Olá meus amoorees, estou atualizando so hoje pra dar um tempo pra vocês se atualizarem com a história. A capa do capítulho de hoje é a Fernanda. Eu sempre imaginei ela Demi Lovato então ai está haha. Embora a capa seja a Fernanda, quem narra esse capítulo é a Ale. Vamos voltar um pouquinho no tempo também é espero que me digam o que acham de volta no tempo e entender o Max e a Ale melhor.
Quando desci no aeroporto de São Luís eu não esperava uma multidão. Eu sabia que já teriam descobrido onde eu estava. Até por que já havia recebido várias mensagens de fãs pelo Twitter, me dando força. Eu amava meus fãs, eles eram realmente a parte boa da fama, se sentir amada por alguém que você não conhece mas que você sabe que vai te amar e te apoiar incondicionalmente. Ter meus fãs por perto era como ter uma segunda família e eu fazia o que podia pra manter eles informados e perto de mim. Mas hoje eu não queria fazer isso.
Hoje eu queria sentar em um quarto escuro e chorar durante horas.Eu não queria estar maquiada e vestida impecalvemente como estava. Até por que Mark meu fiel estilista, parecia ter esquecido que o Brasil era um país tropical e que Dezembro aqui significa sol e não neve. Eu estava com um vestido Preto de manga longa, pelo meu amor de Deus eu mataria ele se ele estivesse na minha frente. Pelo menos Sasha havia conseguido fazer um coque quase decente, enquanto eu fazia a maquiagem, mas ainda assim o calor estava me matando e eu não entendia se o fato de não conseguir respirar estava no fato de ser um calor infernal de quase 40graus, ou por que eu estava de volta a essa terra infernal.
Quando entrei no aeroporto ja começaram os gritos, os seguranças me cercaram e eu consegui ver alguns policiais reforçando o cordão de isolamento. Coloquei meus óculos escuros e comecei a acenar, eu via várias meninas chorando e vários cartazes me pedindo pra ser forte, alguns em inglês outros em português. Eu continuei acenando, mas não me permiti parar, eu não estava aqui pra dar atenção aos meus fãs, eu estava aqui por causa de Fernanda. Eu não queria que isso virasse um espetáculo, e só por um momento eu desejei ser um mulher normal, que pudesse chorar a morte da sua melhor amiga sem a porra do mundo todo olhando, e pensando por que diabos eu estava com um vestido de inverno em pleno verão.
Eu entrei na limusine a minha espera na porta do aeroporto, seguida de Harry e Sasha.- Por favor poste uma nota no Twitter agradecendo o carinho deles e diga que nesse momento eu infelizmente precisava ficar sozinha por isso não parei no aeroporto - eu mal termino de falar e ja vejo Sasha digitando, agradeço mentalmente por estar cercada de pessoas competentes.
Harry não diz nada o caminho todo, ele só segura minha mão, como se entendesse que nesse momento eu não quero falar nada, e eu realmente não consigo falar.Eu olho pela janela da limusine e não consigo acreditar que depois de tanto tempo eu finalmente coloquei meus pés aqui de volta. A cidade não parece ter mudado quase nada em 10 anos, e provavelmente não mudou. São Luís é o tipo de cidade pequena em que todo mundo conhece todo mundo e o maior passatempo é falar da vida dos outros.
Sinto um calafrio so de pensar o que estão falando nesse momento, a anos não me preocupo com fofoca, isso passou a ser trabalho de Sasha quando eu percebi que bater boca com jornalista que trabalha com fofoca não leva a nada.
Mas essa cidade é diferente, até posso ouvir meus antigos colegas de infância esperando no cemitério so pra poder dar uma olhada em mim, afinal Fernanda e eu nunca fomos populares na adolescência, éramos bonitas claro, mas éramos estranhas demais pra alguém se aproximar. O único que rompeu essa barreira foi Max. Embora eu saiba que ele e Fernanda ainda eram amigos por alguns anos não imagino que ele vá até la, na verdade rezo para que não vá. Eu quero enterrar minha amiga em paz, sem me preocupar com Max ou meus colegas de escola, que nunca gostaram de mim ou de Fernanda, até me tornar famosa.
Quando o carro começa a chegar perto do cemitério eu já consigo ouvir o barulho, eles não deveriam estar aqui, ou pelo menos deveriam estar em silêncio. Eu olho pra fora e vejo que o cemitério foi fechado e a entrada controlada, pra que nenhum fã maluco entre, afinal a vários deles. A Polícia parece ter lidado bem com a situação e eles estão isolados atrás dos cordões de isolamento, mas ainda assim são barulhentos.
Eu coloco meus óculos escuros novamente, e não consigo segurar o grunhido que sai da minha boca.
- Isso não devia estar assim, Fernanda não merecia isso.
- Você é famosa Ale, você sabe que sempre vai ter que lidar com isso, a Fer entenderia - Harry coloca uma mecha do meu cabelo loiro atrás da minha orelha e aperta minha mão de volta enquanto o carro para no estacionamento do cemitério e pela janela eu consigo ver minha mãe e dona Simone, avó de Fernanda, parada do lado de fora. As duas parecem péssimas. O segurança abre a porta do carro e eu desço ja sentindo os braços da minha mãe ao redor de mim.
- Filha você não sabe o quanto significa pra nós ter você aqui do nosso lado - ela se afasta de mim e seca algumas lágrimas, enquanto Simone me envolve num abraço ainda mais apertado.
- Eu senti sua falta menina, eu queria que tivesse voltado antes e em circunstâncias melhores - eu abro meu melhor sorriso amarelo pra Simone.
- acredite em mim vovó eu também queria estar aqui em circunstâncias melhores.
- Filha vamos subir, estamos esperando so você pra poder baixar o caixão.
Eu me viro novamente pra minha mãe quando o vejo parado perto de nos. Os anos que se passaram mudaram pouca coisa nele, está mais velho mas o cabelo escuro continua o mesmo, caindo sobre seus olhos verdes e eu me lembro do dia em que o vi naquela festa na praia. Eu não queria ir estava com dor de cabeça e simplesmente não estava no clima. Quem dera eu tivesse ficado em casa naquele dia.
Onze anos atrás.....
- eu realmente não quero ir Fernanda - eu disse pela milessiama vez enquanto ela me jogava mais um vestido na cara pra que eu escolhesse de uma vez uma roupa.
- eu demorei meses para conseguir as entradas você sabe disso, e além disso estamos na praia sua mãe nunca me deixaria ir a uma festa sozinha - ela se olha no espelho e eu penso o quanto o cabelo ruivo fica bem nela.
Nos últimos meses ela tem perdido peso rápido demais, eu sei que mamãe está preocupada e eu também, eu sei que ela está com problemas e que está vomitando depois de comer mas não ando conseguindo ajudar ela como deveria. E estou sinceramente pensando em pedir ajuda a minha mãe sobre isso.
- ei, terra pra Alessandra, eu não passei meia hora me arrumando pra não ir - ela me joga meu croppet Rosa e a saia do conjunto praticamente na cara - Vista a roupa que você comprou pra essa noite e vamos de uma vez, o nome na lista so vale se a gente chegar cedo.
Eu finalmente me rendo a ela, por que sei o quanto ela quer conhecer essa festa e o quanto sua vida tem sido difícil ultimamente.
Quatro horas depois eu estou pensando por que diabos eu tirei o pijama pra vir até aqui. O cara do táxi nos disse que estávamos super perto da festa e que devíamos ir de ape se não quiséssemos perder as entradas grátis. Caminhamos mais de um quilômetro de salto, e no fim chegamos a conclusão de que o motorista so não queria esperar com nós na fila de carros pra chegar na festa. Depois de entra minha enxaqueca atacou dos nervos e eu consegui passar mal e vomitar, agora estou no ambulatório da festa sentada pensando por que diabos eu vim até aqui. Quando resolvo descer e encontrar Fernanda que eu deixei ali próxima com uns caras mais velhos de uma cidade vizinha a nossa. Agradeço a enfermeira que me atendeu e digo a ela que já estou melhor, coloco meu salto de volta e desço pra festa.
Fernanda está parada exatamente onde eu deixei, mas ela está conversando com um homem de camisa social azul. Meus olhos são fixados no desconhecido e sinto minhas pernas tremerem de leve quando ele para de falar com Fernanda e olha pra mim. Seus olhos sao da cor Verde mais linda que eu já vi. Depois de alguns segundos eu consigo me mecher e faço minhas pernas me levarem até eles.

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Destinos Cruzados
RomanceAlessandra esta com a vida que sempre desejou e sonhou, sua carreira não poderia estar melhor e ela não podia estar mais feliz. Mais como tudo não é como a gente deseja o passado bate a sua porta onze anos depois, ela nunca pensou que Fernanda sua m...