Capítulo 3

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- Você não viu nada, está entendendo?.-Justin disse com os olhos vermelhos, pelo efeito rápido da bebida. Arregalei os olhos e assenti com a cabeça.

- Você não deveria fazer isso com ela Justin.- Eu disse praticamente quase chorando.

- E quem você é para me dizer o que eu devo ou não fazer putinha.- Ele disse e eu encolhi meus braços soltando dele e saindo correndo.

Quando eu tento fazer alguma coisa legal sempre estragam, acho que é melhor eu ficar em casa contando com a minha vida salva, porque parecia que Justin iria me matar naquele segundo. Eu estava quase chorando, minhas lagrimas estavam presas e minha garganta cheia. Minha vontade era de correr e contar para Julie, o desgraçado e cafajeste ser humano que ela estava se relacionando e provavelmente apaixonada, mas minha vida estava em risco, lembrei dos olhos raivosos de Justin.

Cheguei ao lado de Chris e disse:

- Christian eu vou ir embora, eu pego ônibus em algum ponto, não quero incomodar ninguém, já passou da hora de eu estar em casa e amanhã preciso estar disposta.- Eu disse.

- Mel se não fosse o carro de Justin, eu te levaria, me perdoe. Quer que eu vá junto? - Chris disse, fico espantada com a total gentileza que me servia, comparado ao ignorante de Justin.

- Não Christian, divirta-se, eu sei me cuidar sozinha, obrigado. - Eu disse dando um sorriso sincero e saindo ao meio da multidão. A música estava muito alta, os meus tímpanos estavam gritando dentro da minha cabeça. Subiu um alívio dos pés até a cabeça quando sai para fora. Estava muito frio, e neblinoso, já eram umas duas horas da manhã, não existia mais fila e nem pessoas para fora, onde eu fui me meter. Agarrei meu braço e fui no ponto que tinha um pouco para frente da boate, e fiquei uns quinze minutos e nada, não tinha ônibus essas horas, com certeza, eu teria que esperar o da cinco da manhã, eu estava acabada, meu pai iria me matar se eu ligasse para ele vir me buscar. O que me resta era falar para Justin me levar para casa, ou esperar mesmo. Eu juro que queria a segunda, mas eu estava com medo, sozinha e com frio.

Entrei de novo na balada e a música nos meus ouvidos. Avistei Justin com uns amigos, e Julie na pista de dança, qual é graça de sair com o namorado se ele fica bebendo com os amigos e você sozinha dançando na pista de dança? Cheguei perto de Justin e os amigos dele falaram umas coisas sujas, que me deu nojo, eu estava me sentido suja, só queria um banho quente e minha cama.

Justin olhou para mim e revirou os olhos

- O que você quer Melanie?- Ele disse direcionando o olhar profundamente em meus olhos.

- Você pode me levar para casa? Eu até iria de ônibus, mas acho que só vai ter cinco horas da manhã. - Eu disse com a maior cara de pidona.

- Sério mesmo? - Ele riu.

- Qual é a graça? Deixa, eu não deveria ter vindo te pedir alguma coisa. - E sai andando de novo para fora da boate, sim, as lágrimas já saiam pelos cantos dos meus olhos, eu estava só. Fui para o banco do ponto novamente, e me encolhi de frio. Cinco minutos depois aparece um carro na minha frente e abaixa o vidro.

- Entra na porra do carro. - Disse.

Era Justin, para minha alegria, porque se fosse qualquer outra pessoa eu estava literalmente fodida. Dei um sorrisinho e entrei no lado do motorista.

Já estávamos na metade do caminho, e sem nenhuma palavra solta no ar quando eu quebrei o silêncio.

- Obrigada por me trazer. - Eu disse olhando os prédios pela janela, e a lua que estava radiante. Ele não disse nada, já esperava isso, mas pelo menos eu tinha que agradecer, não era obrigação dele me servir de táxi.

- Ta com fome?- Ele disse, e não senti tom de ignorância pelo menos uma vez, amém.

- Um pouco- Respondo, mas eu estava morrendo de fome, eu ia jantar com eles, e mudaram o rumo bem na hora que fomos.

Ele parou em uma lanchonete e desceu e eu também, acho que era para eu descer né.

Sentamos um de frente para o outro, e eu peguei meu celular que só chegou as mensagens naquele momento. Todas eram do meu pai preocupado, espero que ele não tenha convocado a policia.

- Escolhe alguma coisa ai pra comer, eu pago. - Ele disse.

- De onde esta vindo essa sua gentileza?- Eu disse e ele logo lançou um olhar mortal, que me fez até rir, mas logo parei. Pedi um sanduíche e uma coca, ele pediu um energético e um salgado. Comemos sem trocar uma palavra. Ele pagou e voltamos para o carro. Vi dois carros pretos parados, e logo que entramos e Justin saiu com o carro, os dois pretos se movimentaram.

- Justin, acho que tem dois carros seguindo-nos. - Eu disse já com medo estampado na cara.

- Porra, realmente estão, se segura porque eu vou correr. - Ele disse isso e apertou o pedal. Agora eu estava rezando, até fechei os olhos. Apertei minha mão ao cinto.

- Calma, sou professor em corres, fica sossegada. - Justin disse rindo.

- Você só vê graça em horas que não são engraçadas, qual é seu problema? - Eu disse abrindo um pouco os olhos.

- Eu vejo graça onde eu quero que seja engraçando babe. - Ele disse piscando para mim.

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⏰ Última atualização: Aug 05, 2016 ⏰

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