Capítulo 12

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Melanie e Harry se embolavam na cama. Os ofegos e suspiros a essa altura eram naturais. Os movimentos dele sobre ela eram famintos, e ela tinha o cenho franzido, agarrada a ele. Desde que o resguardo terminara, não tivera tempo o suficiente pra isso. Agora tinha, e a fome dela estava duplicada nele. Parecia haver certa fúria, algum desespero em seus atos. Ela adorava. Adorava a agressividade, adorava o modo como as mãos dele a seguravam com força. Melanie passou pro colo dele, mantendo os movimentos, a boca mordendo toda a pele que ela encontrava, pescoço, ombro, e as mãos dele apertavam pela pelas costas com força, deixando vergões vermelhos. Estava tão perto, ela quase podia sentir... E um choro fininho veio do quarto ao lado. Eles dois pararam um instante, se encarando entre arfadas e Melanie gemeu, frustrada.

Harry: Não. De jeito nenhum. – Disse, rolando ela pra baixo. Melanie riu – HORA DE DORMIR, ROSE! – A menina se calou por um instante com a voz do pai, mas logo voltou a chorar. – Finja que não está ouvindo.

Melanie: Ignorar quando ela chora não é um dos meus dons. – Lamentou, mordendo a frontal do pescoço dele. Harry suspirou.

Harry: ROSE! – A menina parou por um instante, esperando, então caiu no choro de novo – É só birra. Dá tempo. – Confirmou, agarrando-a pelos quadris e afundando o rosto no ombro dela, retomando os movimentos com cada vez mais força.

Melanie gritou, deliciada (Rose parou por um instante, ouvindo a voz da mãe), e enlaçou as pernas na cintura dele, impulsionando-o. Os dois bloquearam o choro da menina pelo minutos que se seguiram, até que Melanie apertou o braço dele, um gemido alto, estrangulado, sôfrego, vindo de si. Ele viu ela se contrair por um instante durante o gemido então relaxou, suspirando. Ele seguiu, a boca faminta sobre a dela, que mesmo satisfeita se estreitou contra ele, as mãos enlaçando-lhe os cabelos. Melanie sabia que Harry gostava de ouvir a voz dela durante o sexo, então pousou a boca na orelha dele, gemendo seu nome. Ele não disse nada, mas as investidas ganharam mais intensidade, e ela viu o estremecimento que correu pela pele dele. Alguns instantes depois ele gemeu o nome dela, que sorriu, agarrando-se aos quadris dela, e se aquietou. O choro de criança seguiu. Harry levou um instante se recuperando, aproveitando, então se levantou, vestido a calça que ficou no chão e sumindo pela porta. O choro parou. Melanie se cobriu até o busto, esperando. Alguns minutos depois ele voltou. Ela riu da expressão dele, que riu também, abraçando-a pela barriga e mordendo-lhe o ombro. 

Harry: Te amo. – Murmurou, mordendo a orelha dela.

Melanie: Eu também. – Disse, sorrindo – Rose domiu?

Harry: Como uma pedra. – Confirmou.

Harry se surpreendeu ao ver ela passar pra cima dele de novo, beijando-o, mas recomeçaram dali, dessa vez sem interrupções.

Louis: Se liga, Snow. – Disse, sentado no carpete da sala, dias depois. A menina não sentava ainda, então eles compraram uma poltroninha de apoio, cara que só o demônio, mas que permitia que ela ficasse o mais perto possível da vertical.

Louis tinha bolinhas na mão, três delas. Ele as lançou, fazendo malabarismo, e o olhar da menina brilhou. A atenção dela era toda daquilo. Ergueu a mãozinha, tentando alcançar as bolas que voavam no ar, e Louis riu com a carinha surpresa dela. Ele perdeu o ritmo, rindo, e deu uma das bolinhas a ela, que apanhou, interessada, entre as mãozinhas. Louis a apanhou no colo, enchendo-a de beijos.

Harry: Tire suas mãos sujas da minha filha. – Avisou, passando com uma braçada de lençóis e toalhas de bebê, que chegaram da Lavandera.

Louis: Me processe. – Disse, sem dar atenção – Vamos aprender? – Disse, colocando as bolinhas na mão de Rose. A menina esperou um instante e jogou as bolinhas pra cima, rindo, sapeca, em seguida – Você é rápida. – Parabenizou, a e menina bateu palmas.

Harry: Já avisei. – Ralhou, passando com a bacia vazia de volta pra área de serviço. Louis riu.

Mas nem tudo eram flores. Em um hospital, longe dali, Perrie se recuperava. Os cortes já haviam sarado, poucas cicatrizes ficaram e ela não dava a mínima. Ainda estava na cadeira de rodas – Comprimira a coluna no tombo e não conseguia andar. As sessões de fisioterapia, tanto pra coluna tanto para o braço e a perna que tiveram os ossos quebrados e as fraturas expostas eram frequentes, e o avanço era lento. 

Perrie: Então? – Perguntou, guiando a cadeira de rodas (automática) até ele.

Zayn: A criança sempre está com os pais. Melanie está sempre perto, o que dificulta. – Disse, abrindo um mapa em frente a ela – Há pontos de segurança aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, fora os de dentro do prédio, que nós não temos monitorizarão. Eles cercaram o espaço que ela está em 100 metros, armados e com autorização de atirar.

Perrie: Vamos começar aos poucos. Aqui. – Disse, apontando um ponto – Melanie malha. Leva a aberração junto. O caminho é um campo exposto. Começaremos por ai.

Zayn: Ela não deve ser tocada. – Lembrou.

Perrie: Não vai. O alvo é a criatura. Ela vai reagir, é claro, mas eu quero um numero irredutível de homens na causa. Tomem a criança dela e matem antes que ela possa tentar recuperá-la. Mandem o corpo de volta, pra ela ter certeza. – Zayn olhou o papel, estudando.

Zayn: Será feito. – Concordou, dobrando o mapa.

Perrie: Rapido. A existência desse monstro é uma afronta pessoal a mim. – Disse, guiando a cadeira pra longe.

Zayn parou um instante, analisando o plano. É, seria feito. Seja o que Deus quiser. 

O Turista (Livro 2) [H.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora