Capítulo 12

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Vejo que o sinal irá bater, guardo minhas coisas silenciosamente sem ninguém perceber ainda mais Crawf. Olho para os lados e vejo que Crawford está olhando diretamente em meus olhos. Fico envergonhada e paro no mesmo momento.

- O que está fazendo?

O sinal bate

- Tarde demais, baby. - Sorrio irônica

- Espera, Mia!

Pego minha mochila e quase saio da sala, o professor me chama, diz que quer conversar comigo, eu paro e olho Crawford que sorri pra mim

- Te espero lá fora, amor. - Ele sai gargalhando e eu bufo

A sala se esvazia, só eu e o professor estamos lá dentro, então ela chama minha atenção dizendo:

- Bom... A senhorita está indo mal nos estudos.

- Isso nunca foi novidade. - Retruco

- Mas você está muito mal!

- Tá, e daí?

- Para de me responder, Mia! Você não está em casa.

- Nem você. - Cochicho

- O que disse?

- Eu tenho que ir. - Faço cara de apurada

- Eu irei convocar seus pais à virem a uma reunião aqui na escola, Mia! Você está muito mal nos estudos! - Ele diz

- Ok, posso ir agora?

- Vai logo!

- Tá, obrigada! - Saio bufando

Fecho a porta da sala bufando, não demora muito pra que eu me depare de frente com Crawford

- Eaí?

- Eaí oque? - Pergunto

- Vamos ficar aqui?

- Não.

- Poxa, Mia!

- Fiquei sem vontade agora, esses professores me tiram do sério. - Reviro os olhos

- Mia, você é uma garota tão diferente da maioria! Você é uma Bad girl e você não tá nem aí pra nada, entende?

- Tá, e o que você tem haver com isso?

- Nada, eu só queria te dizer isso.

- Porque se incomoda?

- Porque eu quero.

- Ah, legal, mas agora eu vou pra casa.

- Foi muito bom ler seu diário. - Ele diz caminhando ao meu lado

- Não me lembra disso, se não irei ser obrigada a esmurrar a sua cara aqui mesmo. - Passamos do portão da escola

- Tão delicada.

- Olha, só uma pergunta. Até que página do meu diário você leu? - Dou ênfase no meu

- Sei lá, eu não vou te contar.

- O Chris sabe também?

- Bom... É, sabe.

- E você? Sabe o tamanho da vergonha que eu tô passando? Juro, nunca mais apareço na sua casa.

- Não faça isso, ele já deve ter esquecido, Mia.

- Mas, você leu sobre você no meu diário?

- Claro né? Todas as páginas tinham meu nome garota!

- Eu tô fodida! - Digo andando mais rápido

- Não fica com vergonha. Quem tinha que ficar com vergonha era eu.

- Porque?

- Você escreve de mim o tempo todo! E quando falo "o tempo todo" é o tempo todo mesmo! - Eu o encaro

- Você leu aonde eu escrevi que eu podia ter dado uns beijos na sua boca mas resolvi falar que eu estava insegura?

- Eu li o diário todinho!

- Então toma uma atitide! - Eu paro em sua frente

- An?

- VOCÊ É IDIOTA OU TÁ SE FAZENDO?

- Eu não entendi sua referência. - Ele sorri de lado maliciando

- Olha, você leu meu diário e agora só fala nisso, que eu tô afim de você e quando eu esqueço o assunto você volta com ele. Então, agora toma uma atitude, se eu tô tão afim de você assim e tu não cala a boca e não esquece dessa merda, me beija logo se é o que quer! Porra!

- Você é louca, quem está afim de mim, é você. Eu sou irresistível, cara!

- Então, se fode. Se beija sozinho se é tão irresistível! - Me viro com raiva e saio andando

- Espera!

- Vai se foder!

- Calma garota. - Ele puxa meu braço

- Crawf, você é um canalha.

- É, eu sou. E não consigo ser difícil pra você. - Ele segura meu corpo contra o dele

- Você é bipolar e eu não te quero mais.

- Eu tava brincando. - Ele diz e eu viro

- É, eu também tava na hora que eu falei pra você me beijar, Teddy. - Sorrio

- Eu acho que a bipolar aqui é você, Cupcake. - Ele diz sorrindo

- Estamos velhos para apelidos.

- É, realmente.

- Eu amo você como meu amigo, Crawf, entenda. - Sorrio de lado e o abraço

- Você é difícil ou se faz?

- Não custa nada você tentar.

- Irei começar hoje.

- Eu tenho que ir. - Estamos na esquina de casa abraçados, escuto uma voz familiar me chamar. Pai?

- MIA! VENHA JÁ PRA CASA! - Meu pai grita da porta, Crawford me olha assustado e eu também

- NÃO ME FAÇA TER QUE TE BUSCAR AÍ!

- Tchau, Crawford. - Se solto dele e corro até minha casa, entrando lá dentro vejo pela janela, que ele ainda me observava

- VOCÊ SABE QUE EU NÃO TOLERO ESTE GAROTO! ELE É MÁ INFLUÊNCIA PARA VOCÊ!

- SE É TÃO MÁ INFLUÊNCIA PRA MIM, PORQUE VOCÊ DEIXOU A SCARLETT NAMORAR ELE? - Eu grito quase chorando

- NÃO ME RESPONDA! - Ele me dá um tapa no rosto, eu o olho derrotada e subo ao meu quarto chorando

- Me desculpe, Mia! - Paro na escada

- EU QUERO AS MINHAS COISAS, HOJE EU SAIO DE CASA! - Eu grito e ele sobe atrás de mim

- Mia, desculpe! Você me tira do sério!

- O que eu te fiz? Eu apenas estava com meu amigo! - Choro

- Eu odeio o seu amigo!

- MAS... POR QUÊ?

- Na verdade, eu odeio o pai dele. - Ele diz e eu me calo

- Nós vamos se mudar dessa cidade. - Ele diz

- NÃO! EU NÃO VOU! - Choro gritando com raiva

- Lamento, mas as malas de todos estão prontas, e essa casa... Já foi vendida para outra pessoa.- Ele diz saindo do quarto

- O que?

Não penso em mais nada a não ser que: Se eu soubesse que aquela seria a última vez, eu teria o abraçado e nunca mais largado dele. Agora, é tarde demais pra que isso aconteça. Choro desesperadamente, o que será de mim daqui pra frente?

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Amo todos vocês, hehehe. E agora?

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My Friend || Crawford CollinsOnde histórias criam vida. Descubra agora