A Escolha - Destiel

Dois

Sam chega à primeira fábrica.
Dean provavelmente levaria mais alguns minutos para chegar ao destino dele.
Em passos leves e cuidadosos, Sam entra pela porta dos fundos procurando por qualquer coisa que pudesse parecer fora do comum. Nada estranho.
Avança para o segundo galpão. O lugar tinha cheiro de urina e mofo, deveria ser um lugar onde os mendigos se abrigavam, mas estava vazio.
Quando se preparava para sair, um barulho agudo se fez. Muito alto, a ponto de fazer Sam cair ao chão tentando tampar os ouvidos. Parecia vir de uma criatura que aparecera naquele mesmo momento há três metros do Sammy.
- Winchester - Disse a criatura entre os apitos que faziam o seu corpo. - Bem que o chefe estava certo sobre você vir aqui.
Uma pancada na cabeça faz o Sam desmaiar.
~~
Dean chega à fabrica queimada, e ao descer do carro, observa alguns símbolos anti-anjos disfarçados por trás de árvores e paredes escondidas. Talvez estivessem se protegendo de outros anjos, ou talvez só quisessem tirar os poderes do Cass, o que seria mais óbvio, já que o céu inteiro odiava Castiel desde que escolhera ficar com os Winchesters.
Dean vai até o porta-malas e sem saber do que se trata, enche uma sacola com óleo sagrado, balas de prata, de sal, balas mata-bruxas, facas de prata, ferro, ouro e um frasco com água benta.
Ao entrar, já sabendo que este era o lugar onde Cass estava, procurou-o atentamente temendo o pior. Lá estava o anjo, desacordado, com o que parecia cortes em formatos de símbolos anti-anjos, por todo o corpo.
Dean tentava pensar em o quê poderia ter feito isso, havia símbolos que nem mesmo ele conhecia. Mas no momento o desespero para saber se o seu amigo estava bem era maior.
- Cass, amigo, fala comigo! Cass!
- Dean... Fuja. - Responde o anjo, quase perdendo a consciência. - É uma armad...
- Cass, não! Não vou a lugar nenhum! Fica de olhos abertos, não vai embora seu idiota!

Um barulho de passos se fez ao fundo do galpão.
- Então você veio. - Uma voz tomou o silêncio em meio aos sussurros do Dean tentando reanimar o anjo.
- Apareça seu filho da puta! - Exclama Dean enquanto pega a arma de balas de prata da cintura.
- Calma, amigo. Eu sabia que mexer com o seu anjo de estimação lhe causaria fúria, mas você me parece preocupado demais com ele. Sabia que temos o Sammy? Pois é. Não deveria ter deixado ele ir sozinho.

Dean atira várias vezes contra a criatura que aparece, sem causar reações. Tinha corpo de homem, um pouco deformado, olhos verdes fluorescentes, garras de lobisomem e dentes nunca vistos antes, pareciam serras como dentes de tubarões. Mas, que tipo de criatura seria um lobisomem que não reage a prata, com dentes de tubarão e olhos verdes acesos? Droga!

- Onde está o Sammy - Grita Dean enquanto tenta puxar a arma de sal da sacola.
- Ah, não se preocupe, ele não está aqui, está bem, por enquanto. Nosso pessoal fará uma boa refeição dele.

Dean atira com balas de sal, que parecem também não causar nenhuma reação.
Tomado pelo ódio de ter perdido o Sam, Dean parte para cima da criatura, entrando em luta corporal, enquanto Cass observa sem poder se mover.
Ao ser dominado pelo monstro, Dean tenta um exorcismo que como esperado, falha.