O ano letivo tinha começado fazia pouco tempo e jurava que nunca tinha ouvido tanto zunzunzum em Hogwarts como antes. Em todos os lados, em todos os cantos as pessoas comentavam sobre o novo aluno que desfilava nos corredores de forma totalmente inofensiva. Harry Potter.
O Potter, ou melhor "o menino que sobreviveu" chamava muita atenção. Não podia imaginar o quão infernal deveria estar a vida desse garoto. Infelizmente, o garoto havia ido para a casa da Grifinória, certamente, um desperdício. Se Harry estava mesmo destinado à grandeza, como todos diziam, Sonserina teria sido a melhor casa para ele.
Eu não fazia questão, no entanto. Se o Chapéu Seletor havia lhe colocado na Grifinória, bem, ele quem saia perdendo, não a gente.
— Emma.
Virei-me para o lado, em direção a voz masculina que chamava por meu nome.
— Que?
— Você não vem? — perguntou Marx, com um sorrisinho de canto.
O garoto era apaixonado por mim, mas era um babaca. Da Sonserina e vivia sempre querendo pôr as mãos nos meus peitos. Era meio contraditório e eu achava que ele pudesse ter algum tipo de transtorno bipolar. Hoje me trazia flores e amanhã não falava comigo... No entanto, sabia que era apaixonado porque via como ele tratava as outras garotas, e de alguma forma era totalmente diferente quando se tratava de mim.
Às vezes me sentia horrível por iludi-lo ainda mais, fazendo-o achar que talvez tivesse alguma chance de termos algo mais sério.
Encarei o quadro negro lotado com as últimas anotações de Minerva e depois voltei meu olhar para Marx.
Suspirei.
— Só vou terminar isso aqui... — disse.
O sorrisinho de Marx desabrochou, era claro que ele queria ir em algum lugar secreto e tentar novamente pôr as mãos nos meus peitos. A nossa próxima aula seria Herbologia com a Srta. Sprout, então não veria problema.
— Tudo bem, eu vou indo então.
Dei de ombros e Marx deixou a sala de Minerva. Foquei-me em terminar de copiar o último parágrafo que Minerva havia passado e logo estava com os livros apoiados em meu braço.
Dei-me a sair da sala, no entanto, justamente na hora de sair, outra alma adentrava. Batemos, e meus livros e os livros do ser foram parar no chão.
Reparei que era Olívio, o goleiro e agora, capitão do time de Quadribol da Grifinória. Ele parecia aflito e bem nervoso, quase diria que tremendo. Tínhamos aula de Transfiguração juntos, talvez tivesse esquecido alguma coisa e voltado, lembro-me de ter visto ele nessa aula...
Os seus cabelos escuros estavam suados nos lados, isso consegui reparar. Estivera correndo? Não importava. Seus olhos castanhos me analisaram como os de quem está perdido.
Agachei-me, quase ao mesmo tempo que ele, para pegar os meus livros. Captei o seu caderno que caíra aberto.
"Lista de Apanhador" era o que estava escrito.
Entreguei-o.
— Carlinhos se formou, não é? Imagino o porquê de estar aí rachando a cabeça em nervosismo, primeiro ano sendo o capitão, é melhor se esforçar, muita pressão.
Os olhos de Olívio me enxergaram com uma espécie de reconhecimento.
— Obrigado — foi só o que ele disse e então se levantou. Levantei-me atrás.
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Diário, Hogwarts e Wood
FanfictionQuando se vê, a orgulhosa sonserina, está cercada por um par de olhos castanhos. Vassouras, quadribol, intrigas e muito Wood. Estaria Emma surtando? Um grifinório? Não podia ser. Emma Stewart, puro sangue, está em seu quinto ano em Hogwarts, querend...