Lover

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— Alguém te viu? — Harry o puxou para dentro, fechando a porta com um estrondo acima do necessário. — Já te disse pra não vir aqui, sabe que estão vigiando a casa.

— Não, Harry — Louis ajeitou a manga do suéter. — Ninguém me viu.

— Ótimo — o político suspirou, virando o copo de uísque, folgando a gravata logo depois.

— Preciso te entregar isso — esticou o envelope na direção do outro. — É bom que você veja e tome uma providência, já que ser visto comigo te incomoda tanto.

Sem esperar resposta, Louis retirou todas as suas peças de roupas, ficando somente de cueca. Subiu os degraus da casa do amante, encaminhando-se em direção ao banheiro, escorando a porta, sabendo que não demoraria para Harry chegar ali.

Retirando o que lhe restava, Tommo entrou no box e deixou a água cair sobre seu corpo, sentindo seus pelos se eriçarem. Um banho de água gelada jamais fora tão bom. Depois de ter visto aquilo naquele envelope, saiu de sua casa como um meteoro, correu até sentir suas pernas se partirem em quatro e mesmo assim continuou a correr. Caso Harry descobrisse aquilo por alguém além dele, daria merda.

De fato, não demorou para que Styles entrasse no banheiro e acariciasse sua virilha por trás, distribuindo beijos pelo seu pescoço. Lou sentiu algo pressionar sua bunda e gemeu entre uma risada. Aquilo era bom, significa que seria uma boa noite.

O cacheado o virou e o pressionou contra a parede, agarrando seu pênis com uma das mãos. O cheiro de uísque caro estava impregnado nos lábios do maior, deixando-o ainda mais atraente. Louis gostava quando Harry bebia: aquilo o deixava mais sedento, mais necessitado dele. Harry fodia melhor quando bebia alguns goles da sua bebida favorita.

Ele fechou o chuveiro com a mão livre e sorriu de lado, masturbando o menor com lerdeza.

— Eu cuidarei disso, não se preocupe.

Aquilo foi o necessário.

Harry agarrou Louis pelas pernas, envolvendo-as em sua cintura, levando o amante para fora do box. Lou penetrou os dedos nos cachos do seu senador, permitindo-se ser levado até a pia, onde com um só movimento, derrubou tudo, sem se quer se importar se quebraria. Entortando-se para observar o espelho, o menor notou o pau do outro totalmente de pé, pronto para ser encaixado dentro de si, e com aquela visão molhou os lábios, repleto de luxúria.

De uma só vez, Harry o penetrou, soltando lufadas de ar no seu pescoço. Mordeu seu maxilar e correu até a boca, chupando seus lábios e o soltando seguidas vezes. Ainda estupefato, Tomlinson cravou as unhas nas costas dele, revirando os olhos a cada estocada, deixando os gemidos necessitados saírem por entre os dentes cerrados.

— Você gosta assim? — O cacheado questionou, olhando-o nos olhos.

— Qual é Hazz, — Louis provocou — você pode fazer melhor que isso. Não sou sua esposa, você sabe bem que gosto quando me fode forte.

Aquilo pareceu provocar Styles num nível que Tomlinson jamais vira, porque o cacheado o tirou da pia e o jogou na cama em menos de 5 segundos.

— Fique de quatro. Agora.

Seguindo a ordem do amante, o menor ficou de quatro, inclinando o traseiro até onde podia. Harry agarrou seus cabelos e puxou sua cabeça. — Sua puta, vai aprender a me respeitar.

Ele beijou toda a extensão das costas do outro, mordendo a carne farta da sua bunda, masturbando o pênis alheio com a mão livre.

Louis não queria assumir o quanto queria aquele pau dentro dele. Não queria assumir como queria gritar o nome do cacheado para quem quisesse ouvir. Não queria assumir o quanto queria que Harry dissesse as três palavras. Parecia injusto. Era injusto. Inclinando a cabeça para o lado, Lou viu o retrato da família perfeita: Harry, a esposa e seus dois filhos sorrindo. Bufando, Tomlinson deu um tapa na foto, fazendo o retrato cair no chão e se estilhaçar.

— Parece que alguém está irritado hoje. — Styles riu, voltando a ficar de pé, apoiando um dos joelhos na cama, encaixando o pênis na entrada do garoto, penetrando sem piedade.

[...]

Louis acordou com o barulho do chuveiro. As janelas e cortinas permaneciam fechadas, mas mesmo assim alguns raios de sol teimavam em passar, refletindo nos pedaços de vidro no chão. Na poltrona no canto do quarto, a camisa social e a gravata de Harry estavam perfeitamente passadas, assim como a calça azul marinho que ele tanto gostava.

Rolou para o outro lado, vestindo uma das cuecas do amante que ficava no guarda roupas, passando a mão no cabelo logo em seguida. O chuveiro foi desligado e não demorou para que Harry aparecesse com a toalha ao redor da cintura, ainda pingando.

— Bom dia — Tomlinson foi o primeiro a se comunicar.

— Bom dia. Pensei em te acordar para tomar banho, mas parecia feliz demais dormindo.

— Ainda bem que não acordou. Aposto que estaria de mau humor.

Permitindo que a toalha caísse no chão, Styles deu de ombros. — Não posso negar.

Voltando a sentar na cama, Louis admirou as costas do maior, ainda vermelha pelas marcas da noite anterior. Sua bunda tinha algumas marcas arroxeadas e dando um sorriso, o menor suspirou. Estava feliz que tinha feito aquilo, queria saber qual seria a resposta do político para a esposa.

O menor estava inquieto: abraçou Styles por trás, pousando a cabeça ao lado do braço. Ambos olhavam para o espelho. Ambos estavam entregues. Louis passou a mão por sua barriga, percorrendo as tatuagens que ficavam escondidas por debaixo de todo aquele pano. Chegou ao caminho logo abaixo do umbigo e sorriu, levantando os olhos na direção do cacheado.

— Não posso, Lou. Tenho hora. — Harry virou e o beijou nos lábios. — Adoraria, mas não.

As mãos teimosas do menor percorreram a extensão do quadril dele na tentativa de encontrar o pênis e quando faltava pouco, Styles o parou, dando uma risada.

— Não seja teimoso. — Falou sério, dando um sorriso de lado.

No final das contas Louis Tomlinson sabia que aquele Harry da noite anterior já havia ido embora. Agora entrava o Harry Styles político, pouco amigável, superficial, com ambições.

E foi assim que Harry foi embora, deixando pouco mais de algumas notas para o ''café da manhã''.

Fazendo o que Harry sempre o pedia para não fazer, Louis abriu a janela um pouquinho, só para que pudesse o ver ir embora.

Em menos de dez segundos o carro de Harry sumiu no quarteirão seguinte.

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