Recomeçando

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ST. ANDREW, MAINE ATUALMENTE.

Saí da sala de aula e fui correndo para o meu carro, odiava aquele lugar. O céu estava nublado como sempre, parecia que em St. Andrew não existia sol, era sempre frio e nublado e eu gostava daquilo, deixava a cidade misteriosa.

Abri a porta do carro, quando ia entrando parei quando ouvi alguém gritar meu nome.

- Ash! – Lara vinha correndo até onde eu estava.

Sorri para ela sem mostrar os dentes.

Lara era minha melhor amiga quando eu costumava ser popular, quando tinha um namorado, quando vivia naquele mundo em que ela ainda vive. Agora fazia três meses que minha mãe havia morrido e eu havia me distanciado de tudo, todos meus amigos, meu namorado, até meu pai, eles tentavam me trazer de volta, mas o que eles não sabiam é que eu nunca mais iria ser a mesma.

Lara continuava tentando me trazer de volta, ela continuava sendo minha amiga, ela almoçava comigo e me distraía de tudo com suas conversas sem sentido e eu a agradecia por isso, mas eu mesma nem falava com ela como antes e ela nem parecia se incomodar, ela estava sendo paciente, era algo para se admirar.

- Oi. – eu disse.

Ela apertou o cachecol que usava quando uma brisa de vento bateu sobre nós, eu apenas ignorei.

- Você praticamente saiu correndo da sala. Eu queria saber se você queria sair com a gente na sábado.

- A gente quem? – perguntei.

- Ah, você sabe, nossos amigos, as pessoas que você costumava andar.

Respirei.

- Lara, eles não são mais meus amigos.

Ela suspirou jogando os braços.

Lara era linda, tinha cabelos louros e olhos verdes, antes eu invejava sua beleza, agora invejo sua vida, ao menos ela ainda tem sua mãe viva.

- Ashley, não tem que ser assim, você sabe. Eles ainda são seus amigos, assim como eu... Steve... – ela disse com cuidado.

- Não fala do Steve.

- Ta, tudo bem, faz o que você quiser. Mas olha, eu só estou tentando ajudar, não gosto de ver você sofrer dessa forma. Nenhum de nós.

Olhei para os meus pés.

Eu estava sendo tão injusta com ela, com Steve, mas ninguém sabia do que eu estava passando ou me entendia, e eu não fazia questão se eles me entendessem ou não, tudo o que eu queria era apenas ficar sozinha me afogando em meus pensamentos.

- Eu sei. – foi apenas o que disse.

Quando levantei a cabeça ela me abraçou, fiquei surpresa e hesitei um pouco antes de retribuir o abraço. Aquele gesto já havia se transformado tão estranho para mim, ou qualquer gesto físico com uma pessoa, até mesmo com meu pai eu não falava direito, sabia que ele estava sofrendo tanto quanto eu.

SACRIFÍCIO - (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora