Para Olivia tudo era fácil demais, simples demais. Ela estalava os dedos e o mundo se derrubava sobre seus pés, quando o dinheiro não comprava o que ela queria a menina sorria e ganhava o mundo. Oli descobriu o poder da persuasão quando precisou convencer todos de que vinha de uma família normal e tradicional, percebeu que um sorriso aberto e bonito poderia fazer as pessoas acreditarem em qualquer coisa. Foi sempre assim e ela só desejava que isso nunca mudasse.
Olivia caminhava como uma musa da Vogue pelos corredores da faculdade, com sua roupa impecável e os cabelos definitivamente alisados e presos com uma tiara, atrás dela vinha como uma sombra - invisível aos olhos dos outros- um jovem corpulento e simples, vigiava com cautela cada passo da mulher.
Parou diante da máquina de lanches e olhou pra o segurança particular.
- Já pode ir, como ver está tudo bem por aqui - Olivia sorriu gentil para o homem, e digitou na máquina o número do seu pedido, em seguida inserindo uma nota - Prefiro que as pessoas não percebam que tenho uma sombra a mais.
-Senhorita, não posso sair daqui - O homem se encostou na parede e observou a mais nova abrir o pacote de salgado - Ordens do seu avô.
- Você trabalha para mim, meu avô já deixou isso bem claro. - Olivia olhou pros dois lados e depois se voltou para o homem - Você sabe que será compensado por isso.
Lançou seu sorriso encantador e firme para o homem, e em seguida seguiu sozinha pelo corredor. Jhulio ficou para trás com a promessa de uma depósito em sua conta.
O erro da mulher foi subjulgar o inimigo, e tentar ser superior a seu avô. Naquela tarde, que mais uma vez tentava ser apenas uma pessoa normal aos olhos dos outros, aprendeu que sua família poderia ser poderosa, mas haviam aqueles que ainda a desafiavam.
***
Olivia estava na aula de calculo avançado quando recebeu um bilhete de Chris a chamando no refeitório. Pediu licença ao professor e saiu porta a fora, em busca de um momento de diversão e amor. Mas nunca encontrou nem um, nem outro.
No meio do caminho sentiu uma mão forte segura-la para trás e tampar com uma força desnecessária sua boca. Oli esperneou e tentou, em vão, gritar e como resposta recebeu uma coronhada na cabeça.
Quando abriu os olhos estava largada no chão de um depósito velho e cheio de entulhos, um filete de sangue escorria por seu rosto bonito e delicado, a cabeça latejava e seu corpo doía como se uma manada de elefantes a tivesse atropelado. Quando seus olhos se acostumaram com a luz fraca do ambiente, percebeu três homens sentados em uma mesa jogando baralho. Eles não haviam percebido que a menina acordou, e isso deu para ela tempo de analisar o local e seus raptores.
Um homem em especial chamou sua atenção, lembrou-se de ter visto em algumas ocasiões pelos corredores da faculdade. Um espião.
- A donzela acordou! - O homem largou as cartas sobre a mesa e caminhou até Olivia, com um sorriso estranho desenhando os lábios.
- Quem são vocês? E o que querem de mim? - Perguntou erguendo-se o máximo que podia com os braços e pernas amarrados.
- Olha só, a ragazza é bem corajosa! - Debochado como sempre, o homem se aproximou mais de Olivia e apertou suas bochechas - tudo que meu chefe quer é a ruína de Filippo.
- Vocês precisam de muito mais que um sequestro pra derrubar meu avô!! - respondeu peituda como sempre fora, com os olhos fixados no de seu sequestrador e a voz firme.
Olivia era tão fria quanto podia, uma verdadeira filha da Máfia. Criada pra manipular, mandar e jamais temer ou se entregar. Sempre com um plano B em mente e a cavalaria ao seu alcance.
O homem riu com gosto e deu um tapa na cara da mulher, deixando sua mão desenhada na bochecha direita da morena.
Impaciente com a impetulancia de Olivia, Pietro se afastou e voltou a se sentar ao lado dos comparsas, onde começaram a cochichar. Olivia conseguiu ouvir muita pouca coisa, mas uma coisa tinha certeza. Usariam do sequestro pra fazer seu avô dispor de uma mercadoria que lhe renderia milhões.
***
3 dias de negociações sem pausa e Felippo não tinha conseguido saber nada a respeito da neta. Tudo que tinha no momento era um homem traidor amarrado sobre o pé de sua mesa, e um incompetente sujando seu tapete de sangue. Assim que Ouvia sumiu, Jhulio tentou fugir, sendo pego dois dias depois no Porto de Lisboa. Felippo deixou vivo tempo o suficiente para ter certeza que o homem não sabia de nada, que Olivia o havia pago para deixa-la em paz e nada mais. Foi morto pelo próprio Agostini, com um tiro que atravessou seus miolos. Três dias e tudo que seus homens bem treinados tinha lhe conseguido era um traidor entre eles, que descreveu os passos de Olivia e dele próprio para o inimigo, mas qual deles era a questão sem resposta.
Pietro estava com o rosto todo cortado e ensanguentado, mas tudo que dizia era que a pequena Olivia não voltaria enquanto Felippo não desistisse de um contrato com os Russos, mas a cada vez que abria a boca e não dizia onde a mulher estava era uma nova sessão de tortura. Mas o homem parecia decidido a não falar nada.
- Sabe Pietro, alguma coisa me diz que você sabe exatamente onde minha ragazza está, que esteve com ela - Agostini parou em frente ao homem é brincou com o alicate, passando de uma mão para a outra, vendo o desespero nos olhos do outro. - O casaco dela no carro da sua puta me diz que você tem algo a dizer - Felippo se agachou na frente do homem é abriu um sorriso sádico e frio, o mesmo que Pietro viu contornar os lábios de Olivia quando ela lhe garantiu que seu plano não daria certo.
- Não sei da garota - Sorriu.
- Não tenho certeza disso.
Antes que o homem abrisse a boca para confirmar o que dizia sentiu o alicate frio sobre seu dedo, e então um grito ensurdecedor saiu de sua boca enquanto o pedaço de carne caia no chão e sujava o tapete do senhor Agostini.Espero que tenham se simpatizado com nossos chefões do crime, em plena guerra por uma mercadoria milionária. O que será que vale tanto?
E o que Agostini fará pra salvar sua menina?
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Bjs mafiosos 😘
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A Filha da Máfia
Художественная прозаFelippo Ettore Agostini criou sua neta cedendo a todos seus caprichos, Olivia cresceu sabendo que podia ter o que queria e quando teria, mas isto mudou quando um novo homem de seu avô não quis ceder a seus caprichos e desafiou a fúria da bambina Ago...