Parte 1

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Sangue quente e fresco escorria por entre os elos de metal da cota de malha do cavaleiro. O corte em seu braço era largo e profundo. O homem ofegava como se tivesse corrido por quilômetros. Seus pulmões queimavam como brasas, sedentos por mais oxigênio.

Ele se apoiou no beiral da ponte de madeira rústica enquanto olhava impotente seu assaltante avançar em sua direção. O machado do nórdico desceu sobre o escudo rachado do cavaleiro bretão com uma força implacável. O escudo se quebrou por completo e o homem ferido foi impelido além da ponte, caindo nas águas gélidas do rio.

O cavaleiro não tinha mais forças para nadar e, mesmo que tivesse, seria inútil, pois o peso da armadura e da cota de malha afundavam-no como uma âncora. Calmamente ele aceitou o fato de que a misericórdia mostrada pelo machado do viking não seria mostrada também pelas frias águas que o rodeava. Uma única pergunta cruzou sua mente no final: por que o fundo do rio brilhava mais que o próprio céu visto através das turbulentas águas?


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