mil anos 

Eu amarei você por mais mil . 
––

SE

Ela falou que confia em mim e eu prometi que faria o meu máximo para salvar o homem que está machucado, com inchaço em sua barriga.

–– Primeiro, vamos fazer uma endoscopia, certo? –– Pergunto lavando as mãos e as colocando para cima, abaixo do queixo. Pego as luvas e coloco em meus braços, vestido as roupas para cirurgia e colocando a máscara.

–– Todos estão prontos? –– Perguntou Irene, cirurgiã chefe. –– Eu confio em você, Tiffany Hwang.

Tiffany estaria controlando os batimentos cardíacos do homem, como a temperatura e a respiração. Ela deu uma risada baixa, e mandou um "joia" com a mão.

–– Temos apenas trinta minutos após abrir a barriga dele. –– Suspiro. –– Deem o máximo de vocês, por favor. –– Sorrio. –– Vamos começar a cirurgia!

–– Bisturi. –– Pediu a mulher, abrindo o meio da barriga do mais velho.

Um sangue escuro começou a sair, sujando um pouco do paciente. Ignorando isso, olho para a mulher que estava em choque.
–– Gazes! –– Falou pegando algumas e limpando o sangue que escorreria.

–– Ele levou um tiro? –– Pergunto.

–– Tiffany, aumente a pressão do paciente. –– Deu o comando. –– Seulgi, traga uma bolsa pequena de sangue.

Fiz o que ela pedia e o tempo havia se passado. Cinco minutos já haviam se passado e eu mordo meus lábios colocando o sangue em ligação ao paciente. Olho no raio-x, vendo alguns pontos pequenos que me deu curiosidade. Levo minha mão para dentro do estômago do homem, sentindo algo fino espetar meu dedo de leve. Seguro o que me espetou e o puxo; pequeno que mal conseguia ver. Passo várias vezes pela luva para o sangue sair, vendo então a pedra.

–– É um pedaço de diamante! É por isso que o estômago dele está todo perfurado, causando a hemorragia.

–– Está certa... –– Falou a chefe. –– Tiffany deixe a temperatura dele na média. A pressão tem que estar alta, se não ele pode sangrar externamente. –– Suspirou pegando uma pinça e começando a retirar as pequenas pedras.

Depois de mais dez minutos ––– Um total de quinze minutos, deixando os outros quinze restantes. –––, retirando todos e não deixando nada, abrimos perto do coração para conseguirmos retirar alguma coisa que estaria ali e que poderia vir a acarretar um ataque cardíaco caso algum toque.

–– Bisturi.

–– Para que bisturi? É só usar a pinça! –– Digo entregando uma pinça.
––Não, eu quero os dois! –– Deu um sorriso, retirando a pedra.

A respiração do paciente já estava estável e soltei um sorriso ao ver que já havia acabado. Mas porque Irene teria pedido aquele bisturi? Nem ao menos o usou, o que me deixa curiosa.

–– Eu disse que estava certa, Doutora. –– Dei uma risada baixa. ––Me dê a linha e agulha, irei fechar o paciente para terminar a cirurgia com sucesso. –– Pego os tais objetos indo fazer o ato, mas sou impedida.

O sangue começou a subir perto do coração.

–– Abaixe a pressão dele! –– Disse a superior. –– Ele está tendo uma parada cardíaca! –– Falou sem fazer nada.

Tomei um ato corajoso –– até de mais –– e coloquei as mãos no coração do homem que parecia saudável como nenhum outro. Começo a massagear aquele órgão na esperança de que voltasse.

–– Tragam o desfibrilador! ––Falei nervosa, não vendo ação nenhuma da superior, que apenas observava tudo. Coloco uma parte em cada lado do coração. –– 200 Joules! –– Dou o choque, sem respostas. –– 250 Joules! –– Continuo tentando e tentando, falhando novamente.

Olho para o coração e vejo uma artéria cortada, suspiro fundo e vejo o temporizador parar.

–– Miyo Kamashiro, morto a meia noite do dia vinte e um de março. Morte ocorrida de ataque cardíaco e hemorragia interna. –– Disse Irene. –– Feche o corpo dele. Iremos fazer a autopsia para o governo.

–– Você não pode simplesmente desistir! –– Volto a massagear o coração do homem, tentando reanima-lo. –– Por favor, volta! Eu prometi... –– Mordo os lábios com forças vendo que o mais velho já estava falecido.

Desisto de "dar a vida" ao já falecido e o cubro com um pano.

–– Tifanny, obrigada. Você deu o seu melhor. –– Sorrio e retiro a luva, assim como o uniforme.

Com todos os médicos que estavam naquela cirurgia, saímos da sala encontrando o filho do homem junto a Wendy. Um olhar de abatimento e luto estava estampado em nossos rostos.

–– Como foi? A cirurgia deu certo, não é? –– Falou esperançosa.

–– Ele não conseguiu sobreviver... — Caminho até o lado do garoto e coloco a mão em seus ombros. –– Perdoe-me, não consegui...

O menino se levantou da cadeira, indo até a porta onde estava o homem morto. O som do choro era ouvido por ruídos. Com sinais acabou falando para todos:
"––Eu sou surdo, como irei viver sem ele? Não tenho familiares na Coréia! Vocês tinham que ter o salvado!"

Fico assustada com tudo aquilo e respiro fundo.



WN

Eu já estava no terraço, sentada com uma garrafa de soju em mãos. Tomo outro gole, respectivamente fazendo o tal ato inúmeras vezes. A médica chefe chegou lá em cima, se apoiando nas barras de ferro para não ultrapassar a área, soltando as fumaças pelas narinas.

–– Médicos deveriam cuidar da saúde, não destruí-la. –– Digo ironicamente, indo ao lado dela com as garrafas em mão.

–– Policiais deveriam matar bandidos, não pessoas inocentes.

–– Como você iria matar um inocente se eu não tivesse aparecido?

–– Isso mesmo, aliás, eu disse: Eu estava certa...

–– Porque você é tão falsa? Seulgi falou que tinha uma artéria cortada e antes do ataque cardíaco, você tinha pedido um bisturi.

–– Não posso fazer isso? –– Suspirou –– Está desconfiando de mim? Vamos lá, procure provas... –– Sorrio. –– Vou fazer a autopsia para o governo...

–– Eu vou descobrir o que você fez nesta cirurgia. eu prometo para todos. –– Dou uma breve pausa. –– Você é uma assassina, que só pensa em si mesma.

–– Talvez você esteja correta. Mas desta vez, eu venci esse jogo. –– Deu uma risada.

–– Então você afirma? –– Perguntei.

–– Não falei nada. –– Sorrio. –– E não adianta me culpar, não por causa disso, estamos no lugar do hospital que não tem captação de áudio ou câmeras. Boa sorte com sua procura de provas, idiota.

Terminou de dar a última tragada e pisou no tabaco pela última vez, apagando as cinzas. Deu de ombros e uma risada irônica. Caminhou para a saída do terraço e falou pela última vez:

–– Espero que você consiga encontrar algo, assim eu provo que sou inocente... –– Suspirou fundo e colocou a mão no bolso do jaleco. –– Ou você acha que eu sou uma assassina? –– Riu e desceu.

Eu prometo que você será presa.

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⏰ Última atualização: Jul 15, 2016 ⏰

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