Pela fresta da janela

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Eu sou o rapaz da casa ao lado.
Quieto, misterioso e por vezes amuado.

Caminhas sobressaltada pela casa.
Em minha mente a abraço.
Por que vê-la sorrir é o meu desejo.

Pela fresta da janela eu te vejo.
Quero defendê-la de quem a violenta.
Uma dor em meu peito rebenta.

Tu não me conheces.
Mas eu de ti sei muita coisa.
Meus olhos a observam.
E pelo teu sim esperam.

Quando vais pedir ajuda?
Eu por ti arriscaria a vida.
Vens até mim que eu te abrigo.
Espero ser mais que um ombro amigo.

Gislaine Alves de Oliveira.

2016.

Entre a tempestade e a calmariaOnde histórias criam vida. Descubra agora