A Loba

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Capítulo-27

Marcelo: Não.(ele senta do lado dela e choro com sua cabeça no peito dela).

Lia: Marcelo,(ela procurava acalma-lo). Amor! Acende a luz, eu preciso ver o rostinho delas e te beijar.(ela acariciava os cabelos dele).

Marcelo: Amor!(ele tentava controlar as lagrimas).

Lia: O que foi amor.

Marcelo: Você foi operada do seu aneurisma.

Lia: Então eu nao tinha...?

Marcelo: Não meu bem, nao tinha cavernoma. Mas você ta cega.(ele volta a chorar).

Lia: Então... Eu... Não vou ver minhas meninas?

Marcelo: Não.

Lia chocada se cala e fica escutando o silêncio. Seus olhos castanhos claros fitava o nada, somente a escuridão.

José: Lia?

Lia: Possi?

José: Sou eu meu anjo.

Lia:(ela procuro ele do seu lado com a mão, encostando em seu rosto). De barba?

José:(sorrio). Tava muito preocupado com a minha amiga pra me preocupar com a beleza.(ele beija sua mão). Quer sentir elas?

Lia: Elas estão aqui?(ela sorri).

Marcelo: Sim.

Lia: Eu quero. Cadê?

José: Calma.(ele pega a menos e ajeita nos braços de Lia).

Lia: Tão pequena.(ela passava sua mão pelo coroinha dela, imaginando como era o rostinhos dela).

Marcelo: Amor?

Lia: Oi.(ela sorrio).

Marcelo: Qual vai ser o nome delas?

Lia: Essa daqui vai ser a Helena.(sorrio e beijo a mãozinha dela).

José: E a outra?

Lia: O Marcelo escolher.

Marcelo: Eu?

Lia: Sim.

Marcelo: Ah, eu acho que... Ela tem cara de Júlia, pela nossa loba.(beijo a mão de Lia).

Lia: Perfeito.

Cecília era só sorrisos, o fato dela estar perto de seu amado de seu melhor amigo e de suas filhas, já não fazia o fato dela estar cega tão doloroso... Um mês se passa e todos vão para casa, todos exceto Marcelo que tinha pegado um ano e meio de cadeia.

José: Como você vai contar pro Joaquim que ficou cega?(ajudo ela a entrar no apartamento novo).

Lia: Eu vou falar a verdade. Não vou mentir pra ele.

José: Ta certo. Eu e minha mãe vamos ficar aqui pra te ajudar a se acostumar com a nova casa.

Lia: Maravilha. Preciso da ajuda de alguém pra me auxiliar com as meninas.

José: Isso minha mãe pode te ajudar com certeza.(ele a ajudar a ir até o quarto).

Lia: Em que andar estamos?

José: Quinto, mas já mandei colocar tela em todas as janelas, travas nas portas, nos quartos tem...(ele é interrompido).

Lia: Eu quero.

José: Quer o que minha querida.

Lia: Ir no quarto das meninas.

José: Então vamos, e como eu ia te falando, nos quartos mandei colocar piso ante-derrapante.

Lia: Sim...

Até chegarem ao quarto das meninas Possi ia contando o que havia no apartamento novo.

José:(ele abre a porta e tenta descrever o quarto das meninas). O quarto tem duas poltonas uma do lado de cada berço, os berços são de madeira do jeitinho que você queria.

Lia: Zé, Zé!

José: Oi minha querida.

Lia: Deixa eu imaginar.(ela sorrio e larga do braço dele para tentar se acostumar com o quarto).

Depois de esbarros, tropeços e quase quedas, Lia consegue vislumbrar o quarto de suas meninas. Sentada e dando de mama para Helena ela passava sues dedos sentindo o corpinho da menina.

José: Cecília?

Lia: Lia, Possi, Lia!

José: Ta bom, calma.(ele observa as duas). Você já sentiu que ela e diferente da Júlia?

Lia: Já! Elas nasceram de placentas diferentes né?

José: Sim. Mas a Leninha é especial!

Lia: Como assim especial?

José: É... Ela tem Síndrome de Down!

Lia:(ela fica sem palavras, mas nao rejeita sua pequena). Meu bebê!(ela sorrio e percebe um silêncio que lhe dava medo). Zé? Possi!?

Ela com dificuldade coloca Helena no berço e sai do quarto, tocando as paredes ela tentava se achar na casa até sentir alguém abraçar suas pernas por trás.

Joaquim: Mamãe!

Lia: Joca?(ela sorri com a mão no peito por causa do susto que tomou).

Continua?????

Foto das meninas la em cima, a primeira é a Helena!


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