-Camily espera não é o que você tá pensando- grita Ian lá do quarto onde a alguns segundos atrás o encontrei na cama com uma de suas secretárias.
-Não acredito que você fez isso comigo, seu idiota.- digo com lagrimas nos olhos -E não me venha com essa de não é o que você esta pensando, porque eu sei o que eu vi - falo quase chegando na porta, mas paro, não vou deixar isso barato.
-Camily deixe me explicar - fala com calma, estranhando a minha parada repentina.
Me viro bruscamente, vermelha por conta da raiva e das lagrimas contidas, encontro o mesmo, me olhando em espera de alguma reação, então começo a falar.-Não quero saber suas explicaçoes por ter feito isso, agora você já fez né seu tapado - grito indo na sua direção rápido de mais, fazendo com que ele recuasse dois passos com o susto.- E ainda com uma vaca daquelas - falo mais alto ainda para que ela escute lá do quarto. É verdade que não conheço a moça,mas já a vi varias vezes lá no escritório de Ian, atendendo telefonemas em sua mesa, ela sabia que ele era muito bem comprometido, então não me sinto culpada por xinga-la.
Antes de ele ter a chance de falar algo, salto em cima dele, dando vários tapas e socos mesmo sabendo que não iriam doer muito, devido a minha falta de força. Então me lembro das minhas belas unhas bem afiadas e começo a arranhar todo o seu rosto e braços, fazendo-o gritar de dor.
-Sai de cima de mim Camilly- diz, enquanto pega meus braços em uma tentativa de me imobilizar até que consegue .
-Me solta, caralho- digo me remexendo. Não quero ficar aqui sentindo seu cheiro, o mesmo perfume que dei a ele no nosso primeiro dia dos namorados juntos,a 2 anos atrás e desde então ele não usa outro perfume, porque sabe que eu gosto.
-Só te largo se você prometer parar- Ian fala, ainda ofegante.Quando penso em ceder, as imagens de minutos atras me vem a mente e a raiva me consome, acabo chutando-o no meio das pernas, fazendo com que ele caísse no chão e gritar de dor, aproveito a deixa e saio correndo até a porta.
-Não quero nunca mais ter que olhar para essa sua cara de idiota -falo um pouco alto demais. Estava com tanta raiva que acabo pegando a primeira coisa que vejo, que no caso foi uma jarra de cristal que ele deixa em uma mesinha ao lado da porta, e a jogo com tudo na parede fazendo, a mesma se quebrar em mil pedacinhos que se espalharam pelo apartamento.
Escuto um barulho de porta se abrindo, e vejo a moça me olhando com os olhos arregalados, deve estar me achando uma louca.
-Aproveita queridinha, agora ele é todo seu- digo dando o meu melhor sorriso fasiane, com uma vontade louca de pulando nela também, mas não valia a pena. Fico olhando os dois, com uma raiva e antes que eu faça mais alguma merda, mostro-lhe o dedo do meio, pego minha bolça e saio do apartamento batendo a porta com tudo. Ao sair vejo que a vizinha da frente está ali do lado de fora, provavelmente ouviu a gritaria, ela me olha assustado, olho para ela, dou um leve suspiro. Já conseguia sentir as lágrimas se aproximarem.
-Desculpe pelo barulho, é que eu peguei ele com outra na cama -digo fazendo uma careta e saio correndo para o estacionamento. Ela deve estar me achando um louca agora, mas eu realmente não ligo, só preciso sair o mais rápido possível daqui.
Chego ofegante no meu carro, resolvi vir de escada, não estava com paciência para esperar o elevador. Desci 12 andares correndo e digamos que não sou muito atleta, então estou praticamente morta.
Abro o carro e me sento no banco do motorista. Dou uma olhada no espelho, estou com o rímel todo borrado e com a pele toda manchada, devido ao choro, estou horrível. Tendo chegar em casa o mais rápido possível, ligo o rádio do carro e coloco na minha estação favorita, está tocando uma música bem agitada uma espécie de remix eletrônico de uma musica que eu adorava, aumento no máximo o volume e canto junto em uma tentativa de conter os meus pensamentos, o que deu um pouco certo.
Chego no meu prédio em menos de 20 minutos, tempo recorde. Geralmente demoro mais de 30. Entro e resolvo ir de elevador dessa vez, que por sorte chega rápido e melhor ainda, estava vazio.
Depois do que parecem ser séculos, ele abre no meu andar e finalmente chego em casa. Me deito no sofá e não me permito sofrer ainda. Me levando e subo as escadas, vou para meu quarto, coloco uma roupa confortável, uma calça de pijama e um moletom, pego cobertas e um travesseiro, desço e vou até a cozinha, preparo pipoca e brigadeiro. Escolho alguns filmes de romances clichês (meus favoritos), me ajeito no sofá e só depois disso, permito-me sofrer.
Choro horrores, não conseguia acreditar que ele tinha feito isso comigo. Estávamos juntos a um pouco mais de 2 anos e meio. Não cheguei a amar ele com todas as minhas forças, mas nos dávamos tão bem, adorava estar com ele, meus pais o adoravam, mas parece que eu não fui o suficiente.
Na metade do terceiro filme, a comida já havia acabado e eu já estava morta de sono. Resolvo dormir no sofá mesmo. Desligo a TV, arrumo o travesseiros e as cobertas para ficar mais confortável e simplesmente caio que nem uma pedra, dormindo na hora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre o odio e o amor
RomanceIndo ao encontro do seu namorado, como todos os dias Camilly fazia, ela o encontra na cama com outra. A raiva dentro de si é tanta, que chega a prometer não entrar mais em relacionamento nenhum. Começa uma fase em sua vida onde só quer curtir e desc...