A cama de flores douradas

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Acordei meio tonta, levantei-me. Eu não sabia onde estava, lembro-me de estar andando pela montanha enquanto eu colhia algumas flores, e então...

"Acho que caí de uma altura absurda,
como eu ainda estou inteira?" Me perguntei. Percebi que eu pisava em um amontoado de flores, pequenas flores douradas, "Haveriam elas absorvido o impacto da minha queda?", bom se sim ou não já não importava mais, olhei pra cima e tristemente deduzi que não haveria chances de eu voltar à superfície, pelo menos não por ali, então comecei a andar por aquele lugar.

A única luz era a que vinha da superfície passando por aquele enorme buraco, havia algumas raízes nas paredes e uma espécie de caminho desgastado e coberto por folhas e galhos secos, decidi seguir por ele, afinal, não havia outra opção.
Enquanto andava me perdi em pensamentos, "O que me espera daqui em diante?", "Será mesmo que vou conseguir voltar pra casa?", até que um súbito barulho me trouxe de volta à realidade, parei e procurei apurando a vista (já estava um pouco escuro já que havia me distanciado do buraco que levava à superfície), até que avistei:

"Uma flor?" Ela parecia murcha e tinha as pétalas um pouco surradas, me aproximei um pouco mais então subitamente ela se virou pra mim. Eu levei um susto e me afastei, "O que é isso? Como ela pode estar viva dessa forma?", mas não tive muito tempo pra pensar, assim que ela me viu começou a gritar desesperadamente:

-Humano! Você não devia estar aqui fuja o quanto antes desse lugar, isto aqui é um inferno!

Seu rosto transpassava medo e angústia, não conseguia falar mais nada que fizesse sentido aos meus ouvidos e então, "Começou a chorar?"

Mesmo ainda um pouco assustada, eu não tive escolha, aproximei-me com compaixão e a abraçei:

-Calma, está tudo bem, não chore por favor
-D-desculpe, e-eu
-Me diga

Ela foi enxugando suas lágrimas com suas delicadas folhinhas verdes:

-E-u, sou Flowey, Flowey a flor, q-qual é o seu nome?
-Eu me chamo Frisk, saberia me dizer que lugar é este?
-É mesmo, você caiu aqui... Bem... Este é o subsolo, o lugar onde nós monstros fomos condenados a ficarmos depois da grande guerra entre humanos e monstros. Nós estamos selados por uma barreira mágica, que só pode ser quebrada com um poder de 7 almas humanas, mais a de um monstro. Entende? É por isso que você deve sair daqui o mais rápido possível, todo humano que cai aqui é condenado a morrer!

E dita essa última frase começou a se desesperar denovo

-Mas não tem por onde voltar

Parece que essa frase o trouxe de volta à realidade, então me disse:

-I-isso é, e verdade... O único jeito é seguir, certo? (Ele ainda parecia estar confuso e ao mesmo tempo assustado)
Bem... acho que não há outra opção. Eu te guiarei pelo subsolo, ao longo do caminho te contarei mais coisas que precisa saber, está disposta?

-E eu tenho outra opção?

Disse eu sorrindo. Olhei em volta procurando algo em que eu pudesse por Flowey. Por alguma conhecidência havia um jarro, um pouco velho e com ranhuras, mas em que eu poderia carregá-lo. O enchi de terra e então ofereci à Flowey para entrar nele. Seu corpo se arrepiou pois a terra e o jarro estavam gelados, mas ele disse que logo esquentariam. Rimos um pouco então seguimos pelo caminho desgastado que ainda se estendia até nossas vistas não conseguirem acompanhar.

Flowerfell: Eu não desistireiOnde histórias criam vida. Descubra agora