Esmeralda Luciferiana.

Prólogo do Espaço Tempo.

Antes do começo da historia dos homens é preciso contar a historia dos Primordiais e de seus grandes atos. No inicio havia três seres, a origem de cada um deles é desconhecida por todos e até por eles mesmos, tudo que se sabe é a ordem em que eles surgiram, sendo respectivamente: Vazio, Espaço e Tempo.

O Tempo e o Espaço viviam em completa harmonia entre si, porém sempre lutaram contra o Vazio, que tentava envolve-los em seu manto de esquecimento eterno. Durante eras o Espaço manteve o Vazio afastado de seu amor Tempo.

Juntos o Tempo e o Espaço tiveram cinco filhos: Cosmo, Caos, Astral, Divino e Uer.

Os cinco viveram por muitas eras dentro do Espaço, aprendendo com o Tempo. Após os grandes ensinamentos do Tempo, os cinco filhos cresceram e adquiriram grandes poderes. Cada um dos filhos foi responsável pela criação de tudo que existe ou existiu, mas é obvio que os criadores não decidem o destino de suas criações, isso elas mesmo devem traçar.

O destino escolhido pelo Espaço foi manter o Vazio afastado do Tempo e de seus filhos.

O destino escolhido pelo Tempo foi criar e ensinar seus filhos e os filhos de seus filhos, por toda eternidade.

O destino escolhido pelo Vazio foi de engolir a todas as coisas existentes.

  Os filhos traçaram destinos mais complexos, alguns não entram diretamente nessa historia, mas mesmo assim devem ser lembrados.  

Começaremos a falar pelos feitos do Cosmo, o filho mais velho. Ele criou todo o universo e deu vida a cada planeta e astro criado. Os grandes e pequenos astros celestes conversavam entre si e eram pacíficos e inabitáveis. Os outros filhos ficaram admirados pela beleza do grande artista Cosmo, que sempre continuará a expandir a sua obra prima, criando planetas e mais planetas, estrelas e mais estrelas e todas as outras maravilhas do universo.

Antes de partir para sempre em sua eterna missão, Cosmo deu para cada um de seus irmãos um presente único.

O presente que ele deu para Divino foi a orbita Espaço Tempo. Uma orbita bela e poderosa, através dela era possível ver tudo que se desejava até mesmo o futuro.

Para Astral ele deu a Terra, um belo planeta azul localizado na Via Láctea, o planeta mais amado por Cosmo. Para Caos ele deu um planeta muito mais distante, localizado na galáxia que os homens chamam de Andrômeda. O planeta foi chamado Aurea.

Astral e Caos tinham uma grande amizade, nunca haviam se separado e não estavam prontos para isso. Ambos imploraram para o Espaço unir os dois planetas e ele concedeu esse desejo criando uma falha espacial, que funcionava como um portal interdimensional.

Todos haviam recebido os presentes de Cosmo, exceto Uer que continuou o seu aprendizado com tempo. O irmão maior não sabia o que dar para o menor, pois esse era o mais reservado de todos e não se comunicava muito com os outros. Auxiliado pelo tempo, Cosmo deu ao seu irmão o Plano Celeste, o local mais próximo de todos e ao mesmo tempo mais longe. O Plano Celeste era uma dimensão alternativa criada por Cosmo, Uer admirava em silêncio a bela criação de seu irmão, um local de luz e apenas luz, com o incrível poder de unir a todas as maravilhosas obras do universo em um único local. Uer aceitou o maravilhoso presente de Cosmo. O Plano Celeste unia a todos os filhos em um único lugar, sempre que eles sentiam vontade de se ver.

  A maravilhosa obra de Cosmo continuará a se expandir até o fim de seus dias, isso todos podem ter certeza. Agora falaremos um pouco do segundo irmão, Astral. Ele não decidiu criar planetas ou obras grandiosas, ele escolheu criar vida, seis para ser mais exato. Cada um de seus filhos possuíam conhecimentos próprios e a capacidade de aprender com o Tempo, que amava a todos os seres existentes da mesma forma, sendo bons ou não.

O primeiro ser criado por Astral foi Malevublus, o dragão. Seu tamanho e força eram imensuráveis, podia derreter montanhas com o seu sopro de fogo, mas isso ele não fazia. Malevublus podia ser poderoso, mas era pacífico e amável. Pai de todos os dragões

O segundo ser foi Ziz, a fênix. Observadora e graciosa, por onde passava a vida florescia duas vezes mais rápida e bela. Mãe de todos os pássaros.

O terceiro foi Morte, o primeiro ceifador. Considerado impiedoso e mortal por muitos seres, mas os sábios sabem que ele é necessário para o ciclo do nascimento e da morte. Este não teve filhos, e sim subordinados amaldiçoados, humanos amaldiçoados para ser mais especifico.

O quarto foi Leviatã, a serpente marinha. Calmo e furioso, gentil e arrogante. Suas características muito se assemelham aos mares e ao próprio Caos, a quem Astral dedicou este seu filho. Senhor da água e pai de todas as criaturas marinhas e dos répteis.

O quinto foi Behemoth, o terrestre. Poderoso e esmagador, seus passos faziam o mundo tremer. Senhor das montanhas, sábio em conselhos. Pai de todos os mamíferos terrestres.

O sexto foi Aracnis, o horripilante. O nome não fazia jus ao ser, pois apenas sua aparência era assustadora, pois ela era doce e meiga. Mãe de todos os insetos e aracnídeos.

 Astral viveu feliz com seus filhos e com os filhos deles por muitas eras. Alguns deles, como os dragões e as aves, atravessavam o grande portal; guardado pelos caçadores astrais, filhos de Behemoth, para visitar o maravilhoso planeta Aurea. É importante ressaltar que houve uma impiedosa batalha entre Behemoth, Leviatã e Ziz que levou a morte de todos os três.

 No grandioso planeta Aurea, Caos vagou por muitas eras sem saber o que fazer. Na verdade, ele não estava sozinho, além de Tempo e Espaço que são oniscientes e onipresentes, ele conversava consigo mesmo. Caos era metade luz e metade trevas, pois havia sido criado em uma ocasião em que o Vazio quase derrubou as barreiras do Espaço.

Um dia em meio as sua conversa com sigo mesmo (que mais se assemelhava a uma guerra) Caos usou todos os seus poderes para criar três seres: Neodoom, o duende; Marina, a fada e Geogolfin, o elfo.  Nenhum deles Caos chegou a ver, pois se autodestruiu ao cria-los, sendo o primeiro a ser envolvido no manto do Vazio por toda eternidade.

  Os filhos de Caos possuíam todo o conhecimento do pai, e aprenderam muito com o Tempo. Cada um tomou seus próprios caminhos, mas isso não entra em nossa historia, pelo menos não ainda. Tudo que é necessário dizer é que Marina, a mãe de todas as fadas foi responsável pela criação de Melia, a primeira elfa.  Os elfos e as fadas lutaram e foram derrotadas pelos poderosos e impiedosos duendes. Alguns dos elfos sobreviveram às guerras e formaram uma resistência, mas as fadas foram exterminadas em sua maioria, pequena parte fugiu para a Terra pelo portão que foi trancado e é sempre vigiado pelos caçadores astrais.

 Agora devo contar os feitos de Divino. Ele ficou por eras e eras apenas observando com sua orbita Espaço Tempo tudo o que acontecia, ou que aconteceria. Ele muito se admirou com os humanos, que ainda não tinham sido nem planejado, porém se entristeceu com o futuro que os aguardava. Para impedir que o futuro negro viesse a acontecer, Divino criou inúmeras essências divinas, que nada mais eram do que poder vivo, que sente, sofre, escolhe e morre. Em seu ultimo pedido, Divino implorou para as essências escolherem e se unirem com os humanos que pudessem mudar o destino de todo o universo e então ele desapareceu e só voltou a ser visto na era dos homens.

 Por fim, o destino traçado pelo filho mais novo eu irei lhes contar. Uer, o ser que mais aprendeu com o Tempo... Creio que vocês já conheçam essa história pelo menos se trocarem o nome Uer por Deus e acrescentarem algumas coisas que se perderam ao longo de muitas eras...