4 - Agora já sei

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P.O.V. Elsa

Levei-o para uma sala de estar pequena e discreta, que havia no último andar, antes do sótão.
Ao entrarmos na sala, sentei-me na poltrona azul no canto, enquanto ele fazia o mesmo na que em frente da minha, encostou o bastão à parede (lá estava aquele bastão, ainda não tinha percebido o porquê) e então começou a falar.

- Bem... - começou ele por dizer, parecia nervoso, estava a esfregar as mãos uma na outra, como se estivesse a tentar aquecê-las, embora eu bem soubesse que esse não era o motivo.

- Sim... - disse, a tentar encoraja-lo a continuar.

- Elsa, tu não és a única a conseguir fazer magia com gelo.

- Então, quem também a faz? - perguntei, tentando parecer determinada a não acreditar.

- Eu.

Como é que posso acreditar num tipo, que não conheço de lado nenhum, que agora me vem com a história de que tem os mesmos poderes que eu?

- Prova!

Ele levantou-se ao perceber que estava a falar a sério. Pegou no bastão, tocando com a ponta deste no sofá, que se encontrava no centro da sala. Começou a formar-se pequenas gravuras, que desenhavam o castelo de Arendelle.

- Vês? - disse ele com um ar confiante.

- Wow! - foi tudo o que consegui dizer, mais triste do que impressionada.

Depois, ele explicou que era um Guardião, a capacidade que ele tinha de voar, apenas com o vento, a história do bastão (finalmente percebia) e até que conseguia fazer "dias de neve" como ele lhes chamava.

Naquele momento senti tanta desilusão, raiva e inveja dele! Eu apenas conseguia fazer algumas coisas com gelo. Ele conseguia voar com o vento, fazia "dias de neve", mas não só num sítio, como eu em Arendelle, ele fazia-o em várias cidades. Ele fazia arte com gelo, eu nunca conseguiria imitar o desenho que ele fez no sofá, além disso ele era um Guardião, era importante para as crianças de todo o mundo!

- Mas... Espera, eu não sou uma criança que "acredita" no Jack Gelado. Como é eu te vejo?

- Podes não ser uma criança, mas tens os mesmos poderes que eu... (Nem por isso) Ao acreditares neles, acreditas em mim. Assim como todos os habitantes de Arendelle... Todos vocês me vêem como uma pessoa normal.

Fazia sentido, mas continuava triste por saber que já não era (nunca fui) a única a fazer magia daquela forma.

- Ei! Estás bem? - perguntou-me o Jack, quando se apercebeu do meu desânimo.

- Não... - ele olhou para mim, e foi aí que me apercebi que tinha mesmo dito aquilo em voz alta, e não só na minha cabeça - Quer dizer, sim! Estou bem, a sério, só preciso de estar um pouco sozinha, sabes... Para pensar e assimilar tudo.

- Ok, sendo assim vou indo. Adeus Elsa...

E dito isto fechou a porta, deixando-me sozinha na sala. Fiquei um tempo sentada na poltrona a processar tudo, até que "alguém" entrou na sala.

- Quem era aquele rapaz com quem estava a falar? O que é que se passou?

- Nada. - fungei, enquanto tentava limpar com as mangas do vestido as lágrimas, que contra a minha vontade não se tinham contido - Ele apenas...

- Sim? - disse a minha irmã, um tanto desconfiada.

- Espera, dá-me... Dá-me um minuto para pensar.

- Ok, o que é se passa?

E foi aí que lhe contei a história toda, desde o momento em que os portões abriram até ela ter chegado.

- Então, à "outro" igual a ti?

- Yap!

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Olá, pessoal!

Desculpem, já não público há alguns dias.

O que acharam deste capítulo? Acham que o Jack foi demasiado direto? Ou que a Elsa podia estar a encarar melhor as coisas?

Por agora é tudo, tentarei publicar em breve.

Um Romance GeladoOnde histórias criam vida. Descubra agora