Capítulo 3

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TUDO NO BRANCO

Sua cabeça doía furiosamente. Sentia frio e fraqueza, mas sabia que a única maneira de descobrir o que estava acontecendo e onde estava era abrindo os olhos. Essa ação lhe causou dor. Era como se suas pálpebras pesassem toneladas cada uma. Depois de piscar mais algumas vezes conseguiu focar seu olhar e seus olhos lacrimejaram. Ela estava jogada em um chão de mármore branco. Olhou para os lados e tudo que viu foram quatro paredes, tão brancas quanta a neve. A parede a sua frente tinha duas janelas de vidro, mas que por fora tinham grades. A parede a sua direita continha um quadro estranho de um rosto de uma mulher que chorava e uma pequena porta mais ao canto. A parede a sua esquerda uma porta dupla de madeira pintada de branco. Olhou para trás, mais duas janelas de vidro. A luz do ambiente vinha de um lustre alto e dourado que pendia do teto. Com o tempo se acostumou a luz e ao branco excessivo que a deixava tonta. Meio cambaleante se dirigiu a porta dupla. Obviamente estava trancada. Gritou, pediu socorro. Não houve resposta. Foi até o outro lado da sala, abriu a pequena porta. Descobriu que se tratava de um pequeno banheiro, com chuveiro, privada e pia. Tudo tão branco quanto a sala na qual acordou. Tentou se lembrar do que acontecera. Pensar em quem poderia ter a levado para aquele lugar. Mas nada e nem ninguém veio a sua mente. Ainda era noite, ele pode perceber pelas janelas. Se encolheu em um canto, na parede do quadro, mirando a porta, uma hora alguém teria que aparecer ali, lhe falar algo. Esperou, mas o cansaço foi maior. Ela dormiu.

- Bom dia! – Uma voz abafada a fez acordar. Abriu os olhos com pressa e se colocou de pé. Sua vista ainda estava embaçada, mas pode distinguir bem um vulto a sua frente, pois ao contrario de toda a sala, a pessoa estava toda de negro.

- Quem é você? – Sua voz saiu baixa e rouca. Ela estava apavorada.

- Sou um amigo Alice. – A pessoa se mantinha parada perto da porta, usava uma máscara sem expressão, o que causava uma certa aflição na garota. E a voz, saia tão abafada que se ela conhecesse seu dono certamente não conseguiria identificar quem era.

- Amigo? Que tipo de amigo rapta e se esconde? – Ela deu alguns passos a frente mas a pessoa fez um gesto com a mão indicando que ela parasse. Para não se arriscar ainda mais, resolveu fica quieta.

- Sempre tão ansiosa e em busca de respostas rápidas, não é Alice? – Dava para perceber que era um homem pela altura, tipo físico e mesmo pelo som de sua voz. Ele agora andava de um lado para outro, mantendo sempre um distancia de Alice.

- O que você quer de mim? – Tentou parecer segura.

- Ah, eu quero muitas coisas Alice. Coisas que receio que ainda você não pode me dar.

– Ele parou, e pelo que Alice podia perceber ele estava a olhando.

- Tipo o que?

- Já quer negociar?

- Por que não?

- Você não tem nada para negociar Alice.

- Minha família tem muito dinheiro.

- Em que momento eu disse que queria dinheiro? – Alice perdeu a calma que tinha e passou as mãos pelos cabelos. Estava a um passo de chorar.

- E o que você quer então?

- Está com fome Alice? – O homem se encaminhou calmamente para uma das janelas.

- Como?

- Você está aqui desde ontem, um, pelos meus cálculos, já se passaram 10 horas desde o momento que foi levada da sua festa. – Ele então se virou novamente para ela, ainda da janela. – Talvez queira comer alguma coisa.

AliceOnde histórias criam vida. Descubra agora