1 - Não sou o único

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P.O.V. Jack

Acordei como num dia qualquer, levantei-me agarrei o meu bastão e corri até ao globo, que agora ficava muito perto do meu quarto (visto que o Pai Natal me ofereceu um no Pólo Norte).

Chegando até ele fiquei a olhar para todas as luzes, adoro fazê-lo todas as manhãs, pois cada luz representa uma criança que acredita em nós, os Guardiões para protegê-la, mima-la com carinho e dar-lhe amor.

Mas, afinal o que é o amor?

Interrompendo os meus pensamentos, a fada dos dentes entrou no salão.

-Bom dia, Jack!

-Bom dia! O que é que fazes aqui? Não devias estar no quartel dos dentes?

De repente pareceu ficar séria, mas com um pequeno sorriso a brotar nos seus lábios.

-Jack, nós decidimos, após muita ponderação contar-te uma notícia.

Há medida que ía falando, os Guardiões iam entrando no salão.

-O que é que se passa, malta?-perguntei começando a ficar desconfortável. Foi aí que o Sandman me tentou explicar, mas como é óbvio, não entendi nada.

Percebendo o meu desespero, o Pai Natal veio a meu auxílio e começou a falar.

-Há uns dias comecei a receber as cartas de Natal com os pedidos das crianças, visto que não falta muito para o Natal. E as crianças de Arendelle... Bem só pediam para ter os poderes da sua Rainha Elsa.

Devo ter mesmo feito mesmo a cara de "Haen", porque logo a seguir o Coelho da Páscoa olhou para mim com uma cara impaciente e disse:

-Eu não vou começar com rodeios! Essa mesma Rainha tem os mesmos poderes que tu. Só que não precisa do bastão.

Os outros olharam para ele, provavelmente por ter sido tão direto, mas logo em seguida devem ter-se lembrado da minha presença, porque depois olharam para mim, como se estivessem à espera de alguma reação.

-Wow!

Foi só o que consegui dizer, enquanto me sentava no frio chão de pedra. Sempre pensei que fosse único, o que (admito) até me fazia sentir especial. Mas afinal, mesmo sendo um Guardião tinha alguém que também o conseguia fazer exatamente a mesma coisa que eu, sem sequer precisar de um bastão, como um feiticeiro precisa da sua varinha, uma bruxa da sua vassoura ou uma vidente da sua bola de cristal. Ela conseguia fazê-lo com as próprias mãos.

Cheguei mesmo a sentir inveja! Mas devo ser muito transparente, pois quando acabei de processar todas as coisas, a Fada dos Dentes sentou-se a meu lado e abraçou-me com força. Adoro quando ela me abraça! Faz-me sentir bem comigo mesmo.

Retribui o abraço e não pensei em mais nada, apenas desejei que ele durasse para sempre. Foi só quando ela me perguntou se estava bem, se precisava de desabafar é que "acordei para a realidade".

Disse-lhe que não, já estava melhor. Mas fiz questão de lhe dizer que eu mesmo iria a Arendelle ver essa tal Ella.

-Elsa.

Corrigiu-me ela. Normalmente odeio que as pessoas me corrigem, mas ao ver o sorriso dela, até acho que o gelo da minha sweat-shirt derreteu um bocado.

Avisei todos os Guardiões de que iria viajar até Arendelle, peguei no bastão que estava encostado à parede não muito distante de mim, despedi-me e agradeci à Fada dos Dentes por me ter acalmado. Fui lá para fora e gritei "Vento, leva-me para Arendelle!".

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Nota da autora

Oi!

Para começar, aconselho a quem não viu os filmes "Frozen, o Reino do Gelo" e "Os Guardiões" para os ver. Pois Elsa e Jack, cada um é uma personagem de um filme, e não iram perceber partes da história se não tiverem visto os filmes.

Obrigada por lerem a minha história!

Um Romance GeladoOnde histórias criam vida. Descubra agora