Two Lovers

- A volta -

O dia está realmente como qualquer outro mas... ao mesmo tempo não. Hoje já é o meu segundo dia no colegial e ainda não me senti a vontade de estudar naquele local. Será que minha mãe não entende que os meus amigos antigos eram bons? É algo desnecessário ter me tirado do antigo colegial; mas ver ela feliz me faz bem, então me esforço ao todo para conseguir fazer ela feliz. Eu não sei exatamente o motivo para eu estar sentindo uma sensação boa... eu espero que a sensação se torne real.

Já são seis e meia, mas de costume já fiz todas as minhas higienes matinais. Não gosto de tomar café da manhã, as vezes quando resolvo comer um pouco... sempre vomito e nunca foi algo agradável para se falar.

Ah, por sinal, meu nome é Choi Yuna mas sou chamada mais de Yuju. Atualmente tenho dezessete anos. Eu ainda estou a procura de um emprego para ajudar minha mãe.

Porém, fiz com que todos os meus pensamentos sumissem; caso eu continuasse me perdendo nos pensamentos iria me atrasar. Deixei de pensar em tudo aquilo e saí correndo de casa para o colegial.

Por mais que fosse ruim ir ao colégio a esta hora, eu no fundo gostava da manhã. A brisa é fria e eu sempre gosto de sentir isso. Nunca tem muitas pessoas a essa hora, é bom ouvir os sons dos passarinhos cantando em destaque. Algo que me deixa chateada é meu colegial ser perto, não tenho muito tempo de aproveitar todo aquele momento de relaxamento para meus ouvidos.

Em um curto tempo cheguei em meu colegial; e o barulho de pessoas conversando, andando de lá para cá, fechando os armarios... céus, isso me incomoda. Tenho uma grande vontade de colar em minha testa uma placa escrita: "SOCORRO ALGUÉM ME TIRA DAQUI". Infelizmente não é algo que vá me ajudar tanto.

Mesmo que ainda não fosse o horário de ir para a sala, eu fui direto para lá. Nunca tem ninguém além de mim e o barulho diminui. Quando abri a porta da sala vi alguém sentado em uma carteira que ficava do lado da minha minha; mas como? Por que? Nem aqui tenho paz?. Essa pessoa estava de costas mas era óbvio de saber que era uma menina. Fechei a porta da sala e fui direto me sentar em minha carteira, tive que ignorar a tal garota.

Enquanto eu olhava para o lado de fora do colegial pela a janela que ficava perto de onde eu sentava, ouvi um som de canetas ou lápis caindo.

- M-me desculpe por lhe incomodar com este barulho, você parece querer paz.. - Disse a tal.

Olhei para ela rápido e depois olhei para o chão; ela havia deixado as canetas caírem, talvez por um acidente. Percebi que ela se levantou para apanha-las. Suspirei e me levantei para ajudá-la a pegar todas as canetas, confesso que tinha muitas.

- Não tem problema, esse barulho nem chegou perto do que estou acostumada a ouvir. - Falei rindo um pouco.

- M-mesmo? Então está tudo bem?. - Perguntou ela um pouco preocupada.

- Por que não estaria? - Respondi.

- Não sei... - Exclamou a tal.

- É melhor não se incomodar muito do que ser alguém rabugento, digo isto desde pequena. - Disse eu.

Olhei para ela e percebi que a mesma ficou me olhando com a boca aberta, como se estivesse impressionada. Eu senti a mão dela ficar em cima da minha, aquilo estava ficando estranho e eu senti meu rosto queimar.