Sorriso bobo

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- Isabel não sei o que dizer. Isso deve ser trote. - respondeu depois que leu a mensagem.

- Também pensei nisso Bruna - falei - mas preciso descobrir a verdade...

- Pode contar comigo, agora tenho que ir meu pai chegou, tenho que me preparar para a bronca. - disse ao virar a costas - tchau bel.

- Tchau Bru. - respondi enquanto observava a Bruna ir ate o carro do seu pai e me lembrei do recreio que passamos juntas na sala da diretoria resolvendo um problema que tivemos com a professora de historia. Mas não assinamos nada, porque a professora reconheceu o erro.

Depois de um tempo esperando pela vovó, ela chegou e estava com uma cara de brava. Entrei no carro e disse:

- Oi vovó!

- Isabel, eu te disse que não queria ouvir história sua no colégio, que não queria ouvir reclamação sua? Porque você discordou da professora?

- Ah vovó ela estava errada e ainda mais estava falando um monte de besteiras, que eu saiba ela tinha que da aula de história e não falar da vida dela. - disse irônica.

- Eu não quero saber, lembra que eu te disse para se comportar nessa escola? - disse estressada.

- Lembro! - afirmei.

Logo após a BRONCA que levei da vovó, passamos o caminho todo em silêncio até chegarmos em casa. Quando chegamos entrei e disse que não queria almoçar e corri para o meu quarto com os olhos cheios de lagrimas. Comecei a chorar assim que entrei no quarto, lembrei-me do papai, da Clarisse, da minha mãe e até mesmo da mensagem que tinha recebido pela manhã. Acabei deitando na cama e dormindo...

* * *

- Isabel, Isabel abra a porta por favor sou eu a tia Fernanda. - levantei da cama ainda sonolenta e abrir a porta para titia.

- Oi tia nanda? Alguém morreu? - disse bocejando.

- Desculpas te acordar bel, eu só queria saber se você quer ir pro shopping comigo. Quer ir? - falou sorrindo.

- Tudo bem - disse sorrindo. - Só vou trocar de roupa.

- Ótimo te espero na sala.

Abri o meu guarda-roupa peguei um short, uma blusa e um tênis da adidas e desci. Quando cheguei na sala titia me olhou e sorriu. Saímos da sala e entramos no carro. Ao chegarmos no shopping ouvir a minha tia falar "vou fazer muitas compras" olhei para o outro lado abrir um sorriso e fingir não ter escutado.

Entramos em varias lojas, já estava cansada de tanto dar palpite nas roupas que a titia provava. Não aguentava mais andar pra lá e pra cá com sacolas. Até que titia Nanda me olhou e disse:

- Não precisa ficar comigo, se quiser pode ir no cinema ou fazer qualquer outra coisa. Te trouxe aqui para se divertir.

- Tudo bem. - respondi com um sorrisinho.

Enquanto caminhava ate o cinema, pensei em ligar para a Bruna mas não ia da tempo, então decidir assistir ao filme sozinha, mesmo sabendo que ia ser chato. Comprei o ingresso do primeiro filme que vi pela frente e fui para a fila da pipoca. Quando comprei a pipoca acontece uma tragédia, um garoto esbarra em mim. Foi tudo tão rápido que não consigo descrever a sena, só via as pipocas caindo no chão, foi como se o mundo tivesse parado e só existisse eu as pipocas e aquele garoto.

- Desculpa, mil desculpas. Eu sou um desastrado mesmo. -falou o garoto

- Tudo bem não tem problema. - respondi

- Tem problema sim, vou comprar outra pipoca para você. - respondeu virando as costas.

- Não precisa... - antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele já estava de volta com dois sacos de pipoca nas mãos. Ao olhar aquele garoto que nunca tinha visto na vida, sentir meu coração da um pulo e os meus joelhos tremerem. - Não precisava... - falei.

- Claro que precisava - respondeu com um sorrindo bobo, que me fez ficar sem graça. - Vai assistir qual filme?

- Sei lá, comprei o ingresso do primeiro filme que vi. - respondi

- Ah, então eu vou assistir o mesmo filme que você nosso. O seu ingresso é igual ao meu. - disse sorrindo.

- Que coincidência. - disse sorrindo.

- Não acredito em coincidência, apenas em destino. - falou, quando ouvir isso meu coração começou a bater ainda mais forte...

Entramos na sala de cinema e o garoto que eu não sabia o nome sentou do meu lado. Quando o filme começou parecia legal, mas quando foi chegando perto do fim ele ficou besta. O filme falava sobre uma maldição entre duas famílias rivais, só que o destino da senhorita Ellen Andwes era se apaixonar pelo Maxon Fix. No final o pai de Ellen mata ela e obriga ela a casar com outro. Enfim, ela faz um feitiço com uma bruxa para trazer Maxon de volta, só que ele volta como filho dela ai o filme acaba. Saímos do cinema falando sobre o filme, estava adorando a companhia daquele garoto mesmo sem saber quem era.

- Como é seu nome? Não te perguntei antes... - disse com um sorriso bobo.

- Isabel e o seu?

- Heitor. Que tal nós dois lancharmos no Mcdonald's? Não aceito um não como resposta!

- Fazer o que né? - disse sorrindo.

Enquanto esperávamos nosso lanche, conversávamos como se focemos velhos amigos. Eu observava aquele garoto falando varias besteiras e me fazendo rir do nada percebi que ele tinha um sorriso bobo e mesmo sem conhece-lo, aquele sorriso me fazia perder o chão e rir do nada. Nosso lanche chegou, merendamos e logo despois o Heitor pagou a conta e saímos.

- Onde você estuda mesmo Isabel? Bateu uma curiosidade. - disse

- Em um colégio cheio de policiais! - respondi rindo.

- Sério? - perguntou fingindo espanto. - Eu também estudo lá, faço o segundo ano do ensino médio. Amanhã vou te procurar.

- Tudo bem, agora acho melhor eu procurar minha tia, ela deve estar louca. - falei. Quando saio da praça de alimentação dou de cara com a minha tia.

- Oi mocinha, onde você estava? E você quem é? - falou olhando para o Heitor.

- Eu estava no cinema, depois eu e o Heitor fomos lanchar - disse.

- Eu sou o Heitor, tudo bom? - disse o Heitor.

- Tudo ótimo! - respondeu - agora vamos porque eu deixei minhas sacolas cheias de compras com uma amiga muito maluca que esta descontrolada porque terminou com o namorado. - falou sendo engraçada.

- Tchau Heitor. - falei virando as costas. Mas ele puxou meu braço e ai olhou nos fundos dos meus olhos e disse "não vai me abraçar" aí ele me deu um abraço e disse no meu ouvido uma coisa que não ouvir direito pois estava arrepiada.

HEITOR NARRANDO

Ao abraça-la sentir meu coração pular, um calor percorreu meu corpo nunca havia sentido isso por ninguém. Aqueles olhos azuis claros, o cheiro dela... uma tarde com ela me fez ficar louco. Amanhã procurarei por ela no colégio.

* * *

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⏰ Última atualização: Aug 06, 2016 ⏰

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