French Boy

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 N/A:Era para ser algo escrito apenas para mim, mas eu tive a BRILHANTE (traduza como HORRÍVEL) ideia de mostrar para minha melhor amiga, Vinia. Então se está postada aqui hoje, agradeçam/culpem ela, que quase implorou para que eu postasse.
Surgiu a ideia depois do jogo de domingo, quando eu, minha irmã e minha mãe ficamos falando que queríamos consolar o Griezmann (olha no que dá brincadeira de família).
Itálico são falas em inglês (possivelmente com grafia errada, já que eu mesma as escrevi pra testar se eu estou sabendo); itálico e negrito são falas em francês (essa eu peguei do tradutor mesmo).
Imagem de capa encontrada no Google e tendo acrescentado apenas o título. 

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French Boy

Capítulo Único

Written by Rocker

Eu sabia que ele precisaria de mim. Senti isso assim que Portugal fez o gol na segunda parte da prorrogação. Eu estava com muita raiva pela falta malfeita. Eu sabia que se fosse certa, talvez a França que tivesse feito o gol. Mas nada disso importava no momento, apenas o fato de que eu precisava estar com Antoine quando ele mais precisasse de mim. E foi por isso que mal me importei se isso atrairia a atenção de alguém ou não. Quando a partida se deu por encerrada, aproveitei a pequena comoção que se deu pela vitória do país luso e sai do banco onde as outras WAG's estavam sentadas. Antoine parecia meio perdido em meio de campo e eu temia que ele não segurasse as lágrimas – não queria que a mídia tivesse mais o que falar sobre o segundo confronto perdido entre ele e Cristiano Ronaldo.

De dentro dos corredores eu ouvia o canto de alegria dos portugueses e dei graças pelos seguranças estarem se preocupando com a ida dos jogadores ao pódio. Sendo assim, depois que o penúltimo jogador do time da França saiu do vestiário, quase uma hora depois, eu sabia que Antoine ainda estaria lá dentro.

- Take care of him, Trix, he's not fine. (Cuide dele, Triz, ele não está bem.) – disse Olivier assim que passou por mim. Assenti, compreendendo suas palavras em um inglês carregado.

Esgueirei-me para dentro do vestiário assim que tive a chance sem que algum assessor pudesse me pegar em flagra. Era um vestiário grande, mas consegui seguir o som da respiração dele e o encontrei ainda de uniforme, sentado num dos bancos e de costas para mim.

- Anto? – chamei-o, ainda receosa.

Ele se levantou rapidamente, virando-se para mim. Seu rosto apenas tinha marcas de suor, mas eu sabia que ele estava segurando as lágrimas.

- Trix. – meu apelido saiu carregado em seu sotaque francês.

Não respondi, apenas cruzei o espaço que ainda nos separava e abracei-o pela cintura o mais forte que conseguia.

- Ma princesse, I'm very sweaty. (Minha princesa, estou muito suado.) – ele disse, tentando me distanciar dele, mas eu não permiti.

- I don't care. I know you need me now. (Eu não me importo. Sei que você precisa de mim.) – eu disse-lhe, levantando meu rosto para encontrar seus olhos azuis mais obscuros que o comum. – Antoine Grizmann – eu disse, levando uma de minhas mãos ao seu rosto e acariciando sua bochecha de maneira delicada. – You don't need to be strong with me. You can cry if you want. (Você não precisa ser forte comigo. Pode chorar se você quiser.)

Minhas palavras pareceram desencadear o que ele segurava e seu próximo ato foi enterrar seu rosto em meu pescoço e chorar como uma criança. Sei que eu devia estar o consolando, mas também sei que ele precisa colocar para fora o que sentia. E eu seria seu apoio naquele momento. Foi por isso que levei-o até o banco onde ele estava sentado e ele se acomodou deitado nele, com o rosto enterrado em meu colo. Deixei-o chorar suas emoções, acariciando seu cabelo e beijando sua têmpora vez ou outra. Mal me importava se ele ainda não tomara sua ducha.

French Boy - Portuguese VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora