0.2; Mas o meu melhor não é o suficiente - Jungkook

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Estou na última aula do dia e posso dizer que o primeiro diz de aula não foi tão difícil quanto imaginei, conheci pessoas legais com GaYoon, Hoseok e esse garoto Taehyung que não para de falar na aula de mercenária.

Também teve o cabelo colorido que não foi muito com a minha cara, mas eu não ligo, gostei do cabelo dele.

O professor reclama com Taehyung mais uma vez por causa da bagunça, mas ele parece não se importar, já eu, no entanto, faço meu melhor para tentar construir algo de madeira, mas meu melhor não é o suficiente.

O sinal toca.

- ALELUIA JEOVÁ! – Taehyung grita quase pulando de sua mesa. Eu rio disso e ele percebe, dando um sorriso em troca.

Todos os alunos se levantam para sair deixando suas construções na mesa, começo a observa-los, vejo relógios, casas de passarinhos, caixas... Olho para a minha mesa e a única coisa que vejo é um pedaço de madeira e uma cerra.

- Tudo bem, garoto. – O professor se aproxima e coloca sua mão em meus ombro. – Da próxima vez você consegue.

- Talvez não tenha uma próxima vez. – Digo me levantando. – Mas obrigado.

Não posso me permitir que essas pequenas coisas me desmotive, mas é verdade, as oportunidades passam num piscar de olhos.

Saio do colégio e ''meu'' carro já se encontra parado na frente, entro nele aborrecido.

- Está aqui faz tempo? – Pergunto enquanto me ajeito no banco de trás.

Namjoon me fita pelo espelho retrovisor e responde;

- Não muito tempo.

- Sei. – Murmuro.

Ele sorri e liga o carro assim caminhando para longe da instituição.

Encosto minha cabeça na janela e começo a observar o lado de fora, isso é uma das minhas coisas favoritas no mundo.

Estando com a janela fechada consigo ver todos, mas ninguém consegue me ver.

- Como foi seu primeiro dia de aula, Jungkook? – Namjoon pergunta.

- Foi divertido. – Digo mantendo os olhos na janela.

- Fez amigos?

- Ainda é cedo demais para lhe informar. – Falo finalmente tirando os olhos da janela e os concentrando para frente. – Mas fiz algumas comunicações sim.

- Muito bom. – Ele diz parando o caro no sinal.

Vejo o cabelo colorido e Hoseok atravessando a rua, eles dão risadas enquanto conversam e eu começo a rir no carro imaginando qual piada eles podem estar contando agora.

- Do que você está rindo? – Namjoon pergunta enquanto o sinal abre e eu perco os meninos da minha visão.

- Não é nada, Namjoon. – Digo. – Só algo que lembrei.

- Parece divertido, me conte. – Ele me encara novamente com seus olhos castanhos pelo retrovisor mostrando um sorriso.

- É inapropriado. – Falo tirando pequena risada dele.

- Oh.

Namjoon é o melhor motorista que já tive, apesar de não conversamos muito, sempre que estou em sua presença me sinto melhor.

Chego em casa e a primeira coisa que faço é encarar o relógio em cima da mesa de jantar, são exatamente 15:54. Guardo os 6 minutos de sobra e decido tomar banho.

Subo a grande e espaçosa escada e antes de entrar no meu quarto olho para o quarto dos meus pais, eles não estão. Só vejo Irene varrendo o cômodo.

- Oi Jungkook, como foi a aula? – Ela me questiona, parando o que estava fazendo.

- Foi divertida. – Repito o que já havia dito à Namjoon. – Mas agora tenho que tomar banho.

- Tudo bem, não se esqueça dos remédios.

- Estou lembrando, não se preocupe.

Entro no banheiro, tiro o uniforme e me encaro no espelho, nasceu uma nova mancha em minha barriga. Eu a toco, ela não é dolorida, mas me apavora do mesmo jeito.

Tento ignorar e vou para o chuveiro, onde percebo meu corpo parece mais dolorido do que semana passada. Os remédios deveriam amenizar as dores, mas não é isso que está acontecendo.

Enquanto a água desce pelo meu cabelo, lembro-me do cabelo colorido e Hoseok atravessando a rua enquanto riam juntos. Eu queria estar com eles, queria poder voltar para a casa a pé e não ter um carro com motorista me esperando cinco minutos antes da hora certa. Isso faz com que eu fique furioso e eu não sou o tipo de cara que fica furioso com facilidade.

O cabelo colorido talvez seja.

Acredito que tenha demorado um pouco mais no banho do que devia, porque escuto minha mãe gritar pela casa, o que significa que chegou do trabalho.

- JUNGKOOK PELO AMOR DE DEUS! – Sua voz é histérica. – OS REMÉDIOS FILHO!

- Já vou mãe! – Digo enrolando-me na toalha.

[...]

Uma mesa de jantar enorme para apenas três pessoas que nem mesmo conversam era aonde eu me encontrava agora. O único barulho a se escutar eram os talheres, mas meu pai quebra o silêncio constrangedor se pronunciando;

- Sua mãe me contou que quase se esqueceu de tomar os remédios hoje.

- Não sei porque se importam tanto. – Falo. – Eu vou morrer de qualquer jeito mesmo.

- Jungkook! – Minha mãe me repreende e sinto a tristeza em seu olhar.

- Mas é verdade. Eu tenho câncer, não um simples resfriado.

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⏰ Última atualização: Dec 31, 2016 ⏰

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wanted not to love ❀ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora