PRÓLOGO

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Não sei como tudo isso começou, nem quando. Já faz tanto tempo que eu não lembro mais. Só sei que sou assim: fria, sem coração, e com uma vontade insaciável de matar.
Me lembro que ainda era criança quando matei pela primeira vez, não que eu quizesse, mas se eu não matasse eu morreria. Morreria de uma forma lenta e dolorosa, apesar de eu não saber mais o que é dor.
Estou sentindo os ossos deste homem se quebrarem por entre meus dedos, minhas unhas perfurando sua carne. Sinto o cheiro doce de sangue. O rapaz não para de gritar, e eu sinto prazer com a sua dor. De que adianta ter uma morte rápida? A morte tem que ser lenta e dolorosa.
Quando ele está quase inconsciente, abro o seu peito com minhas mãos e unhas. Força pra mim não é problema. Consigo levantar um tanque de guerra, e não falo por falar, pois já o fiz. Abro seu peito de forma que quebro suas costelas pra ter acesso fácil ao seu coração. Um osso pontudo atravessa minha mão direita, e lentamente eu o tiro, gosto de ver minha carne se recompondo rapidamente. E então chego ao meu alvo principal. Arranco seu coração e devoro, lentamente, para ter a sensação de sangue correndo em minhas veias.
Após ter me alimentado, acelero a decomposição daquele corpo, que não demora mais que cinco segundos. Tudo desaparece, até seus ossos. Feito isso, tiro toda minha roupa e as queimo, em menos de dois segundos não existe nem cinzas, nem sangue. Nada.
Limpa, visto uma outra roupa que estava em minha mochila preta e volto para minha "casa", revigorada e alimentada.
Nome? Não, eu não tenho nome. As pessoas que invetam essas coisas de nomear tudo. Me chamam de Callie. Minha pele é pálida devido a falta de vida neste miserável corpo, e meus cabelos são escuros. Sou alta e magra.
Minha profissão é matar. Matar para não morrer. No começo tentei lutar contra isso, mas seja lá o que fizeram comigo, é mais forte que eu.

Garota Da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora