Capítulo 11 ( 2° Parte)

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" Seria, se não deixasses as tuas coisas comigo. " Ele levanta o pequeno fio de ouro como o pequeno trevo e o pequeno anel pendurados.

" Devolve-me isso! " Corro para ele e quando ia apanhar a pulseira ele levanta o seu braço, tornando o acesso a pulseira quase impossível. " Não brinques com isso. " Digo entre dentes e olho-o nos olhos.

" Prenda do teu namoradinho? É um pouco estúpido ele, porque este anel nunca te ia servir. " Ele ri. " Ele é um pouco burro por te comprar algo tão piroso. Ele não ... "

" Foi o meu pai. " Grito interrompendo-o. Ele olha para o chão e baixa o braço dando-me a pulseira. " Obrigada. " Digo arrogante e dirijo-me a mesinha de cabeceira ao lado da minha cama, arrumando assim a pulseira na minha caixinha de jóias.

" Desculpa.. " Ele sussurra. Reviro os olhos e ando até ele. Paro à sua frente, mas os seus olhos não deixam o chão. Desisto e passo por ele para ir para a cozinha.

" Não me dizes nada? " Ele agarra a minha mão e fecha a porta que estava entreaberta.

" O que queres que diga? Que és um corno. Que não vales nada. Que brincas com o que não deves brincar e sabes disso, mas pouco te importas. Que só pensas no teu umbigo. Isto são coisas que não queres ouvir de ninguém, mas eu faço parte de uma pequena parte de pessoas que não quer saber do que tu pensas. " Acabo de dizer e encosto-me à porta. A sua mão continua na minha e retiro-a. Deixo-me escorregar pela porta, ficando sentada no chão. Ele faz o mesmo e senta-se ao meu lado.

" Eu mereci. Eu mereci ouvir isso tudo. " As suas mãos vão de encontro a sua cara e ele descansa a sua cabeça. Os seus joelhos elevados ao nível dos seus ombros ajudam a suportar o peso da sua cabeça.

" Eu não me vou conter em te dizer as coisas. Nunca te conteste para comigo. " Os meus dedos brincam entre si.

" Eu era uma criança... "

" Ainda és. " Interrompo-o.

" E ainda sou, porque se não fosse não teria feito o que fiz à pouco. " A sua atenção é dirigida a mim e ele sorri.

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