Prece.

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-Papai. Você veio rápido. Na verdade nem achei que você viria.

-Foi você que me chamou, vim o mais rápido possível.

-Eu preciso de ajuda.

-Bom, eu fiquei sabendo que você vai se meter em uma missão que nem te diz respeito depois de dois meses de acampamento. O que seu irmão disse sobre isso?

-Bom, ainda não conversamos sobre isso. Mas Fred está indo na missão, e eu não ficaria bem preocupada com ele aqui. Sem saber onde ele está, se está machucado. Pai, eu amo ele.

-Percebi. Bom, se não há nada que eu possa fazer pra te dissuadir dessa idéia ridícula, a única coisa que eu posso fazer é te proteger do jeito que eu puder. Seu irmão, Tyson, fez isso quando descobriu sobre você. Percy e ele tem um parecido, mas eu particularmente, acho o seu mais bonito.
Poseidon me deu um relógio prata com visor digital. Ele era lindo.

-Aperte o botão lateral. Tyson foi um gênio criando isso. E só vocês têm. Uma exclusividade.

-Apertei o botão do relógio e este se transformou num escudo de bronze celestial com um desenho na frente. Éramos nós. Percy, Tyson e eu, durante a captura da bandeira de quando ele veio me visitar, Logo abaixo, escrito em Grego num semi-círculo em volta do escudo "οικογένεια είναι δύναμη" (Família é poder). Uma lágrima caiu pelo meu rosto e eu sorri pro meu pai.

-Diz pro Tyson que é lindo. É perfeito demais.

-Peixinha, olha pra mim. Percy é um lutador maravilhoso. Fred já esteve em guerras e Annabeth é quase tão inteligente em batalhas quanto a mãe dela, que Atena não me ouça. Mas você está indo em desvantagem. Precisamos mudar isso, você não acha? O que acha da minha bênção?

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-Opa, pera lá. O que você quer dizer com esse negócio de benção? - perguntei enquanto andávamos em direção ao meu quarto.

-Eu vou te abençoar com meus poderes. Bom, uma parte bem pequena deles. Quase microscópica. Que já vai ser muito mais do que os semideuses normais tem. Seus poderes serão ampliados e os que você ganhar de mim vão te fazer uma isca mais, como eu posso dizer, arisca?

-Sua escolha de palavras é muito animadora, papai. Já considerou escrever livros infantis?

-Guarde seu sarcasmo no bolso de trás da calça e se prepare, porque não vou mentir, vai doer um pouquinho. - Poseidon colocou as mãos em meus ombros e disse em voz alta.

"Eu, Poseidon, deus dos mares, concedo a mortal Priscila Meeha Wasser, minha bênção. Que ela faça bom proveito e que a mesma a proteja sempre que precisar."

 
Houve um trovão no céu do lado de fora e eu comecei a brilhar, tipo, brilhar mesmo. Meu pai disse "boa sorte, peixinha" e desapareceu. Logo depois eu senti uma dor horrenda. Era como se meu sangue fervesse. Parecia que eu estava derretendo de dentro pra fora, eu gritei e um segundo depois, Percy apareceu no meu quarto com a escova de dente na boca. De repente a dor parou e eu fiquei deitada em posição fetal no chão do quarto.

-Presentinho do papai, né? Bom, pelo menos você não perdeu as sobrancelhas. - Levantei do chão e me sentei na cama.

-Tyson também me deu isso. - disse mostrando o relógio no pulso.

-É, ele consertou o meu. Irado né? Bom, Priscila. Não vou dizer que fiquei radiante quando você se ofereceu para ir na missão. Mas entendi seus motivos. Se fosse a Annie eu faria a mesma coisa. Mas eu preciso que você tenha certeza. Depois que você vai, não tem mais volta. Lá fora, os monstros sentem o nosso cheiro. Nós somos caçados por todo tipo de criatura. Eu vou fazer o meu melhor, mas não vou conseguir te proteger sempre.

-E eu não estou pedindo isso. Só quero salvar Nico e Will e voltar o quanto antes. E com todos vocês. E isso é uma ordem. Ninguém tem o direito de morrer em uma missão que eu participar. Estabeleci essa regra agora.

-Então tudo bem, amanhã quando formos eu te chamo.

-Okay, maninho.

-Você tinha parado com isso. Senti falta.

-Você é legal demais Percy. As vezes é tão legal que eu tenho vontade de socar sua cara. Falando nisso, vamos ali na praia, quero testar o presentinho de papai.

Saímos e já estava de noite, peguei Harpe e ele sacou contracorrente. Começamos um duelo e pela primeira vez, estávamos no mesmo patamar de luta. Eu não dava descanso para Percy e fiz até o cabeça de alga suar. Depois de um tempo Fred chegou e ficou olhando com uma cara maravilhada. Quando olhei pra ele me distraí e Percy me desarmou, Fred se aproximou e pegou minha espada, desarmou Percy e me beijou. Percy comprimentou Fred, se despediu de mim e foi encontrar com Annie e ficamos nós dois sozinhos. Eu e Fred de novo na praia.

-Olha nós aqui de novo.

-É o nosso ponto de encontro oficial.

-Viu como eu estava quase derrotando Percy? Disse beijando a mão dele.

-Vi sim, e foi só você me ver que ele te desarmou. Eu sei que causo esse efeito nas pessoas, mas você não pode se desconcentrar assim numa batalha. - ele disse parando de andar e segurando minha cintura com firmeza.

-Falou o cara que fez isso no nosso primeiro treinamento juntos.

-Mas foi um treinamento. Lá fora vai ser de verdade. Então, agora você vai treinar comigo. - Fred me puxou pra dentro do chalé e fomos pro meu quarto.

-Vai ser o seguinte. A cada vez que eu ganhar, você tira uma peça de roupa.

-E se eu ganhar, você tira duas.

-Eu tiro uma, a justiça é igualitária, meu amor.

-Tá, parece um trato quase bom. Vamos começar.

Que meu pai não me ouça, mas depois dessa bênção foi bem mais fácil tirar a roupa de Fred. Ele era um arqueiro perfeito, mas era apenas bom com a espada, e eu tinha ficado melhor. No final, ele estava só com sua box preta e os cabelos louros grudados na testa suada. Seu corpo era maravilhoso. Eu estava com minha lingerie azul e vamos dizer que nós nos distraímos a ponto de terminarmos essa brincadeira e começarmos outra muito mais divertida.

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