Capitulo 1 — COMEÇANDO A VIVER
Depois de dezessete anos tendo aulas particulares em casa, sem criar laços afetivos com ninguém, sem sequer conversar com alguém, eu finalmente estou saindo de casa. Não estou conseguindo conter minha ansiedade. Nunca imaginei que um dia acabaria indo para um colégio interno. Sei lá, o máximo que eu imaginava pra mim era fazer faculdade a distancia, porque, conhecendo o meu pai, eu duvidava que ele fosse permitir minha ida a uma faculdade. Mas ao que parece, eu estava completamente enganada. Aparentemente tudo está ligado aos últimos acontecimentos.
Há duas semanas atrás uma casa foi incendiada, junto com dois carros, aqui no meu bairro. Rumores dizem que são ataques de um grupo rebelde. Bem, a questão é que duas pessoas morreram. Quer dizer, uma pessoa e um cachorro, a Sra. Johnson e sua pug Nina. Ela era uma idosa de oitenta e dois anos, que vivia sozinha em sua casinha vitoriana. Ela era muito boazinha e prestativa, perdê-la deixou todo o bairro em luto e o seu enterro foi um dos mais tristes em que estive.
E acredito que por conta deste ataque e da morte da Sra. Johnson, meu pai juntamente com a minha mãe, resolveu me inscrever para o Academy Monsters, o melhor colégio interno do país. Admito que tenho certo medo de ir morar com vários desconhecidos, mas isso, por um lado, é totalmente empolgante. Bom, eu estou assustadoramente empolgada. É uma coisa muito nova pra mim, mas estou desposta a enfrentar tal coisa, afinal, já estava na hora de começar a viver
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Lá pelas cinco e meia da manhã, estou descendo com as minhas malas, deixo elas na sala e vou para a cozinha encontrar meus pais.
— Bom dia. — meus pais falam em uníssono e o Lilo faz um som semelhante à Busswalcl...
— Bom dia. — digo e dou um beijo na bochecha gorda do Lilo, e ele faz outro som estranho.
— Preparada? — a mamãe pergunta com um sorriso animado.
— Sim... — franzo a testa. — Bom, na verdade não. Não sei o que esperar.
Ela balança a cabeça, como se entendesse como me sinto. Ela se estica e alcança minha mão, apertando-a, me confortando.
— Vai dar tudo certo, querida. — ela diz e da aquele sorriso que faz você acreditar em tudo que ela diz.
Eu olho para o papai, mas ele mantém sua expressão impassível e isso me faz sentir uma pontada de confusão. Será que ele esta triste? Sera que pra ele é tão difícil? Não consigo entender.
— Papai? — o chamo e vejo por trás daqueles olhos escuros que ele realmente esta triste com a minha partida. — Oh, papai... — eu me levanto e sento em seu colo o abraçando com força. — Tudo bem.
E em um nanosegundo estamos todos em um abraço em família.
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Depois de me despedir da mamãe e do Lilo, meu pai me levou até o aeroporto. Ele sempre foi um homem de poucas palavras, então conversamos pouco durante o caminho. Ele estava triste. Eu estava triste. Então não tinha mesmo o que ser dito. Nós sempre fomos muito unidos, eu passei muito tempo aprendendo coisas com ele, então, isso torna ainda mais difícil nossa separação.
— Ana.
— Oi, pai. — percebo que ele está franzindo a testa.
— Você entende que existem muitas coisas desse mundo que você não conhece, não é?
— Sim, pai.
— Existem seres nesse mundo que querem abrir as portas para o mundo humano, para toma-lo para si. — senti o meu corpo tremer.
— O que o senhor está querendo me dizer?
— Que você precisa tomar cuidado, minha filha. — ele olhou pra mim por um instante. — Todas as coisas que eu te ensinei servem para você se defender e cuidar da seu irmãozinho.
— Você ta me assustando, pai.— nós dois respiramos fundo por um momento enquanto passávamos por um túnel. — O que está tentando me dizer com tudo isso?
— Que esse não é qualquer colégio, todos os tipos de monstros estudam naquele lugar, e nem todos eles são de bem, você precisará tomar cuidado.
Percebi que ele apertava o volante e parecia nervoso, seus olhos pulavam do retrovisor para a estrada, foi aí que percebi um carro atrás de nós e que estávamos indo muito rápido.
— O que está acontecendo, pai?
— Estamos sendo seguidos.
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Primeiro capitulo finalmente saindo...
Pai de Ana na mídia.
Beijos e queijos,
Cambio, desligo
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Zumbido - Os mistérios de ser um zumbi
Teen FictionVocê acredita em zumbis? Acredita que entre todas as pessoas que você vê na rua, uma delas pode ser um zumbi? Zumbido irá te fazer questionar isso, irá te mostrar que não existe aquele tão usado estereótipo de zumbi verde, manco, e com os membros ca...