Uma aldeia diferente

45 3 3
                                    

Estávamos os dois a pensar no que poderá ter acontecido para estarmos dentro do Minecraft, mas qual quer que seja a explicação, não creio que seja um sonho. Fomos dar uma volta de cavalo e quando demos por isso, com tanta conversa, afastamo-nos de casa tanto que aproveitamos por explorar um pouco o mundo, a sorte, é que tinha trazido comida suficiente para o dia inteiro. Começamos a cavalgar em direção ao horizonte, até que começamos a ouvir "hmmmm" "ahmmmm" soubemos logo que eram aldeões, então seguimos os barulhos, e encontramos uma aldeia! Exploramos a  vila toda, vimos que trocas e que os aldeões faziam, alguns trocavam papel, outros redstone, mas na realidade só estávamos interessados em encontrar a casa de ferreiro, que tem sempre lá um baú. ( nunca pensaram em como aquelas coisas vão lá parar? Quando estão a explorar alguma gruta e encontram um baú? Pois digo-vos já que são os aldeões que fazem tudo isso) 
   Encontramos o ferreiro que trocava uma picareta de diamante por 11 Esmeraldas, o que não tínhamos. Fomos ver o que tinha o baú, conseguimos umas calças de ferro, 2 pães, uma cela (o que foi muito bom) e uma picareta de ferro! Depois fomos recolher as plantações da vila e conseguimos batatas, mais cenouras, e trigo, muito trigo. Decidimos voltar, pois estava de noite, mas quando estávamos prestes a partir, ouvimos um grito, era de um aldeão (sim eles falam) estava a ser atacado por um zumbie, então nós corremos em direção a ele para matar o zumbie.

Eu- O melhor é passar aqui a noite... Pobres aldeões, vamos ajudá-los!

Mateus- Tens toda a razão!

... Matamo-lo com 3 golpes com a nossa espada de diamante, e depois fomos ver se o senhor aldeão estava bem, abrimos a porta e vimos que o aldeão estava com um rapaz ferreiro muito pequenino que estava muito assustado, então tentamos consola-lo...

Eu- Está tudo bem, não precisas de ter medo, estamos aqui para salvar a vila, como te chamas?

Gustavo- Chamo-me Gustavo mas como sou muito pequeno todos aqui chamam-me de Guga. Este é o meu tio Manuel. Os meus pais morreram durante uma batalha contra zumbies, e infelizmente nós perdemos muitos membros da nossa vila... (Lacrimejando)

Mateus- Sinto muito, aposto que os teus pais lutaram imenso para salvar está aldeia dos monstros...

Guga- Por acaso eles estavam numa sala a conversar quando um zumbie entrou e transformou o meu pai num aldeão zumbie, depois, foi a vez da minha mãe....

Eu- Ahmmmm... Ok... Olha acho que estão a pedir ajuda lá fora! ( tentando desviar a conversa)

Mateus- Olha que esta mesmo vamos!!!

... Passamos a noite a matar zumbies, e depois fomos para dentro da casa do Aldeão Manuel, tínhamos nos tornado amigos e nós estávamos determinados a ajudar aquela vila.
   Decidimos ficar mais um dia por lá antes de regressar a casa, para conhecer-mos mais as coisas por lá. A nossa primeira paragem foi na catedral onde conhecemos o padre José, era um aldeão alto (embora sejam todos da mesma altura), tinha um nariz comprido, como um de papagaio ( embora todos tivessem), tinha olhos vermelhos e estava disposto a trocar uma Esmeralda por 3 redstone o que eu achei um pouco caro mas prontos, a catedral era muito bonita (embora sejam todas iguais) tinha 3 andares, sendo o último de vigia, ficamos a conversar durante muito tempo... Ele não compreendia os outros jogadores, disse que nós éramos diferentes, os outros adoravam matar os aldeões e destruir as nossas casas, mas nem se apercebem, que, se não fossemos nós eles não poderiam estar vivos... Nós por outro lado, respeitamo-los e ajudamo-los a superar o maior desafio de todos, a noite... Momentos depois, o padre José levantou-se da escada de pedra, e pediu-nos para o seguir. Nós obedecemos e seguimo-lo até a entrada, de seguida pediu para nos cavarmos 4 blocos para baixo, tirei a picareta de pedra do meu inventario (sem saber como) e cavei 3 blocos de terra, sendo o primeiro de pedra. Vimos umas escadas, o senhor José pediu-nos para descer, nos obedientes, descemos pelo caminho meio iluminado com tochas, chegamos ao fim das escadas, e seguia-se um longo corredor iluminado com tochas de 3 em 3 blocos, tinha 5 blocos de altura e 5 de largura, por isso sentíamos-nos a vontade, até que o corredor começou a ficar mais estreito, 4 blocos, 3 blocos, 2 blocos até chegar a 1 bloco, tivemos que ir em fila indiana até nos depararmos com uma porta de madeira.
   O padre José, bateu à porta 4 vezes em padrão, como se fosse um código, e segundos depois, foi atendido por um aldeão bibliotecário de olhos verdes.
   Cumprimentamos o senhor bibliotecário e começamos logo com as apresentações...

Padre José- David, Mateus, este é o bibliotecário Pedro, ele é o dono desta sala secreta, que controla tudo o que se passa a volta do mundo de minecraft, a quantidade de monstros criados, as grutas (nunca se sentiram a ser vigiados quando estão numa gruta? Pois agora já sabem) tudo! Como é que faz isso? Informações hiper secretas, que nem a vocês podemos contar...

Aldeão- Chefe, acabaram-se de criar mais 20 creepers na caverna #293.

Bibliotecário Pedro- Ok, fica de olho nessa gruta.

Aldeão- Sim chefe! Quem me dera ter as mãos livres para poder trabalhar mais rapidamente...

Eu- Vocês não têm as mãos livres? (Tocou num aldeão)

Aldeão 2- Como é que fizeste isso?!!!! Estou livreeee!!!!! Consigo movimentar as minhas maosss!!!

Todos os aldeões- Faça- me a mim também! Ajude-me porfavor! Também queremos ter as mãos livres!

Mateus- Fiquem nos vossos lugares, vamos libertar-vos a todos!

...

Conseguimos fazer com que todos os aldeões da vila conseguissem movimentar as mãos, e o Padre José comunicou com as outras vilas como fazer isso! Tínhamos ainda alguma madeira connosco da construção da nossa casa, então fizemos muitas mesas de criação, para aí uma 100 para todos os aldeões! Agora que tinham as mãos livres, poderiam trabalhar melhor com a mesa de criação! Ordenamos que começarem a fazer espadas de ferro para os lutadores e arcos para os arqueiros sentinelas, que ficavam por turnos, 24 horas por dia a vigiar a vila. Também pusemos alguns aldeões a subir paredes a volta da aldeia para nenhum monstro pudesse entrar. E todos os que entrassem, não conseguissem sobreviver. Estávamos prontos para enfrentar a noite. Tínhamos feito um celeiro para pousar os cavalos e uma pequena casota para o snoppy e o não se faz, para ficarem protegidos! Alimentamos os nossos animais e voltamos para o túnel meio iluminado. Estava a escurecer, e os sentinelas começaram a avisar os guardas principais de todos os monstros que vinham. As aranhas começavam a querer subir as paredes mas os arqueiros conseguiam abatê-las antes que chegassem ao outro lado. Naquele momento, estavam todos os aldeões em casa, tínhamos posto um bloco em frente à porta de cada casa, para ninguém poder entrar, ou sair, estavam protegidos aquela noite, os aldeões podiam descansar em paz, sem se preocuparem com os zumbies que poderiam entrar em qualquer momento. Tinham as mãos soltas, e prontas para lutar se assim fosse necessário, mas que seria deles sem nós? Voltaremos para casa amanhã, tenho a certeza que eles ficaram bem!
   Estava de manhã, o sol alaranjado e poucas nuvens, despedimo-nos de todos os nossos novos amigos, e prometemos que um dia voltaremos lá! Pusemos o snoppy e o não se faz de pé, montamos nos cavalos, e regressamos a casa, com a cabeça cheia de novas memórias que nunca esqueceremos!

[continua]

Into the mineworld Onde histórias criam vida. Descubra agora